Juros futuros abrem negócios perto da estabilidade
A revisão para cima nas projeções do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano, feita por meio do boletim Focus do BC, traz viés de alta para as taxas futuras
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 12h46.
São Paulo - Depois do carnaval, o mercado futuro de juros retoma os negócios na tarde desta quarta-feira perto da estabilidade.
A revisão para cima nas projeções do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano, feita por meio do boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira, traz viés de alta para as taxas futuras, ofuscando a leve queda na estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na mesma pesquisa.
A melhora no cenário externo contribui para esse movimento. Por outro lado, o baixo volume de negócios limita o avanço dos juros futuros.
Às 13h15, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,40%, igual ao ajuste da sexta-feira (08); o DI para janeiro de 2015 marcava 8,16%, ante 8,17% na sexta-feira (08); e o DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 9,05%, igual ao ajuste da sexta-feira (08).
"Os DIs abrem sob o impacto do Focus, que me surpreendeu, com revisões fortes (para cima) nas projeções para a inflação neste e no próximo ano", diz o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "Renova as preocupações", acrescenta ele, chamando a atenção especialmente para a estimativa do chamado Top 5 referente ao fechamento do ano que vem.
No Focus, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2013 subiu de 5,68% para 5,71%. O IPCA suavizado 12 meses à frente também foi revisado para cima, de 5,47% para 5,49%. Em 2014, seguiu em 5,50%.
No Top 5, grupo das instituições do mercado financeiro que mais acertam projeções, a estimativa para o IPCA médio prazo no fim deste ano passou de 5,52% para 5,70%. Em 2014, a previsão para o IPCA médio prazo do grupo ficou em 6,50% - teto da meta do governo federal -, de 5,80% na pesquisa anterior.
A previsão para o crescimento do PIB em 2013 passou de 3,10% para 3,09% e para 2014, de 3,70% para 3,80%. As projeções para a Selic no fim deste ano e do próximo foram mantidas em 7,25% ao ano e 8,25% ao ano, respectivamente.
O comportamento do dólar também está na mira dos investidores. Até porque influenciou os negócios com juros futuros na semana passada, especialmente na sexta-feira (08), após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a moeda norte-americana e um leilão de swap reverso (equivalente à compra no mercado futuro) feito pelo Banco Central. Nesta quarta-feira, a perspectiva para o dólar é de alta.
No exterior, à espera da reunião do G-20 na Rússia e em meio a dados econômicos, as principais bolsas europeias e Bolsas de Nova York exibiam nesta quarta-feira leves altas.
Na zona do euro, a produção industrial cresceu mais que o esperado em dezembro ante novembro, porém caiu mais que o previsto na comparação com igual mês do ano anterior e encolheu 2,4% no quarto trimestre de 2012 ante o terceiro trimestre. Nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram em linha com o esperado em janeiro ante dezembro.
São Paulo - Depois do carnaval, o mercado futuro de juros retoma os negócios na tarde desta quarta-feira perto da estabilidade.
A revisão para cima nas projeções do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano, feita por meio do boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira, traz viés de alta para as taxas futuras, ofuscando a leve queda na estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na mesma pesquisa.
A melhora no cenário externo contribui para esse movimento. Por outro lado, o baixo volume de negócios limita o avanço dos juros futuros.
Às 13h15, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,40%, igual ao ajuste da sexta-feira (08); o DI para janeiro de 2015 marcava 8,16%, ante 8,17% na sexta-feira (08); e o DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 9,05%, igual ao ajuste da sexta-feira (08).
"Os DIs abrem sob o impacto do Focus, que me surpreendeu, com revisões fortes (para cima) nas projeções para a inflação neste e no próximo ano", diz o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "Renova as preocupações", acrescenta ele, chamando a atenção especialmente para a estimativa do chamado Top 5 referente ao fechamento do ano que vem.
No Focus, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2013 subiu de 5,68% para 5,71%. O IPCA suavizado 12 meses à frente também foi revisado para cima, de 5,47% para 5,49%. Em 2014, seguiu em 5,50%.
No Top 5, grupo das instituições do mercado financeiro que mais acertam projeções, a estimativa para o IPCA médio prazo no fim deste ano passou de 5,52% para 5,70%. Em 2014, a previsão para o IPCA médio prazo do grupo ficou em 6,50% - teto da meta do governo federal -, de 5,80% na pesquisa anterior.
A previsão para o crescimento do PIB em 2013 passou de 3,10% para 3,09% e para 2014, de 3,70% para 3,80%. As projeções para a Selic no fim deste ano e do próximo foram mantidas em 7,25% ao ano e 8,25% ao ano, respectivamente.
O comportamento do dólar também está na mira dos investidores. Até porque influenciou os negócios com juros futuros na semana passada, especialmente na sexta-feira (08), após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a moeda norte-americana e um leilão de swap reverso (equivalente à compra no mercado futuro) feito pelo Banco Central. Nesta quarta-feira, a perspectiva para o dólar é de alta.
No exterior, à espera da reunião do G-20 na Rússia e em meio a dados econômicos, as principais bolsas europeias e Bolsas de Nova York exibiam nesta quarta-feira leves altas.
Na zona do euro, a produção industrial cresceu mais que o esperado em dezembro ante novembro, porém caiu mais que o previsto na comparação com igual mês do ano anterior e encolheu 2,4% no quarto trimestre de 2012 ante o terceiro trimestre. Nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram em linha com o esperado em janeiro ante dezembro.