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Juros têm correção técnica e terminam quase estáveis

Primeira leitura de fevereiro do IPC ficou abaixo das estimativas, colaborando para a queda das taxas, assim como a queda do dólar

Bovespa: o juro para julho deste ano encerrou a sessão a 7,10%, ante 7,09% no ajuste (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 16h03.

A aversão ao risco no exterior, o IPC da Fipe abaixo do previsto e mais um dia de recuo do dólar ante o real fizeram com que os juros futuros experimentassem queda durante a maior parte do pregão.

Tal movimento deu continuidade à correção de exageros vistos recentemente, quando os investidores passaram a embutir a chance de a Selic ser elevada ainda neste ano, por conta das pressões inflacionárias. A primeira leitura de fevereiro do IPC conhecido nesta quinta-feira seguiu acima de 1%, mas ficou aquém da mediana das estimativas encontradas pelo AE Projeções.

Além disso, a queda do dólar reforçou o sentimento de que o governo pretende usá-lo para ajudar no controle de preços. No fim do pregão, porém, o mercado promoveu nova correção técnica dos juros e as taxas voltaram para perto dos ajustes anteriores.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (168.410 contratos) estava em 7,10%, de 7,09% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (319.090 contratos) marcava máxima de 7,39%, ante 7,38% na quarta-feira (13). O DI para janeiro de 2015 (275.180 contratos) indicava 8,17%, também na máxima, de 8,16% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (99.745 contratos) tinha taxa de 9,04%, idêntica à da véspera, e o DI para janeiro de 2021 (8.855 contratos) apontava 9,71%, ante 9,72% no ajuste.

Na avaliação do economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, o recuo das taxas futuras durante a maior parte do dia esteve mais relacionado ao exterior e ao câmbio do que ao IPC. "Estava na contra que o IPC ia desacelerar e o índice da Fipe ainda cairá bastante nas próximas semanas com Alimentação e Educação perdendo força", afirmou. "Já os números de PIB na Europa vieram muito ruins. Além disso, o câmbio segue valorizado. Está perto de R$ 1,96 e estava perto de R$ 2,05 há poucas semanas", continuou.


Pela manhã, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o IPC, que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve alta de 1,01% na primeira quadrissemana de fevereiro, após fechar janeiro com avanço de 1,15%. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas, de 1,07%. Diante deste resultado, o coordenador do índice da Fipe, Rafael Costa Lima, revisou para baixo a projeção para o indicador em fevereiro, de 0,49% para 0,47%.

Apesar da perspectiva de desaceleração para alguns índices de preços, a inflação segue ajudando a determinar o patamar do dólar no Brasil. Nesta quinta-feira, os investidores voltaram a testar a disposição do governo em aceitar um dólar mais baixo como um instrumento de ajuda no controle de preços. Por isso, o dólar à vista no mercado de balcão cedeu 0,36%, a R$ 1,9590.

No exterior, os mercados acionários tiveram, em sua maioria, queda. A aversão ao risco resultou do recuo dos PIBs do Japão e da zona do euro no quarto trimestre de 2012. A economia dos 17 países da zona do euro registrou contração de 0,6% nos últimos três meses do ano passado, ante o terceiro trimestre, mais que a previsão de -0,4%. O PIB do Japão, por sua vez, encolheu 0,4% em termos anualizados, contrariando previsão de expansão de 0,4% e marcando o terceiro trimestre consecutivo de resultado negativo.

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A aversão ao risco no exterior, o IPC da Fipe abaixo do previsto e mais um dia de recuo do dólar ante o real fizeram com que os juros futuros experimentassem queda durante a maior parte do pregão.

Tal movimento deu continuidade à correção de exageros vistos recentemente, quando os investidores passaram a embutir a chance de a Selic ser elevada ainda neste ano, por conta das pressões inflacionárias. A primeira leitura de fevereiro do IPC conhecido nesta quinta-feira seguiu acima de 1%, mas ficou aquém da mediana das estimativas encontradas pelo AE Projeções.

Além disso, a queda do dólar reforçou o sentimento de que o governo pretende usá-lo para ajudar no controle de preços. No fim do pregão, porém, o mercado promoveu nova correção técnica dos juros e as taxas voltaram para perto dos ajustes anteriores.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (168.410 contratos) estava em 7,10%, de 7,09% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (319.090 contratos) marcava máxima de 7,39%, ante 7,38% na quarta-feira (13). O DI para janeiro de 2015 (275.180 contratos) indicava 8,17%, também na máxima, de 8,16% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (99.745 contratos) tinha taxa de 9,04%, idêntica à da véspera, e o DI para janeiro de 2021 (8.855 contratos) apontava 9,71%, ante 9,72% no ajuste.

Na avaliação do economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, o recuo das taxas futuras durante a maior parte do dia esteve mais relacionado ao exterior e ao câmbio do que ao IPC. "Estava na contra que o IPC ia desacelerar e o índice da Fipe ainda cairá bastante nas próximas semanas com Alimentação e Educação perdendo força", afirmou. "Já os números de PIB na Europa vieram muito ruins. Além disso, o câmbio segue valorizado. Está perto de R$ 1,96 e estava perto de R$ 2,05 há poucas semanas", continuou.


Pela manhã, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o IPC, que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve alta de 1,01% na primeira quadrissemana de fevereiro, após fechar janeiro com avanço de 1,15%. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas, de 1,07%. Diante deste resultado, o coordenador do índice da Fipe, Rafael Costa Lima, revisou para baixo a projeção para o indicador em fevereiro, de 0,49% para 0,47%.

Apesar da perspectiva de desaceleração para alguns índices de preços, a inflação segue ajudando a determinar o patamar do dólar no Brasil. Nesta quinta-feira, os investidores voltaram a testar a disposição do governo em aceitar um dólar mais baixo como um instrumento de ajuda no controle de preços. Por isso, o dólar à vista no mercado de balcão cedeu 0,36%, a R$ 1,9590.

No exterior, os mercados acionários tiveram, em sua maioria, queda. A aversão ao risco resultou do recuo dos PIBs do Japão e da zona do euro no quarto trimestre de 2012. A economia dos 17 países da zona do euro registrou contração de 0,6% nos últimos três meses do ano passado, ante o terceiro trimestre, mais que a previsão de -0,4%. O PIB do Japão, por sua vez, encolheu 0,4% em termos anualizados, contrariando previsão de expansão de 0,4% e marcando o terceiro trimestre consecutivo de resultado negativo.

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