Mercados

Investimento de alta renda no País cresce acima da média

Por Altamiro Silva Júnior São Paulo - O Brasil tem um dos mercados de private banking, voltado para investidores de alta renda, que mais crescem no mundo. As projeções são de que o crescimento no País fique em 21% em 2010, ante 6% a 7% projetado para o contexto global. Esse segmento, voltado para investidores […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 15h52.

Por Altamiro Silva Júnior

São Paulo - O Brasil tem um dos mercados de private banking, voltado para investidores de alta renda, que mais crescem no mundo. As projeções são de que o crescimento no País fique em 21% em 2010, ante 6% a 7% projetado para o contexto global. Esse segmento, voltado para investidores a partir de US$ 1 milhão, deve encerrar o ano com US$ 45 trilhões em ativos, segundo estimativas da Booz & Company. A projeção é de que existam 10,5 milhões de milionários no mundo.

O Brasil, junto com os outros países que formam o Bric (Índia, Rússia e China), tem registrado crescimento do número de milionários, influenciado por fatores como crescimento da economia, vendas de empresas familiares a sócios estratégicos e aberturas de capital de companhias. "A riqueza global está migrando para algumas regiões. A Europa está perdendo espaço para o Oriente e os países que formam a sigla Bric", diz o consultor da Booz & Company, Roberto Aversa Marchi. O continente europeu concentrava 35% dos recursos dos investidores de alta renda do planeta em 2002. Este ano, o porcentual caiu para 28%. Já a Ásia, subiu de 26% para 31%. Os Estados Unidos mantiveram a participação de 31%.

Para 2011, a projeção é de que os ativos dos milionários atinja a marca de US$ 49 trilhões. A crise financeira mundial teve impacto nesse mercado. Por conta da queda dos preços dos ativos, os recursos dos milionários encolheram. Baixaram de US$ 42 trilhões em 2007 para US$ 35 trilhões no ano seguinte, que marcou o auge da crise e das perdas.

Segundo Marchi, por conta dos prejuízos, os investidores ficaram mais conservadores. Antes da crise, 49% dos ativos estavam alocados em aplicações de baixo risco. Depois dela, o porcentual subiu para 64%. Para o executivo, o número não deve voltar para níveis anteriores a crise. "A confiança dos clientes foi abalada. Houve a percepção de que as recomendações dos gestores levaram a perdas."

Bilionários

Considerando um mercado ainda mais seleto, os bilionários, o estudo da Booz & Company indicou que existem 1.011 pessoas com mais de US$ 1 bilhão no mundo, ante 538 em 2001. Esse pequeno grupo tem nada menos que US$ 3,6 trilhões em patrimônio.

A pesquisa da Booz & Company foi feita este ano em 15 países, incluindo o Brasil e ouviu cerca de 400 clientes da área private e 140 executivos que trabalham diretamente no segmento. A pesquisa foi divulgada hoje no Seminário de Private Banking, promovido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame