Perto das 10h40, na BM&FBovespa, o DI com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,19%, nivelado ao ajuste de ontem, com 60.735 negócios (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Os juros futuros oscilam perto da estabilidade desde o início da sessão desta sexta-feira, depois do forte avanço registrado nesta quinta-feira (17) em resposta ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 7,25% ao ano.
O movimento é de acomodação. Não há indicadores domésticos na agenda para fazer com que as taxas futuras se distanciem muito dos ajustes da véspera.
O dado sobre o crescimento da China no quarto trimestre de 2012, que poderia favorecer nova alta, fica em segundo plano, até porque não empolga os mercados acionários na Europa e nos EUA.
"As taxas se acomodam porque ontem subiram além da conta", diz um operador de renda fixa. "A agenda doméstica é fraca e os juros futuros, na minha avaliação, tendem a apresentar viés de queda, apesar dos dados de China", completa o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno.
Perto das 10h40, na BM&FBovespa, o DI com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,19%, nivelado ao ajuste de ontem, com 60.735 negócios; o DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 7,87%, também igual ao ajuste da véspera (99.845 contratos); e o DI com vencimento em janeiro de 2016 marcava 8,37% (4.125 contratos), de 8,38% no ajuste anterior.
Entre os vencimentos mais longos, o contrato para janeiro de 2017 projetava 8,65%, na mínima, com 38.485 negócios, de 8,66%; e o DI para janeiro de 2021 apontava 9,37% (1.795 contratos), igual ao ajuste de ontem.
Ontem, o documento do BC citou a "piora no curto prazo" do balanço de riscos para a inflação e, ao mesmo tempo, a recuperação da atividade doméstica "menos intensa do que o esperado". Os investidores deram mais ênfase às preocupações com a inflação, o que se refletiu no aumento dos juros.
Na madrugada de hoje, a China anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 7,9% no quarto trimestre de 2012, ante igual período de 2011, superando a previsão de alta de 7,8%.
Foi a primeira vez desde o quarto trimestre de 2010 que a China mostrou expansão trimestral na comparação anual, confirmando a recuperação da segunda maior economia do mundo, após dois anos de desaceleração.
No acumulado do ano passado, o PIB chinês cresceu 7,8%, acima da estimativa oficial do governo de Pequim, de 7,5%, mas abaixo da alta de 9,3% verificada em 2011.
Às 10h50, a Bolsa de Paris subia 0,02%, enquanto a de Frankfurt caía 0,20%. Em Nova York, o índice futuro do S&P 500 tinha leve alta, de 0,03%, no mesmo horário.