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Juro futuro sobe na BM&F, mas aposta é de Selic estável

Por Rosangela Dolis São Paulo - Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa Selic, o juro básico da economia brasileira, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo IBGE de 0,83% em novembro, pressionado por preços de alimentos, deu algum alento a apostas […]

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 16h01.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa Selic, o juro básico da economia brasileira, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo IBGE de 0,83% em novembro, pressionado por preços de alimentos, deu algum alento a apostas minoritárias do mercado na elevação da Selic no encontro de hoje. Com isso, negócios com contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento no curto prazo (até janeiro de 2012) na Bolsa de Mercadorias & Futuros registraram leve alta das projeções em relação ao fechamento de ontem. As correções dos juros futuros foram, porém, pequenas porque permaneceu majoritária a aposta de que a Selic só deverá subir na reunião do Copom de janeiro de 2011.

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Ao término da negociação normal, entre os contratos curtos, o DI de janeiro de 2011 subiu para 10,719% ao ano, ante 10,69% no ajuste de ontem, com 1.496.080 contratos negociados; a projeção do DI de abril de 2011 foi para 11,15% ao ano, de 11,12% ontem, com 1.296.670 contratos negociados; o de julho de 2011 subiu para 11,63% ao ano, de 11,60% ontem (82.155 contratos negociados); e o DI de janeiro de 2012 fechou em alta a 12,07% ao ano, de 12,04% ontem, com 264.130 contratos negociados.

Se nos DI curtos a alta se instalou desde cedo, nos vencimentos futuros intermediários e longos o avanço das projeções só se firmou no meio da tarde. Esses segmentos observaram a elevação dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA ocorrido por dois motivos: em resposta ao pacote de corte de impostos negociado pelo presidente norte-americano Barack Obama com a oposição na segunda-feira, que favorece a recuperação da economia norte-americana mas aponta para a necessidade de novas emissões de dívida pelos EUA no futuro, e ao ajuste de posição dos investidores antes do leilão de US$ 21 bilhões em T-Notes de 10 anos que seria realizado pelo Departamento do Tesouro dos EUA mais tarde.

Ainda nesse segmento, os juros sofreram pressões dos receios de uma elevação iminente das taxas de juros na China.

Assim, aqui, nos contratos de vencimento intermediário, a estabilidade da manhã passou a alta à tarde. O juro projetado pelo DI de janeiro de 2013 subiu para 12,38% ao ano, de 12,32% ontem (151.040 contratos), e o do DI de janeiro de 2014 avançou para 12,25% ao ano, de 12,19% ontem, com 27.215 contratos.

Nos vencimentos longos, a baixa registrada pela manhã virou para alta também no meio da tarde. O DI de janeiro de 2017 subiu para 12,07% ao ano, de 11,97% (24.035 contratos), e o DI janeiro 2021 avançou para 12,11%, de 12,01% (5.335 contratos).

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