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Investidores voltam ao ouro após desvalorização do iuane

O avanço dos preços do ouro desencadeou em apostas mais otimistas a curto prazo sobre o metal, embora os investidores continuem cautelosos a longo prazo

Ouro: em um movimento de surpresa na semana passada, a China desvalorizou sua moeda em 2%, provocando quedas em outras moedas asiáticas (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 16h49.

Hong Kong - O valor do ouro como uma moeda alternativa ressurgiu desde a desvalorização da moeda chinesa na semana passada, com os investidores em pânico buscando refúgio no metal precioso, empurrando-o para perto de três semanas de alta.

O avanço dos preços do ouro desencadeou em apostas mais otimistas a curto prazo sobre o metal, embora os investidores continuem cautelosos a longo prazo. A demanda física é ainda maior desde que o metal precioso caiu para um mínimo de cinco anos no final de julho.

"Nós acreditamos que após a recente queda significativa dos preços do ouro, é provável ter mais um movimento de alta do que de baixa", disse Kevin Chen, co-fundador e diretor de investimentos do fundo de hedge com sede nos EUA Three Mountain Capital. "A demanda por um porto seguro é a maior razão para os compradores de ouro", acrescentou.

Em um movimento de surpresa na semana passada, a China desvalorizou sua moeda em 2%, provocando quedas em outras moedas asiáticas. O iuane ficou estável em relação ao dólar na terça-feira pelo segundo dia de negociação nesta semana.

Desde a súbita queda do iuane na última terça-feira, o ouro à vista subiu 1,4%, para US$ 1.119,61 por onça troy, um desempenho muito melhor do que a maioria das outras commodities.

Por outro lado, o alumínio e o cobre caíram de 3,4% e 5%, respectivamente, e estão tocando perto dos pontos mais baixos em seis anos.

"Para muitos investidores que não têm o dólar como base na Ásia, na Europa ou na América Latina, há uma falta de escolha quando as ações estão em uma tendência de queda e as moedas estão em queda livre", disse Chen.

O aumento do preço do ouro na semana passada foi o primeiro ganho semanal do metal em oito semanas, observou um relatório do Saxo Bank.

O relatório aponta também que tanto os operadores quanto os fundos de hedge têm cortado suas apostas pessimistas sobre o ouro em 73%.

A demanda física saudável para o ouro na China e na Índia - os dois principais compradores do metal - poderia ajudar os preços. A temporada de forte safra na Índia é um bom presságio para a demanda de ouro na próxima temporada, disse Saxo.

Enquanto isso, os compradores de ouro chinesas têm sido tentados a voltar à compra de ouro após a sua queda de preços neste ano.

Ainda assim, "os investidores de longo prazo institucionais e privados ainda não estão convencido de que o ouro deixou a queda para trás", disse Saxo.

O maior vento contrário para os preços do ouro vem da perspectiva iminente de um aumento das taxas de juros nos Estados Unidos este ano, que é um ponto positivo para o dólar e um negativo para o ouro, uma vez que os dois são normalmente inversamente correlacionados.

Para os compradores de fora dos EUA, o ouro em dólar se torna mais caro como a moeda norte-americana se fortalece.

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Hong Kong - O valor do ouro como uma moeda alternativa ressurgiu desde a desvalorização da moeda chinesa na semana passada, com os investidores em pânico buscando refúgio no metal precioso, empurrando-o para perto de três semanas de alta.

O avanço dos preços do ouro desencadeou em apostas mais otimistas a curto prazo sobre o metal, embora os investidores continuem cautelosos a longo prazo. A demanda física é ainda maior desde que o metal precioso caiu para um mínimo de cinco anos no final de julho.

"Nós acreditamos que após a recente queda significativa dos preços do ouro, é provável ter mais um movimento de alta do que de baixa", disse Kevin Chen, co-fundador e diretor de investimentos do fundo de hedge com sede nos EUA Three Mountain Capital. "A demanda por um porto seguro é a maior razão para os compradores de ouro", acrescentou.

Em um movimento de surpresa na semana passada, a China desvalorizou sua moeda em 2%, provocando quedas em outras moedas asiáticas. O iuane ficou estável em relação ao dólar na terça-feira pelo segundo dia de negociação nesta semana.

Desde a súbita queda do iuane na última terça-feira, o ouro à vista subiu 1,4%, para US$ 1.119,61 por onça troy, um desempenho muito melhor do que a maioria das outras commodities.

Por outro lado, o alumínio e o cobre caíram de 3,4% e 5%, respectivamente, e estão tocando perto dos pontos mais baixos em seis anos.

"Para muitos investidores que não têm o dólar como base na Ásia, na Europa ou na América Latina, há uma falta de escolha quando as ações estão em uma tendência de queda e as moedas estão em queda livre", disse Chen.

O aumento do preço do ouro na semana passada foi o primeiro ganho semanal do metal em oito semanas, observou um relatório do Saxo Bank.

O relatório aponta também que tanto os operadores quanto os fundos de hedge têm cortado suas apostas pessimistas sobre o ouro em 73%.

A demanda física saudável para o ouro na China e na Índia - os dois principais compradores do metal - poderia ajudar os preços. A temporada de forte safra na Índia é um bom presságio para a demanda de ouro na próxima temporada, disse Saxo.

Enquanto isso, os compradores de ouro chinesas têm sido tentados a voltar à compra de ouro após a sua queda de preços neste ano.

Ainda assim, "os investidores de longo prazo institucionais e privados ainda não estão convencido de que o ouro deixou a queda para trás", disse Saxo.

O maior vento contrário para os preços do ouro vem da perspectiva iminente de um aumento das taxas de juros nos Estados Unidos este ano, que é um ponto positivo para o dólar e um negativo para o ouro, uma vez que os dois são normalmente inversamente correlacionados.

Para os compradores de fora dos EUA, o ouro em dólar se torna mais caro como a moeda norte-americana se fortalece.

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