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Juros futuros oscilam em dia de fala de Tombini

Discursos de dirigentes do Federal Reserve também devem influenciar nos juros

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 11h32.

São Paulo - As taxas futuras de juros com vencimento nos prazos intermediário e longo iniciaram a segunda-feira, 23, com ligeiro viés de alta, recompondo prêmios, após fechamento em baixa na última sexta-feira, 20. Porém, voltaram para perto dos ajustes, empurradas pelo recuo dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Os juros de curto prazo, por sua vez, operam praticamente estáveis. Os investidores aguardam fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e discursos de dirigentes do Federal Reserve.

Tombini participa de teleconferência com a imprensa internacional às 12 horas em Brasília. Nos EUA, estão previstos discursos de três presidentes regionais do BC dos EUA: Dennis Lockhart, do Fed de Atlanta, que não vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed e fala às 10h20; William Dudley, do Fed de Nova York (10h30); e Richard Fisher, do Fed de Dallas (14h30).

Tais pronunciamentos merecem atenção já que, na sexta-feira, 20, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, afirmou que "uma pequena redução (no programa de estímulos monetários da instituição) é possível em outubro". Na quarta-feira, o Fed manteve inalterado o programa de US$ 85 bilhões mensais em compras de ativos.

Entre indicadores econômicos, os investidores devem repercutir logo mais a arrecadação federal em agosto. As previsões vão de R$ 82,500 bilhões a R$ 86,800 bilhões, com mediana de R$ 84,300 bilhões, segundo levantamento AE Projeções. O resultado será divulgado hoje pela Receita Federal.

No boletim Focus, divulgado nesta manhã, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 caiu de 5,82% para 5,81%, enquanto para 2014 subiu de 5,90% para 5,96%. Para setembro, a estimativa caiu de 0,45% para 0,35% e, 12 meses à frente, recuou de 6,21% para 6,20%.

Já as projeções para a Selic seguiram em 9,75% para o fim deste ano e do ano que vem, assim como as previsões de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), inalteradas em 2,40% para 2013 e 2,22% em 2014.

A inflação medida pelo IPC-S na terceira quadrissemana de setembro ficou em 0,27%, informou mais cedo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa taxa é igual à variação da segunda quadrissemana do mês.

Às 10h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 9,23%, ante 9,24% no ajuste de sexta-feira, 20. O DI para janeiro de 2015 apontava 10,07%, ante 10,11% na máxima e 10,07% no ajuste anterior e o DI para janeiro de 2017, 11,12%, ante 11,10% no ajuste da sexta-feira. No trecho mais longo, o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 11,69%, ante 11,68% na sexta-feira. O juro da T-note de dez anos estava, no mesmo horário, em 2,726%, de 2,740% na tarde de sexta-feira.

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