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Juros têm viés de queda com menor euforia no exterior

Em meio ao cenário externo incerto e ao baixo giro financeiro, o mercado ainda não mostrou uma tendência clara

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 17h09.

Com o ambiente externo mais cauteloso após a euforia trazida na quarta-feira (02) pelo acordo sobre o abismo fiscal dos Estados Unidos, as taxas de juros ficaram perto da estabilidade, mas com leve viés de queda nesta quinta-feira.

A percepção é de que os Estados Unidos ainda enfrentarão problemas para solucionar a questão do corte de gastos e do teto da dívida em fevereiro, o que pode gerar novos estresses no mercado. Além disso, em meio a um movimento baixo de negócios nestes primeiros dias de 2013, o mercado ainda não mostrou uma tendência clara.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (86.670 contratos) projetava taxa de 7,11%, de 7,10% no ajuste. O juro para janeiro de 2015 (111.070 contratos) indicava 7,70%, de 7,73% ontem. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (74.225 contratos) tinha taxa de 8,42%, ante 8,43% na véspera, e o contrato para janeiro de 2021 (8.525 contratos) marcava 9,09%, ante 9,11% no ajuste anterior.

"O cenário externo, apesar do acordo sobre o abismo fiscal, ainda está muito incerto. Os EUA ainda terão problemas pela frente e a Europa seguirá tendo dificuldades. Não há muitos motivos para alta das taxas, mesmo porque a economia doméstica ainda não engatou uma recuperação mais consistente", afirmou um operador.

Entre os poucos dados domésticos conhecidos hoje, o IBGE anunciou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,25% em novembro de 2012. No acumulado do ano, o indicador mostra alta de 6,82% e, em 12 meses, de 6,64%.


No âmbito da atividade, o total de automóveis e comerciais leves emplacados em 2012 atingiu 3,634 milhões unidades, alta de 6,1% em relação ao total de 3,425 milhões de unidades de 2011, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). As vendas de caminhões e ônibus recuaram 19,33% nesse período, de 207.572 unidades. Amanhã, o IBGE divulga os dados da produção industrial em novembro.

No exterior, os investidores reavaliaram a eficácia do projeto de lei aprovado pelo Congresso dos EUA para evitar o chamado abismo fiscal e o consenso foi que o acordo tratou apenas de uma faceta do problema e adiou os cortes de gastos, o que significa que haverá no curto prazo outra batalha entre democratas e republicanos em Washington. Além de postergar por dois meses a decisão sobre vários cortes de gastos, o acordo não incluiu qualquer menção sobre o teto da dívida dos EUA, que já foi atingido e precisará ser elevado. Tendo em vista essa análise, o apetite por risco observado ontem nos mercados internacionais diminuiu.

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Com o ambiente externo mais cauteloso após a euforia trazida na quarta-feira (02) pelo acordo sobre o abismo fiscal dos Estados Unidos, as taxas de juros ficaram perto da estabilidade, mas com leve viés de queda nesta quinta-feira.

A percepção é de que os Estados Unidos ainda enfrentarão problemas para solucionar a questão do corte de gastos e do teto da dívida em fevereiro, o que pode gerar novos estresses no mercado. Além disso, em meio a um movimento baixo de negócios nestes primeiros dias de 2013, o mercado ainda não mostrou uma tendência clara.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (86.670 contratos) projetava taxa de 7,11%, de 7,10% no ajuste. O juro para janeiro de 2015 (111.070 contratos) indicava 7,70%, de 7,73% ontem. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (74.225 contratos) tinha taxa de 8,42%, ante 8,43% na véspera, e o contrato para janeiro de 2021 (8.525 contratos) marcava 9,09%, ante 9,11% no ajuste anterior.

"O cenário externo, apesar do acordo sobre o abismo fiscal, ainda está muito incerto. Os EUA ainda terão problemas pela frente e a Europa seguirá tendo dificuldades. Não há muitos motivos para alta das taxas, mesmo porque a economia doméstica ainda não engatou uma recuperação mais consistente", afirmou um operador.

Entre os poucos dados domésticos conhecidos hoje, o IBGE anunciou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,25% em novembro de 2012. No acumulado do ano, o indicador mostra alta de 6,82% e, em 12 meses, de 6,64%.


No âmbito da atividade, o total de automóveis e comerciais leves emplacados em 2012 atingiu 3,634 milhões unidades, alta de 6,1% em relação ao total de 3,425 milhões de unidades de 2011, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). As vendas de caminhões e ônibus recuaram 19,33% nesse período, de 207.572 unidades. Amanhã, o IBGE divulga os dados da produção industrial em novembro.

No exterior, os investidores reavaliaram a eficácia do projeto de lei aprovado pelo Congresso dos EUA para evitar o chamado abismo fiscal e o consenso foi que o acordo tratou apenas de uma faceta do problema e adiou os cortes de gastos, o que significa que haverá no curto prazo outra batalha entre democratas e republicanos em Washington. Além de postergar por dois meses a decisão sobre vários cortes de gastos, o acordo não incluiu qualquer menção sobre o teto da dívida dos EUA, que já foi atingido e precisará ser elevado. Tendo em vista essa análise, o apetite por risco observado ontem nos mercados internacionais diminuiu.

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