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Juros longos sobem com dólar perto de R$ 2,10

Ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2013 projetava taxa de 7,084%, de 7,10% no ajuste

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 16h06.

Com o dólar cada vez mais perto de R$ 2,10 e sinais de que uma definição sobre a ajuda para a Grécia está mais próxima, as taxas futuras de juros tiveram um movimento consistente de alta nesta quarta-feira. No caso do câmbio, segundo analistas, esse novo patamar pode dar origem a pressões inflacionárias até agora não computadas. Mas, como Banco Central e governo seguem argumentando que a inflação irá convergir para a meta em 2013, os investidores embutem prêmios apenas a partir do trecho intermediário da curva de juros.

Ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2013 (63.710 contratos) projetava taxa de 7,084%, de 7,10% no ajuste. O DI para janeiro de 2014 (168.325 contratos) marcava 7,36%, de 7,34% na segunda-feira. Já o DI para janeiro de 2015 (122.265 contratos) subia para 8,04%, de 7,95% no ajuste. Na parte longa da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (135.590 contratos) indicava 8,81%, de 8,73% no ajuste, e o DI para janeiro de 2021 (5.340 contratos) projetava 9,45%, ante 9,38% antes do feriado.


"Esse patamar mais elevado do dólar é o principal motivo para a alta das taxas. Se a cotação ficar em R$ 2,10, o IPCA pode ser impactado em até 0,40 ponto porcentual", analisou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Nesta sessão, dólar no mercado à vista de balcão subiu 0,43%, para R$ 2,0940.

Como autoridades do governo disseram que o patamar anterior, de R$ 2,00, ainda era baixo, o mercado especula sobre uma nova banda informal para o dólar. O movimento, contudo, pode ser amainado em breve. Na semana passada, uma fonte do BC afirmou que a autoridade monetária não rolaria os próximos dois vencimentos de swap cambial reverso. Se o fato se confirmar, mais de US$ 3 bilhões entrariam no mercado no começo de dezembro, aliviando as pressões sobre o câmbio.

Quanto à inflação, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede os preços na cidade de São Paulo, subiu 0,70% na segunda quadrissemana de novembro, de 0,75% na primeira quadrissemana do mês, e ligeiramente acima da mediana das estimativas do mercado (+0,68%).

Durante a tarde, ainda que sem efeito sobre a formação de preços da curva de juros, a agência de classificação de risco Moody's reafirmou o rating de longo prazo do Brasil em Baa2, com perspectiva positiva.

No exterior, depois do fracasso nas negociações para liberar nova parcela de ajuda à Grécia, na última madrugada, a trégua foi garantida pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Ela afirmou mais cedo que vê a possibilidade de os ministros das Finanças da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegarem a um acordo, na segunda-feira, sobre a liberação da próxima parcela da ajuda à Grécia.

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Com o dólar cada vez mais perto de R$ 2,10 e sinais de que uma definição sobre a ajuda para a Grécia está mais próxima, as taxas futuras de juros tiveram um movimento consistente de alta nesta quarta-feira. No caso do câmbio, segundo analistas, esse novo patamar pode dar origem a pressões inflacionárias até agora não computadas. Mas, como Banco Central e governo seguem argumentando que a inflação irá convergir para a meta em 2013, os investidores embutem prêmios apenas a partir do trecho intermediário da curva de juros.

Ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2013 (63.710 contratos) projetava taxa de 7,084%, de 7,10% no ajuste. O DI para janeiro de 2014 (168.325 contratos) marcava 7,36%, de 7,34% na segunda-feira. Já o DI para janeiro de 2015 (122.265 contratos) subia para 8,04%, de 7,95% no ajuste. Na parte longa da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (135.590 contratos) indicava 8,81%, de 8,73% no ajuste, e o DI para janeiro de 2021 (5.340 contratos) projetava 9,45%, ante 9,38% antes do feriado.


"Esse patamar mais elevado do dólar é o principal motivo para a alta das taxas. Se a cotação ficar em R$ 2,10, o IPCA pode ser impactado em até 0,40 ponto porcentual", analisou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Nesta sessão, dólar no mercado à vista de balcão subiu 0,43%, para R$ 2,0940.

Como autoridades do governo disseram que o patamar anterior, de R$ 2,00, ainda era baixo, o mercado especula sobre uma nova banda informal para o dólar. O movimento, contudo, pode ser amainado em breve. Na semana passada, uma fonte do BC afirmou que a autoridade monetária não rolaria os próximos dois vencimentos de swap cambial reverso. Se o fato se confirmar, mais de US$ 3 bilhões entrariam no mercado no começo de dezembro, aliviando as pressões sobre o câmbio.

Quanto à inflação, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede os preços na cidade de São Paulo, subiu 0,70% na segunda quadrissemana de novembro, de 0,75% na primeira quadrissemana do mês, e ligeiramente acima da mediana das estimativas do mercado (+0,68%).

Durante a tarde, ainda que sem efeito sobre a formação de preços da curva de juros, a agência de classificação de risco Moody's reafirmou o rating de longo prazo do Brasil em Baa2, com perspectiva positiva.

No exterior, depois do fracasso nas negociações para liberar nova parcela de ajuda à Grécia, na última madrugada, a trégua foi garantida pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Ela afirmou mais cedo que vê a possibilidade de os ministros das Finanças da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegarem a um acordo, na segunda-feira, sobre a liberação da próxima parcela da ajuda à Grécia.

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