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Juros futuros operam em queda após leilão do BC

Às 10h05, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 9,23%, na mínima, de 9,22%

Notas de dólar: o dólar caiu após leilão diário de US$ 500 milhões em swap cambial (Susana Gonzalez)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 11h15.

São Paulo - Os juros futuros atingiram as mínimas do dia em linha com a queda do dólar ante o real na sequência do leilão diário de US$ 500 milhões em swap cambial realizado pelo Banco Central. A moeda norte-americana chegou a bater R$ 2,2940 no mercado à vista de balcão (-0,56%). No exterior, o retorno dos Treasuries nos Estados Unidos também recua, com os juros dos papéis de 10 anos na casa dos 2,89%.

Às 10h05, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 9,23%, na mínima, de 9,22% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2015 era negociado a 10,23%, também na mínima, de 10,29% no ajuste de sexta-feira. Na ponta longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 oscilava para 11,46%, de 11,53% no fim da semana passada.

Os juros futuros devem manter a estreita relação com o dólar em dia de poucos indicadores aqui e lá fora. Com as atenções no mercado internacional divididas entre os dados positivos vindos da Ásia e as tensões na Síria, a moeda norte-americana perde valor ante as principais divisas do mundo, incluindo as de países emergentes.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reiterou nesta segunda-feira, 9, a importância de uma ação militar na Síria, em resposta ao suposto uso de armas químicas pelo regime do presidente Bashar Assad. Kerry ressaltou que a operação deverá ser limitada, objetiva e de curto prazo e deverá ter como alvo a capacidade de armas químicas do país árabe. Amanhã será a vez do discurso do presidente Barack Obama sobre a Síria.

A declaração de Kerry limita os ganhos após o superávit comercial da China subir para US$ 28,6 bilhões em agosto, superando a projeção de saldo positivo de US$ 20,4 bilhões e alcançando o maior nível do ano. Outra notícia que ajudou os pregões da Ásia foi a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, que cresceu 3,8% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, expandindo-se em um ritmo mais rápido do que o inicialmente calculado (2,6%).

Por aqui, os dados divulgados até agora pouco alteram a percepção de que a inflação está dentro do esperado, enquanto a atividade brasileira segue sem força. A pesquisa Focus do Banco Central mostrou nova deterioração das expectativas inflacionárias, com a previsão para o IPCA de 2014 subindo de 5,84% para 5,85%, na sequência da divulgação, na sexta-feira, do índice de agosto em alta de 0,24%, e da ata do Copom, publicada na quinta-feira, levemente mais suave do que o esperado pelo mercado.

Mais cedo, o grupo Alimentação, que avançou de 0,17% na última leitura de agosto para 0,30% na primeira quadrissemana de setembro, foi o que mais contribuiu para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado nesta segunda-feira (9) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador geral subiu 0,05 ponto porcentual, de 0,20% para 0,25% entre os dois períodos.

Já a inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,06% em agosto, ante queda de 0,29% em julho, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado esta manhã pela FGV. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,79% no ano e de 5,36% em 12 meses.

Na sexta-feira, o resultado do relatório de trabalho dos Estados Unidos (payroll) indicando a criação de menos vagas do que o previsto foi determinante para o recuo dos juros futuros domésticos. Os investidores continuam sem saber quando se dará a redução dos estímulos à economia dos Estados Unidos, o que provocou pressão de queda sobre o dólar e sobre a taxa dos Treasuries.

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Às 10h05, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 9,23%, na mínima, de 9,22% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2015 era negociado a 10,23%, também na mínima, de 10,29% no ajuste de sexta-feira. Na ponta longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 oscilava para 11,46%, de 11,53% no fim da semana passada.

Os juros futuros devem manter a estreita relação com o dólar em dia de poucos indicadores aqui e lá fora. Com as atenções no mercado internacional divididas entre os dados positivos vindos da Ásia e as tensões na Síria, a moeda norte-americana perde valor ante as principais divisas do mundo, incluindo as de países emergentes.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reiterou nesta segunda-feira, 9, a importância de uma ação militar na Síria, em resposta ao suposto uso de armas químicas pelo regime do presidente Bashar Assad. Kerry ressaltou que a operação deverá ser limitada, objetiva e de curto prazo e deverá ter como alvo a capacidade de armas químicas do país árabe. Amanhã será a vez do discurso do presidente Barack Obama sobre a Síria.

A declaração de Kerry limita os ganhos após o superávit comercial da China subir para US$ 28,6 bilhões em agosto, superando a projeção de saldo positivo de US$ 20,4 bilhões e alcançando o maior nível do ano. Outra notícia que ajudou os pregões da Ásia foi a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, que cresceu 3,8% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, expandindo-se em um ritmo mais rápido do que o inicialmente calculado (2,6%).

Por aqui, os dados divulgados até agora pouco alteram a percepção de que a inflação está dentro do esperado, enquanto a atividade brasileira segue sem força. A pesquisa Focus do Banco Central mostrou nova deterioração das expectativas inflacionárias, com a previsão para o IPCA de 2014 subindo de 5,84% para 5,85%, na sequência da divulgação, na sexta-feira, do índice de agosto em alta de 0,24%, e da ata do Copom, publicada na quinta-feira, levemente mais suave do que o esperado pelo mercado.

Mais cedo, o grupo Alimentação, que avançou de 0,17% na última leitura de agosto para 0,30% na primeira quadrissemana de setembro, foi o que mais contribuiu para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado nesta segunda-feira (9) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador geral subiu 0,05 ponto porcentual, de 0,20% para 0,25% entre os dois períodos.

Já a inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,06% em agosto, ante queda de 0,29% em julho, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado esta manhã pela FGV. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,79% no ano e de 5,36% em 12 meses.

Na sexta-feira, o resultado do relatório de trabalho dos Estados Unidos (payroll) indicando a criação de menos vagas do que o previsto foi determinante para o recuo dos juros futuros domésticos. Os investidores continuam sem saber quando se dará a redução dos estímulos à economia dos Estados Unidos, o que provocou pressão de queda sobre o dólar e sobre a taxa dos Treasuries.

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