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Juro futuro sobe e mantém aposta de Selic a 11,75%

Por Denise Abarca São Paulo - Nem o resultado da produção industrial em janeiro ante dezembro, próximo ao teto das previsões, abalou a convicção de que a taxa Selic será elevada hoje em 0,5 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. O mercado futuro de juros chega ao dia da decisão do Comitê de Política Monetária […]

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 15h58.

Por Denise Abarca

São Paulo - Nem o resultado da produção industrial em janeiro ante dezembro, próximo ao teto das previsões, abalou a convicção de que a taxa Selic será elevada hoje em 0,5 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. O mercado futuro de juros chega ao dia da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central precificando 88% de possibilidade para esta aposta, segundo cálculo dos operadores das mesas de renda fixa. Com a alta de 0,5 ponto porcentual da taxa básica de juros considerada como "certa" hoje, as taxas de curto prazo dos contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) tiveram leve alta, que foi ganhando força ao longo dos vencimentos à frente.

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Ao término da negociação normal da BM&F, o DI de abril de 2011 (1.207.915 contratos negociados hoje), o primeiro a vencer após a decisão do Copom de hoje, projetava taxa de 11,66% ao ano, de 11,63% no ajuste de ontem, enquanto o DI de julho de 2011 (542.730 contratos negociados) subia de 12,06% para 12,09% ao ano, enquanto o DI de janeiro de 2012 (265.253 contratos) avançava de 12,50% para 12,53% ao ano. O DI de janeiro de 2013 (126.920 contratos) passava de 12,69% para 12,75%. Nos longos, o DI de janeiro de 2017 (15.760 contratos) estava em 12,41%, 12,35% ontem.

O último dado doméstico relevante antes da decisão do Copom foi divulgado pela manhã. Segundo o IBGE, a produção industrial cresceu 0,2% em janeiro ante dezembro, acima da mediana da pesquisa AE Projeções, que era de queda de 0,5%, a partir do intervalo entre recuo de 1,50% e alta de 0,3%. O indicador serviu para dar uma leve pressão de alta aos contratos de vencimento próximo, mas não o suficiente para desfazer o consenso de que o Banco Central manterá o ritmo de aperto da Selic. Afinal, mesmo depois de reverter dois meses seguidos de queda na margem, a indústria continua com "menor dinamismo", como reconheceu o próprio IBGE.

Por outro lado, os DIs longos, que subiram mais, denunciam que o mercado tem dúvidas sobre se ao continuar com o aumento da Selic de 0,5 ponto porcentual o Banco Central conseguirá domar a inflação no futuro.

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