Juros curtos estacionados à espera de medidas efetivas
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 estava em 7,71%, nivelado ao ajuste
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 16h55.
São Paulo - A melhora do ambiente internacional, onde os investidores aguardam com otimismo o resultado da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira, passou ao largo do mercado de juros futuros. Enquanto as taxas de curto prazo ficaram estacionadas ao redor do ajuste, à espera de sinais e ações que possam desencadear a melhora efetiva da economia, os juros longos cederam sensivelmente. Nesse caso, segundo profissionais do mercado, a queda do dólar e um movimento técnico de suavização da inclinação (flattening) da curva favoreceram a devolução de prêmios.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (241.615 contratos) estava em 7,71%, nivelado ao ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (250.355 contratos) apontava 8,03%, de 8,05% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (99.160 contratos) cedia para 9,63%, de 9,72% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (5.955 contratos) recuava para 10,13%, de 10,29% no ajuste.
Por aqui, a inflação segue mostrando sinais de arrefecimento. A segunda prévia do IGP-M ficou em 0,63%, ante avanço de 1,00% em igual prévia de maio. O resultado ficou levemente acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,60%. Mas mereceu destaque a desaceleração de um dos componentes do índice cheio, o IPC-M, que registrou variação positiva de 0,14% na segunda prévia de junho, ante 0,41% em igual prévia de maio. O IPC-Fipe, que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,25% na segunda quadrissemana de junho, de +0,28% na primeira prévia do mês. Tais números confirmam a expectativa positiva sobre o IPCA-15, que será divulgado na quinta-feira.
Lá fora, os mercados se movimentam em torno de expectativas. Termina neta terça-feira o encontro de líderes do G-20 e a tentativa principal é fazer a Alemanha aceitar também a implementação de medidas de estímulo ao crescimento, e não apenas a busca pela austeridade. No México, a chanceler Angela Merkel defendeu ações de estímulo, mas ponderou que "crescimento não é apenas dinheiro". "A tarefa agora é assegurar que os recursos que temos para crescimento sejam usados de maneira eficaz".
Expectativa maior se dá em relação ao fim da reunião do Fed, amanhã. As esperanças são de que a autoridade monetária norte-americana anuncie novas medidas de estímulo à economia. E a cada indicador negativo do país, tais esperanças crescem. O dado ruim de hoje ficou por conta das construções de moradias, que caíram 4,8% em maio na comparação com abril. Por outro lado, em relação a maio do ano passado houve aumento de 28,5%.
São Paulo - A melhora do ambiente internacional, onde os investidores aguardam com otimismo o resultado da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira, passou ao largo do mercado de juros futuros. Enquanto as taxas de curto prazo ficaram estacionadas ao redor do ajuste, à espera de sinais e ações que possam desencadear a melhora efetiva da economia, os juros longos cederam sensivelmente. Nesse caso, segundo profissionais do mercado, a queda do dólar e um movimento técnico de suavização da inclinação (flattening) da curva favoreceram a devolução de prêmios.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (241.615 contratos) estava em 7,71%, nivelado ao ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (250.355 contratos) apontava 8,03%, de 8,05% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (99.160 contratos) cedia para 9,63%, de 9,72% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (5.955 contratos) recuava para 10,13%, de 10,29% no ajuste.
Por aqui, a inflação segue mostrando sinais de arrefecimento. A segunda prévia do IGP-M ficou em 0,63%, ante avanço de 1,00% em igual prévia de maio. O resultado ficou levemente acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,60%. Mas mereceu destaque a desaceleração de um dos componentes do índice cheio, o IPC-M, que registrou variação positiva de 0,14% na segunda prévia de junho, ante 0,41% em igual prévia de maio. O IPC-Fipe, que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,25% na segunda quadrissemana de junho, de +0,28% na primeira prévia do mês. Tais números confirmam a expectativa positiva sobre o IPCA-15, que será divulgado na quinta-feira.
Lá fora, os mercados se movimentam em torno de expectativas. Termina neta terça-feira o encontro de líderes do G-20 e a tentativa principal é fazer a Alemanha aceitar também a implementação de medidas de estímulo ao crescimento, e não apenas a busca pela austeridade. No México, a chanceler Angela Merkel defendeu ações de estímulo, mas ponderou que "crescimento não é apenas dinheiro". "A tarefa agora é assegurar que os recursos que temos para crescimento sejam usados de maneira eficaz".
Expectativa maior se dá em relação ao fim da reunião do Fed, amanhã. As esperanças são de que a autoridade monetária norte-americana anuncie novas medidas de estímulo à economia. E a cada indicador negativo do país, tais esperanças crescem. O dado ruim de hoje ficou por conta das construções de moradias, que caíram 4,8% em maio na comparação com abril. Por outro lado, em relação a maio do ano passado houve aumento de 28,5%.