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Após crise da Agrogalaxy, Lavoro, do Pátria, sonda investidores para injeção de capital

Informações são da Bloomberg; empresa tem liquidez para arcar com compromissos, mas recursos ajudariam no capital de giro

Empresa tinha cerca de R$ 1,3 bilhão em empréstimos com vencimento em até 12 meses (Lavoro/Divulgação)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 09h32.

Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 09h46.

A Lavoro, empresa de insumos agrícolas controlada pelo Pátria, busca investidores para auxiliá-la num momento de crise que envolve produtores e distribuidores.
Segundo informações da Bloomberg, a empresa mantém conversas com outras companhias e fundos de investimento para levantar recursos.Esse dinheiro ajudaria nas necessidades de capital de giro da Lavoro - que enfrenta condições de crédito mais duras por causa do cenário do setor. Recentemente, a rival AgroGalaxy pediu recuperação judicial e ligouum alerta no segmento.

Por que o declínio?

Fornecedores de fertilizantes e pesticidas vêm lutando há anos contra uma onda de inadimplência de agricultores.

Foram anos de expansão de dívidas seguidos por uma queda nos preços de safras, aumento nos custos de empréstimos e a guerra na Ucrânia ainda representando um desafio relevante - o Brasil importa 85% dos fertilizantes que utiliza, sendo que a Rússia responde por 28%.

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A Lavoro foi formada em 2017 pelo Pátria Investimentos com o objetivo de fazer aquisições e se consolidar no setor. Tanto que comprou concorrentes no Uruguai, Colômbia e no próprio Brasil.

Listada na Nasdaq em março de 2023 via fusão com um SPAC liderado por David Friedberg, investidor de agrotechs da Califórnia, a empresa perdeu mais da metade de seu valor de mercado neste ano e atingiu nível recorde de baixa na terça-feira, 8. Ontem, porém, as ações subiram 10,19%.

A empresa comunicou aos investidores que pretende cumprir com suas obrigações, incluindo as previstas em um título local de R$ 420 milhões. Em agosto, levantou R$ 310 milhões por meio de um fundo de três anos lastreado em recebíveis conhecido como FIDC-Fiagro para atender às necessidades de capital de giro, segundo a Bloomberg.

Em março, a empresa tinha cerca de R$ 1,3 bilhão em empréstimos com vencimento em até 12 meses, de acordo com seu último balanço financeiro.

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