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JPMorgan vê freada na migração de títulos para ações nos EUA

Os investidores têm fugido em massa de títulos de dívida à medida que os bancos centrais revertem os estímulos implementados para enfrentar a pandemia

JP Morgan: a alocação global em títulos agora é estimada em apenas 18%, o menor nível desde 2008, encerrando 14 anos em que tiveram alocação desproporcionalmente maior (Dylan Martinez/File Photo/Reuters)
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Bloomberg

Publicado em 31 de março de 2022 às 16h03.

Última atualização em 31 de março de 2022 às 16h11.

O êxodo dos fundos de renda fixa em direção a fundos de ações nos Estados Unidos vai diminuir a partir do segundo trimestre, preveem estrategistas do JPMorgan Chase liderados por Nikolaos Panigirtzoglou.

Os investidores têm fugido em massa de títulos de dívida à medida que os bancos centrais revertem os estímulos implementados para enfrentar a pandemia. Os títulos do Tesouro americano amargaram a maior perda trimestral em mais de 40 anos.

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A alocação global em títulos agora é estimada em apenas 18%, o menor nível desde 2008, encerrando 14 anos em que tiveram alocação desproporcionalmente maior e retornando a patamares vistos pela última vez antes do colapso do Lehman Brothers, de acordo com o JPMorgan.

“A história sugere que saídas severas dos fundos de títulos não duram mais de um trimestre sem ser em períodos de crise”, afirmaram os estrategistas do JPMorgan em relatório divulgado na quarta-feira.

“A rotação deste trimestre dos fundos de títulos para fundos de ações diminuirá nos próximos trimestres, implicando menor venda de títulos de renda fixa e menor compra de fundos de ações a partir do segundo trimestre.”

OMorgan Stanley tem um entendimento parecido. Nesta semana, seus estrategistas afirmaram que esperam alívio nas perdas sem precedentes sofridas pelos títulos. Nas últimas duas décadas, títulos públicos globais tiveram retorno total mediano de 1,1% nos meses de abril, superando o retorno de todos os outros meses, segundo o Morgan Stanley.

Os estrategistas do JPMorgan também veem uma alocação “muito alta” em ações na comparação com títulos por investidores em todo o mundo que não são bancos, em uma situação próxima das máximas observadas no ciclo anterior, em 2006-2007. Em todo o mundo, investidores atualmente têm alocação desproporcionalmente baixa em títulos em termos absolutos e em comparação com as ações, segundo o relatório.

Embora os fluxos para ações este ano estejam superando os fluxos para os títulos, é esperada uma redução após as entradas recordes do ano passado. Os estrategistas do JPMorgan preveem queda de US$ 170 bilhões em relação a 2021, o que implica entrada de aproximadamente US$ 900 bilhões em fundos de ações em 2022.

As bolsas globais caminham para encerrar seu pior trimestre em dois anos, abaladas pela guerra na Ucrânia e preocupações com a postura agressiva dos bancos centrais e com a alta da inflação, que estimulam a saída de ativos de risco.

No acumulado do ano, os fundos de ações atraíram cerca de US$ 178 bilhões, enquanto os fundos de títulos tiveram saídas de aproximadamente US$ 86 bilhões, informou o Bank of America com base em dados da EPFR Global.

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