Juros caem com discussão sobre trajetória de inflação
IGP-M mais fraco e informação de que riscos da inflação no curto prazo estão se deteriorando ditaram queda das taxas
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 16h36.
As taxas futuras de juros operaram em queda desde o começo do dia, mas o movimento ganhou mais força na segunda metade da sessão desta segunda-feira.
De acordo com profissionais da área de renda fixa, circula nas mesas de operação informação de que uma fonte do governo teria dito à imprensa que a piora do balanço de riscos da inflação no curto prazo, a que o Banco Central se referiu no comunicado que acompanhou a decisão da semana passada, está restrita aos primeiros meses do ano - janeiro e fevereiro.
Depois disso, haveria descompressão de preços e tendência de convergência da inflação à meta. A mesma fonte teria reforçado que a atividade está mais fraca do que o antecipado. Pela manhã, as taxas já cediam levemente em reação à segunda prévia do IGP-M de janeiro, que ficou abaixo da mediana das estimativas.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro para julho de 2013 (22.925 contratos) estava em 7,05%, de 7,07% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (97.705 contratos) marcava mínima de 7,13%, de 7,18% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 (130.950 contratos) indicava 7,81%, também na mínima, ante 7,88%. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (57.690 contratos) tinha taxa de 8,63%, ante 8,70%, e o DI para janeiro de 2021 (5.800 contratos) apontava mínima de 9,35%, ante 9,41% no ajuste.
"Esses comentários que circulam no mercado confirmam a leitura de que o BC pode estar vendo o balanço de riscos da inflação deteriorado agora, o que não quer dizer que não haverá melhora no médio e longo prazos", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "Isso, somado ao IGP-M mais fraco, que abriu espaço para devolução das altas da semana anterior, determina a queda dos juros hoje."
Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o IGP-M subiu 0,34% na segunda prévia deste mês, depois da alta de 0,41% na primeira prévia de janeiro e ante aumento de 0,69% em igual prévia de dezembro. Os preços dos produtos agrícolas no atacado caíram 0,11% na segunda prévia deste mês, de +1,25% em igual prévia de dezembro.
Por outro lado, o boletim Focus trouxe revisão para cima na expectativa de inflação pelo IPCA ao fim de 2013, de 5,53% para 5,65%. A mesma pesquisa revisou para baixo a estimativa de crescimento do PIB do País em 2013, de 3,20% para 3,19%. Quanto à Selic, a projeção para o fim de 2013 seguiu inalterada, em 7,25% ao ano. Para 2014, permaneceu em 8,25%.
Agora, os investidores aguardam a posição oficial do BC, por meio da ata da última reunião do Copom, sobre os riscos inflacionários e a atividade. Além disso, o mercado está interessado em saber como o Banco Central tratará da questão fiscal. Recentemente, várias autoridades da equipe econômica têm dito que o uso de abatimentos para cumprir o superávit primário em 2013 pode ocorrer, a exemplo do que foi feito em 2012. Até o Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, porém, o BC citava em seus cenários o cumprimento da meta cheia de superávit, de 3,1% do PIB.
As taxas futuras de juros operaram em queda desde o começo do dia, mas o movimento ganhou mais força na segunda metade da sessão desta segunda-feira.
De acordo com profissionais da área de renda fixa, circula nas mesas de operação informação de que uma fonte do governo teria dito à imprensa que a piora do balanço de riscos da inflação no curto prazo, a que o Banco Central se referiu no comunicado que acompanhou a decisão da semana passada, está restrita aos primeiros meses do ano - janeiro e fevereiro.
Depois disso, haveria descompressão de preços e tendência de convergência da inflação à meta. A mesma fonte teria reforçado que a atividade está mais fraca do que o antecipado. Pela manhã, as taxas já cediam levemente em reação à segunda prévia do IGP-M de janeiro, que ficou abaixo da mediana das estimativas.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro para julho de 2013 (22.925 contratos) estava em 7,05%, de 7,07% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (97.705 contratos) marcava mínima de 7,13%, de 7,18% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 (130.950 contratos) indicava 7,81%, também na mínima, ante 7,88%. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (57.690 contratos) tinha taxa de 8,63%, ante 8,70%, e o DI para janeiro de 2021 (5.800 contratos) apontava mínima de 9,35%, ante 9,41% no ajuste.
"Esses comentários que circulam no mercado confirmam a leitura de que o BC pode estar vendo o balanço de riscos da inflação deteriorado agora, o que não quer dizer que não haverá melhora no médio e longo prazos", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "Isso, somado ao IGP-M mais fraco, que abriu espaço para devolução das altas da semana anterior, determina a queda dos juros hoje."
Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o IGP-M subiu 0,34% na segunda prévia deste mês, depois da alta de 0,41% na primeira prévia de janeiro e ante aumento de 0,69% em igual prévia de dezembro. Os preços dos produtos agrícolas no atacado caíram 0,11% na segunda prévia deste mês, de +1,25% em igual prévia de dezembro.
Por outro lado, o boletim Focus trouxe revisão para cima na expectativa de inflação pelo IPCA ao fim de 2013, de 5,53% para 5,65%. A mesma pesquisa revisou para baixo a estimativa de crescimento do PIB do País em 2013, de 3,20% para 3,19%. Quanto à Selic, a projeção para o fim de 2013 seguiu inalterada, em 7,25% ao ano. Para 2014, permaneceu em 8,25%.
Agora, os investidores aguardam a posição oficial do BC, por meio da ata da última reunião do Copom, sobre os riscos inflacionários e a atividade. Além disso, o mercado está interessado em saber como o Banco Central tratará da questão fiscal. Recentemente, várias autoridades da equipe econômica têm dito que o uso de abatimentos para cumprir o superávit primário em 2013 pode ocorrer, a exemplo do que foi feito em 2012. Até o Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, porém, o BC citava em seus cenários o cumprimento da meta cheia de superávit, de 3,1% do PIB.