JBS -30%; CVM investiga fundos…

JBS: -30%

As ações da companhia de alimentos JBS despencaram 30% nesta segunda-feira em meio ao agravamento da crise política. “Na quinta e na sexta-feira a JBS comprou ações no mercado e a queda foi menos brusca. Nesta segunda-feira parece que a tesouraria diminuiu a atuação e estamos vendo a verdadeira reação do mercado a todo esse escândalo”, diz Adeodato Volpi Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial. Desde quinta-feira a queda chega a 39%, ou mais de 9,9 bilhões de reais em valor de mercado.

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Ibovespa volta a cair

Com a queda da JBS o dia foi de perdas também para o Ibovespa. O índice caiu 1,54% e fechou nos 61.600 pontos. Entre as ações mais negociadas, as preferenciais do Itaú Unibanco caíram 1,9%, as da Petrobras tiveram queda de 1,4%. Do lado positivo, as exportadoras lideraram os ganhos: Fibria (6,9%), Embraer (6,7%), Suzano (6,2%). O dólar subiu 0,60% e chegou a 3,27 reais. O Banco Central voltou a injetar dólares no mercado, por meio do swap cambial, totalizando 2 bilhões de dólares.

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Nova tentativa de leniência

O Ministério Público Federal (MPF) informou que retomou as negociações com a J&F, holding que controla a JBS, para buscar um acordo de leniência. As negociações haviam sido encerradas na sexta-feira após as partes não terem chegado a um acordo sobre o valor. O MPF propôs que o grupo pagasse 11,169 bilhões de reais no prazo de 10 anos até as 23h59 da sexta-feira para fechar o acordo. O valor representa 5,8% do faturamento anual da J&F. Já a companhia, propôs um pagamento de apenas 1 bilhão de reais para fechar o acordo, o equivalente a 0,51% do faturado pelo grupo.

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Processo contra a JBS

O escritório de advocacia norte-americano Rosen Law Firm informou, em nota pública, que está preparando uma ação coletiva para os acionistas da JBS no mercado americano que tiveram prejuízos com as notícias da delação de Joesley Batista. Nos Estados Unidos, é comum que escritórios especializados convoquem acionistas para participar dos processos coletivos. É a primeira ação dessa natureza que utiliza os fatos da delação de Joesley, que veio a público na última quarta-feira. Há diversas class actions nos Estados Unidos contra a JBS em curso, mas que levam em conta os efeitos nas ações por causa da operação Carne Fraca, de março.

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CVM contra JGP

Além dos processos contra a JBS, a Comissão de Valores Mobiliários abriu processo administrativo nesta segunda-feira para apurar se fundos de investimentos tiveram informações privilegiadas sobre a delação dos controladores da JBS. Um dos alvos do inquérito é a gestora carioca JGP. Na quinta-feira, quando o Ibovespa caiu 8,8% e o dólar disparou 8%, dois fundos multimercados da JGP tiveram bom desempenho (JGP Max +1,68% e JGP Strategy +3,32%). No mercado, circularam rumores de que a gestora teria tido acesso prévio à delação de Joesley Batista. Em comunicado a JGP afirmou que os boatos são falsos. “…nossos advogados tomarão imediatamente as medidas cabíveis para acionar judicialmente os autores das informações falsas que estão sendo circuladas”, diz comunicado da gestora a clientes.

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Eletrobras contrata BTG

A companhia de energia Eletrobras contratou o banco BTG Pactual para prestar serviços de consultoria especializada em suporte a seu programa de desinvestimentos, segundo publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira. A Eletrobras já anunciou um plano de vendas de fatias em ativos de geração e transmissão de eletricidade para levantar até 4,6 bilhões de reais, que serão utilizados para pagamento de dívidas. A estatal estima obter 2,2 bilhões de reais com as vendas de ativos em energia em 2017 e mais 2,4 bilhões de reais em 2018.