Juros futuros têm forte queda por dólar e Treasuries
Os dados domésticos ficaram em segundo plano
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2013 às 17h13.
São Paulo - As taxas futuras de juros encerraram nesta sexta-feira, 23, em forte baixa, alinhadas com o dólar e a queda dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos.
O anúncio do Banco Central (BC), na noite passada, de fazer leilões diários no mercado de câmbio, recolocou a cotação do dólar na casa de R$ 2,35, ajudando a reduzir um pouco as apostas para a alta da Selic em 2013 e 2014. O ambiente externo mais ameno também fez desabar os juros de longo prazo.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (362.675 contratos) marcava 9,16%, de 9,28% no ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2015 (569.925 contratos) indicava taxa mínima de 10,24%, de 10,59% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.975 contratos) apontava mínima de 11,44%, ante 11,87%. O DI para janeiro de 2021 (33.895 contratos) estava na mínima de 11,76%, de 12,18% no ajuste anterior.
"Não sabemos até onde vai o dólar, mas, pela ação do Banco Central, fica cada vez mais evidente que o ritmo de aperto monetário será de 0,5 ponto em 0,5 ponto", afirmou um operador. "Por isso, a autoridade monetária decidiu atuar também com outros instrumentos que não a taxa de juros para minimizar os efeitos do dólar sobre a inflação", completou.
Mais cedo, dentro da nova estratégia, o BC fez um leilão de venda de dólares com recompra programada de até US$ 1 bilhão - montante que será repetido todas as sextas-feiras até o fim do ano. Também já anunciou a oferta de US$ 500 milhões em swap cambial para segunda-feira, o que se repetirá nos pregões de segunda a quinta até dezembro. O dólar à vista no balcão terminou a R$ 2,3560, com um deslize de 3,36%.
No exterior, um indicador norte-americano trouxe a percepção de que a redução dos estímulos poderá demorar mais um pouco, o que resultou em queda dos juros dos Treasuries. Trata-se das vendas de moradias novas, que recuaram 13,4% em julho, na comparação com junho, para a média anualizada de 394 mil unidades - o menor nível em 9 meses. Além disso, a queda foi bem maior do que o previsto.
Os dados domésticos ficaram em segundo plano. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) atingiu 0,16% na terceira quadrissemana de agosto, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado está 0,11 ponto porcentual acima da leitura imediatamente anterior (+0,05%).
São Paulo - As taxas futuras de juros encerraram nesta sexta-feira, 23, em forte baixa, alinhadas com o dólar e a queda dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos.
O anúncio do Banco Central (BC), na noite passada, de fazer leilões diários no mercado de câmbio, recolocou a cotação do dólar na casa de R$ 2,35, ajudando a reduzir um pouco as apostas para a alta da Selic em 2013 e 2014. O ambiente externo mais ameno também fez desabar os juros de longo prazo.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (362.675 contratos) marcava 9,16%, de 9,28% no ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2015 (569.925 contratos) indicava taxa mínima de 10,24%, de 10,59% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.975 contratos) apontava mínima de 11,44%, ante 11,87%. O DI para janeiro de 2021 (33.895 contratos) estava na mínima de 11,76%, de 12,18% no ajuste anterior.
"Não sabemos até onde vai o dólar, mas, pela ação do Banco Central, fica cada vez mais evidente que o ritmo de aperto monetário será de 0,5 ponto em 0,5 ponto", afirmou um operador. "Por isso, a autoridade monetária decidiu atuar também com outros instrumentos que não a taxa de juros para minimizar os efeitos do dólar sobre a inflação", completou.
Mais cedo, dentro da nova estratégia, o BC fez um leilão de venda de dólares com recompra programada de até US$ 1 bilhão - montante que será repetido todas as sextas-feiras até o fim do ano. Também já anunciou a oferta de US$ 500 milhões em swap cambial para segunda-feira, o que se repetirá nos pregões de segunda a quinta até dezembro. O dólar à vista no balcão terminou a R$ 2,3560, com um deslize de 3,36%.
No exterior, um indicador norte-americano trouxe a percepção de que a redução dos estímulos poderá demorar mais um pouco, o que resultou em queda dos juros dos Treasuries. Trata-se das vendas de moradias novas, que recuaram 13,4% em julho, na comparação com junho, para a média anualizada de 394 mil unidades - o menor nível em 9 meses. Além disso, a queda foi bem maior do que o previsto.
Os dados domésticos ficaram em segundo plano. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) atingiu 0,16% na terceira quadrissemana de agosto, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado está 0,11 ponto porcentual acima da leitura imediatamente anterior (+0,05%).