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Juros futuros sobem após declarações de Tombini

O mercado dá continuidade a ajustes para cima das taxas em razão da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a Selic para 8,00% ao ano

Às 10h58, na BM&FBovespa, o contrato para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,46%, ante 8,43% no ajuste de sexta-feira (.)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 12h54.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a segunda-feira, 3, pressionados. O mercado dá continuidade a ajustes para cima das taxas em razão da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a Selic para 8,00% ao ano e de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini. Também se mantém atento ao dólar e efeitos sobre a inflação.

Segundo o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, "a fala de Tombini, sem muita preocupação com o impacto da desvalorização do real (ante o dólar) na inflação, indica que o controle da inflação deve ser feito via juros". "Isso mantém os DIs em alta mesmo após o forte avanço de sexta-feira", afirmou.

O presidente do Banco Central disse que "o repasse da alta do dólar para a economia brasileira é limitado e caiu ao longo do tempo". De acordo com Tombini, a estratégia da casa para o câmbio continua a mesma e, portanto, novas intervenções podem acontecer.

"Se há excesso de volatilidade e o mercado está disfuncional, o BC atua", afirmou após participar de seminário organizado pelo BC da Turquia. Vale lembrar que, na sexta, o dólar à vista alcançou a maior cotação desde 2009. Às 10h58, caía 0,28%, a 2,141.

Em relação à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) confirmou expectativa de desaceleração ao subir 0,32% em maio, ante 0,52% em abril. A taxa do mês passado ficou ligeiramente abaixo da mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções, de 0,34%. As estimativas iam de alta de 0,30% a 0,41%.

A mediana das projeções do mercado financeiro para o IPCA em 2013 passou de 5,81% para 5,80% no boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3, pelo BC. Para 2014, seguiu em 5,80%. A projeção do IPCA para maio subiu de 0,37% para 0,38% e a projeção suavizada para o indicador 12 meses à frente, de 5,66% para 5,67%.

Na pesquisa, a projeção para a Selic no fim deste ano avançou de 8,25% para 8,50% e, no fim do ano que vem, seguiu em 8,50%. Já a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 passou de 2,93% para 2,77% e, em 2014, de 3,5% para 3,4%. Esse boletim já incorpora as revisões feitas por analistas após as divulgações, semana passada, do PIB do primeiro trimestre e da nova Selic.

Às 10h58, na BM&FBovespa, o contrato para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,46%, ante 8,43% no ajuste de sexta-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 9,03%, ante 8,94% no ajuste de sexta-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,88%, na máxima, ante 9,75% no ajuste de sexta-feira, 1.

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São Paulo - Os juros futuros iniciaram a segunda-feira, 3, pressionados. O mercado dá continuidade a ajustes para cima das taxas em razão da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a Selic para 8,00% ao ano e de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini. Também se mantém atento ao dólar e efeitos sobre a inflação.

Segundo o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, "a fala de Tombini, sem muita preocupação com o impacto da desvalorização do real (ante o dólar) na inflação, indica que o controle da inflação deve ser feito via juros". "Isso mantém os DIs em alta mesmo após o forte avanço de sexta-feira", afirmou.

O presidente do Banco Central disse que "o repasse da alta do dólar para a economia brasileira é limitado e caiu ao longo do tempo". De acordo com Tombini, a estratégia da casa para o câmbio continua a mesma e, portanto, novas intervenções podem acontecer.

"Se há excesso de volatilidade e o mercado está disfuncional, o BC atua", afirmou após participar de seminário organizado pelo BC da Turquia. Vale lembrar que, na sexta, o dólar à vista alcançou a maior cotação desde 2009. Às 10h58, caía 0,28%, a 2,141.

Em relação à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) confirmou expectativa de desaceleração ao subir 0,32% em maio, ante 0,52% em abril. A taxa do mês passado ficou ligeiramente abaixo da mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções, de 0,34%. As estimativas iam de alta de 0,30% a 0,41%.

A mediana das projeções do mercado financeiro para o IPCA em 2013 passou de 5,81% para 5,80% no boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3, pelo BC. Para 2014, seguiu em 5,80%. A projeção do IPCA para maio subiu de 0,37% para 0,38% e a projeção suavizada para o indicador 12 meses à frente, de 5,66% para 5,67%.

Na pesquisa, a projeção para a Selic no fim deste ano avançou de 8,25% para 8,50% e, no fim do ano que vem, seguiu em 8,50%. Já a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 passou de 2,93% para 2,77% e, em 2014, de 3,5% para 3,4%. Esse boletim já incorpora as revisões feitas por analistas após as divulgações, semana passada, do PIB do primeiro trimestre e da nova Selic.

Às 10h58, na BM&FBovespa, o contrato para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,46%, ante 8,43% no ajuste de sexta-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 9,03%, ante 8,94% no ajuste de sexta-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,88%, na máxima, ante 9,75% no ajuste de sexta-feira, 1.

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