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Juro curto cai com dólar e longo sobe por fator técnico

Operação do BC que derrubou o dólar motivou queda das taxas mais curtas do juro

Bovespa: taxa do juro para outubro deste ano encerrou as negociações a 7,15%, ante 7,17% no ajuste (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Os contratos futuros de juros apresentaram comportamentos distintos nesta segunda-feira.

Enquanto as taxas mais curtas operaram perto da estabilidade ou até com viés de queda, influenciadas pela operação de swap cambial feita pelo Banco Central (BC) e que derrubou a cotação do dólar, os juros longos subiram puxados por fatores técnicos oriundos de correções à última ata do Comitê de Política Monetária, divulgada na quinta-feira (24).

Nesse ambiente, a aceleração da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e a revisão em alta das projeções para o IPCA de 2013, contidas na Focus, acabaram em segundo plano.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para outubro de 2013 (13.845 contratos) estava em 7,15%, de 7,17% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (173.875 contratos) marcava taxa de 7,24%, ante 7,25% na quinta-feira. O DI para janeiro de 2015 (497.085 contratos) indicava mínima de 7,94%, ante 7,96% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (177.510 contratos) tinha taxa de 8,81%, ante 8,76%, e o DI para janeiro de 2021 (12.610 contratos) apontava 9,53%, ante 9,47% no ajuste.

"O trecho curto está, por ora, sendo segurado pelo dólar em queda. Resta saber se a operação do Banco Central ocorreu porque deseja um dólar mais baixo ou se não queria que a moeda subisse mais", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.

O avanço da parte mais longa da curva de juros, segundo um operador, está relacionado a uma operação feita por um grande player com o contrato para janeiro de 2015. Essa instituição saiu da ponta vendedora para a compradora em taxa. "Houve uma mudança considerável de cenário após a última ata e ainda tem muita gente fazendo ajustes. A questão é que uma operação grande acaba gerando alguns stops que intensificam o movimento das taxas. Foi isso que aconteceu hoje. No fim, porém, houve uma acomodação", afirmou a fonte.


Nesta manhã, o Banco Central fez um leilão de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), rolando integralmente a operação que venceria na sexta-feira (01). No total, foram vendidos 37 mil contratos, equivalentes a US$ 1,847 bilhão.

No que diz respeito à inflação, o IPC medido pela Fipe acelerou a alta para 1,04% na terceira quadrissemana do mês, de 0,82% na terceira medição de dezembro e de 0,96% na segunda leitura de janeiro. O resultado ficou acima da mediana (1,02%) encontrada pelo AE Projeções. Já o Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,39% em janeiro, de +0,29% em dezembro - acima do teto das estimativas, de 0,37%.

No boletim Focus, a expectativa para o IPCA em 2013 subiu pela quarta semana consecutiva, de 5,65% para 5,67%. No Top 5 médio prazo, porém, a projeção caiu de 5,58% para 5,52% e a projeção suavizada para o IPCA 12 meses à frente recuou de 5,56% para 5,53%. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013, por sua vez, recuou pela quarta semana, de 3,19% para 3,10%. A projeção para a Selic se manteve em 7,25% no fim de 2013.

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Nesse ambiente, a aceleração da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e a revisão em alta das projeções para o IPCA de 2013, contidas na Focus, acabaram em segundo plano.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para outubro de 2013 (13.845 contratos) estava em 7,15%, de 7,17% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (173.875 contratos) marcava taxa de 7,24%, ante 7,25% na quinta-feira. O DI para janeiro de 2015 (497.085 contratos) indicava mínima de 7,94%, ante 7,96% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (177.510 contratos) tinha taxa de 8,81%, ante 8,76%, e o DI para janeiro de 2021 (12.610 contratos) apontava 9,53%, ante 9,47% no ajuste.

"O trecho curto está, por ora, sendo segurado pelo dólar em queda. Resta saber se a operação do Banco Central ocorreu porque deseja um dólar mais baixo ou se não queria que a moeda subisse mais", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.

O avanço da parte mais longa da curva de juros, segundo um operador, está relacionado a uma operação feita por um grande player com o contrato para janeiro de 2015. Essa instituição saiu da ponta vendedora para a compradora em taxa. "Houve uma mudança considerável de cenário após a última ata e ainda tem muita gente fazendo ajustes. A questão é que uma operação grande acaba gerando alguns stops que intensificam o movimento das taxas. Foi isso que aconteceu hoje. No fim, porém, houve uma acomodação", afirmou a fonte.


Nesta manhã, o Banco Central fez um leilão de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), rolando integralmente a operação que venceria na sexta-feira (01). No total, foram vendidos 37 mil contratos, equivalentes a US$ 1,847 bilhão.

No que diz respeito à inflação, o IPC medido pela Fipe acelerou a alta para 1,04% na terceira quadrissemana do mês, de 0,82% na terceira medição de dezembro e de 0,96% na segunda leitura de janeiro. O resultado ficou acima da mediana (1,02%) encontrada pelo AE Projeções. Já o Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,39% em janeiro, de +0,29% em dezembro - acima do teto das estimativas, de 0,37%.

No boletim Focus, a expectativa para o IPCA em 2013 subiu pela quarta semana consecutiva, de 5,65% para 5,67%. No Top 5 médio prazo, porém, a projeção caiu de 5,58% para 5,52% e a projeção suavizada para o IPCA 12 meses à frente recuou de 5,56% para 5,53%. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013, por sua vez, recuou pela quarta semana, de 3,19% para 3,10%. A projeção para a Selic se manteve em 7,25% no fim de 2013.

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