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Juros recuam em dia de bom humor no exterior e à espera da Previdência

Apesar de pouco movimento sobre reforma, taxas foram ajustadas levemente para baixo nos vencimentos intermediários

Para especialistas, alterações próximas da estabilidade devem se manter nos próximos meses (wutwhanfoto/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 21h09.

São Paulo - A sexta-feira, 18, foi de oscilações contidas no mercado futuro de juros , onde as taxas foram ajustadas levemente para baixo nos vencimentos intermediários. A discreta redução dos prêmios foi atribuída principalmente ao cenário internacional mais otimista com a possibilidade de resolução na disputa comercial entre Estados Unidos e China. Internamente, o noticiário sobre a reforma da Previdência trouxe alguns ruídos pela manhã e quase nenhuma novidade ao longo do dia.

Ao final da etapa estendida de negociação na B3, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2020 teve taxa de 6,54%, ante 6,55% do ajuste de quinta. O vencimento em janeiro de 2021 projetou 7,34%, de 7,38% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 encerrou o período com taxa de 8,46%, ante 8,50%. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2025 teve taxa 8,94%, de 8,99%.

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"Foi um dia de poucas oscilações, com os contratos perdendo prêmios naturalmente. Essa deve ser a tônica dos próximos meses, uma vez que a inflação está ancorada e a atividade econômica deve seguir baixa. Não há sinais de pressão na inflação e também não se espera mudança na política monetária do novo Banco Central", disse Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores.

Outro profissional ouvido pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, afirmou que o otimismo com a proposta da reforma da Previdência continuou a alimentar o mercado, mesmo com alguns ruídos. Pela manhã, houve alguma agitação com informações desencontradas sobre a possibilidade de o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciar mais detalhes sobre a proposta no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na semana que vem.

O secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tem sido informado periodicamente pela equipe econômica sobre a elaboração da reforma e opinado sobre os pontos discutidos. No final da tarde, ocorreu no Palácio do Planalto a solenidade de assinatura da medida provisória que pretende eliminar fraudes em benefícios concedidos pelo INSS.

"O cenário internacional esteve 'pró-risco', o que pegou um pouco no mercado brasileiro. Internamente, o mercado manteve a expectativa de que algo positivo pode vir de Davos", disse o profissional citado acima.

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