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Juros futuros abrem o dia em queda antes do Copom

O BC tomará sua decisão com indicadores mostrando enfraquecimento da recuperação da economia brasileira no primeiro semestre do ano

Às 9h20, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,81%, na máxima do dia, de 8,82% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 recuava para 9,59%, de 9,67% (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 10h13.

São Paulo - Os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a semana com baixa liquidez, com os investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira.

Os contratos mais curtos operam próximos da estabilidade, enquanto a parcela mais longa da curva a termo tem queda em meio ao bom humor visto nas bolsas internacionais.

Às 9h20, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,81%, na máxima do dia, de 8,82% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 recuava para 9,59%, de 9,67% na sexta-feira. Na parte longa, o DI para janeiro de 2017 caía para 10,92%, de 11,04% na véspera.

A dois pregões da decisão do Copom - já que terça-feira, 09, é feriado no Estado de São Paulo -, o mercado encara um inédito consenso entre economistas e investidores com relação ao anúncio de quarta-feira.

Tanto a curva de juros quanto o analistas que respondem à pesquisa Focus, do Banco Central, apontam manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto porcentual, o que levaria a taxa básica para 8% ao ano. Dessa forma, os contratos futuros mais curtos devem oscilar pouco até lá.

O BC tomará sua decisão com indicadores mostrando enfraquecimento da recuperação da economia brasileira no primeiro semestre do ano. Um dado importante só será divulgado na quinta-feira, 11, quando o IBGE anuncia os números do comércio varejista de maio. O indicador de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) relativo ao mesmo mês será publicado na sexta-feira, 12.


Já a parcela intermediária da curva a termo, que reflete a estimativa dos agentes com relação ao tamanho do aperto monetário, pode oscilar ao sabor do dólar - cujo impacto para os preços ainda é incerto - e também à nova piora das expectativas inflacionárias do Focus.

Os economistas que respondem ao levantamento revisaram para cima a projeção do IPCA para 2014, de 5,88% para 5,90%. O IPCA para 2013 recuou de 5,88% para 5,90% - em função da surpresa positiva com o indicador de junho.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 6,02%, e não mais em 6,09% como era esperado uma semana antes, e em 6,30% no próximo ano, ante 6,20% há um mês.

Por fim, a ponta longa continuará reagindo ao humor internacional, com forte correlação com as Treasuries norte-americanas. Na sexta-feira, os papéis do governo dos Estados Unidos de 10 anos de prazo, que balizam o DI com vencimento em 2017, superaram o patamar de 2,70% ao ano, o que levou a taxa doméstica a romper novamente o nível dos 11%.

Além do Copom, esta será mais uma semana em que os bancos centrais atrairão as atenção. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve divulga a ata do último encontro do Fomc, o comitê de política monetária norte-americano, na quarta-feira, enquanto o presidente da instituição, Ben Bernanke, discursa em conferência sobre os 100 anos do Fed. O mandatário do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, fala nesta segunda-feira.

Por enquanto, os mercados internacionais mantém o otimismo, após os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos EUA, divulgados na sexta-feira, mostrarem a força da recuperação nos EUA.

Os índices futuros norte-americanos apontam abertura dos pregões de Nova York no terreno positivo, enquanto as ações na Europa operam em forte alta, com a aparente solução do impasse político em Portugal.

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São Paulo - Os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a semana com baixa liquidez, com os investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira.

Os contratos mais curtos operam próximos da estabilidade, enquanto a parcela mais longa da curva a termo tem queda em meio ao bom humor visto nas bolsas internacionais.

Às 9h20, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 tinha taxa de 8,81%, na máxima do dia, de 8,82% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 recuava para 9,59%, de 9,67% na sexta-feira. Na parte longa, o DI para janeiro de 2017 caía para 10,92%, de 11,04% na véspera.

A dois pregões da decisão do Copom - já que terça-feira, 09, é feriado no Estado de São Paulo -, o mercado encara um inédito consenso entre economistas e investidores com relação ao anúncio de quarta-feira.

Tanto a curva de juros quanto o analistas que respondem à pesquisa Focus, do Banco Central, apontam manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto porcentual, o que levaria a taxa básica para 8% ao ano. Dessa forma, os contratos futuros mais curtos devem oscilar pouco até lá.

O BC tomará sua decisão com indicadores mostrando enfraquecimento da recuperação da economia brasileira no primeiro semestre do ano. Um dado importante só será divulgado na quinta-feira, 11, quando o IBGE anuncia os números do comércio varejista de maio. O indicador de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) relativo ao mesmo mês será publicado na sexta-feira, 12.


Já a parcela intermediária da curva a termo, que reflete a estimativa dos agentes com relação ao tamanho do aperto monetário, pode oscilar ao sabor do dólar - cujo impacto para os preços ainda é incerto - e também à nova piora das expectativas inflacionárias do Focus.

Os economistas que respondem ao levantamento revisaram para cima a projeção do IPCA para 2014, de 5,88% para 5,90%. O IPCA para 2013 recuou de 5,88% para 5,90% - em função da surpresa positiva com o indicador de junho.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 6,02%, e não mais em 6,09% como era esperado uma semana antes, e em 6,30% no próximo ano, ante 6,20% há um mês.

Por fim, a ponta longa continuará reagindo ao humor internacional, com forte correlação com as Treasuries norte-americanas. Na sexta-feira, os papéis do governo dos Estados Unidos de 10 anos de prazo, que balizam o DI com vencimento em 2017, superaram o patamar de 2,70% ao ano, o que levou a taxa doméstica a romper novamente o nível dos 11%.

Além do Copom, esta será mais uma semana em que os bancos centrais atrairão as atenção. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve divulga a ata do último encontro do Fomc, o comitê de política monetária norte-americano, na quarta-feira, enquanto o presidente da instituição, Ben Bernanke, discursa em conferência sobre os 100 anos do Fed. O mandatário do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, fala nesta segunda-feira.

Por enquanto, os mercados internacionais mantém o otimismo, após os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos EUA, divulgados na sexta-feira, mostrarem a força da recuperação nos EUA.

Os índices futuros norte-americanos apontam abertura dos pregões de Nova York no terreno positivo, enquanto as ações na Europa operam em forte alta, com a aparente solução do impasse político em Portugal.

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