Investidores embolsam lucros recentes e Ibovespa cai 1%
Índice apresentou queda na contramão das bolsas norte-americanas e europeias, conforme investidores realizaram fortes lucros acumulados em outubro
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2013 às 17h15.
São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu 1 por cento nesta quinta-feira, na contramão das bolsas norte-americanas e europeias, conforme investidores realizaram fortes lucros acumulados em outubro no mercado acionário brasileiro pela segunda sessão seguida.
O Ibovespa recuou 1,02 por cento, a 54.877 pontos. O giro financeiro do pregão superou os 5 bilhões de reais.
Foi o segundo pregão seguido de baixa, depois que o índice acumulou alta de quase 8 por cento até terça-feira, 22 de outubro. Na quarta, o Ibovespa já tinha perdido quase 2 por cento.
Nesta sessão, ações de empresas ligadas a metais e companhias dos setores imobiliário elétrico, além da petroleira OGX, puxaram a bolsa para baixo. "Quando o mercado sobe um pouco, todo mundo quer botar no bolso para não levar uma 'invertida', algo que aconteça e faça o lucro sair voando", afirmou o analista-chefe da Corretora Magliano, Henrique Kleine. Para ele, o mercado acionário brasileiro não tem força para engatar um movimento mais prolongado de alta --como o visto nos EUA, onde o S&P 500 está perto das máximas e vem subindo-- devido às incertezas sobre a economia e intervenções do governo em alguns setores.
Preocupações relativas à China também contribuíram para alimentar o movimento de realização de lucros desta quinta na bolsa paulista. Apesar de uma pesquisa preliminar ter mostrado que o setor manufatureiro chinês teve sua expansão mais rápida em sete meses em outubro, as taxas de juros de curto prazo voltaram a subir, após o banco central da China enxugar mais dinheiro do mercado, em movimento que operadores veem como outro sinal de aperto monetário. "E houve outras notícias pouco benignas, como o fato de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter reduzido o crescimento potencial do Brasil e dado um alerta para a condição da política fiscal na quarta-feira", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.
O FMI estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tem potencial de crescer 3,5 por cento ao ano. "Isso pode ter afastado um pouco pontualmente o interesse do investidor estrangeiro", afirmou o sócio da Rio Verde Investimentos Eduardo Cavalheiro.
No front corporativo, OGX exerceu forte pressão de queda sobre o Ibovespa, aliada a papéis de construtoras, como a Gafisa , e siderúrgicas, como CSN.
Natura e Santander Brasil, que divulgaram resultados trimestrais entre a noite de quarta e a manhã desta quinta, também ajudaram a puxar o mercado para baixo.
A Natura teve queda no lucro líquido no terceiro trimestre de 22,6 por cento. O Santander Brasil apresentou lucro gerancial 6,8 por cento menor no terceiro trimestre, quase em linha com o esperado por analistas. Fora do Ibovespa, as ações do Fleury subiram quase 7 por cento, após o Portal Exame noticiar que companhia de diagnósticos contratou um banco para buscar um comprador.
São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu 1 por cento nesta quinta-feira, na contramão das bolsas norte-americanas e europeias, conforme investidores realizaram fortes lucros acumulados em outubro no mercado acionário brasileiro pela segunda sessão seguida.
O Ibovespa recuou 1,02 por cento, a 54.877 pontos. O giro financeiro do pregão superou os 5 bilhões de reais.
Foi o segundo pregão seguido de baixa, depois que o índice acumulou alta de quase 8 por cento até terça-feira, 22 de outubro. Na quarta, o Ibovespa já tinha perdido quase 2 por cento.
Nesta sessão, ações de empresas ligadas a metais e companhias dos setores imobiliário elétrico, além da petroleira OGX, puxaram a bolsa para baixo. "Quando o mercado sobe um pouco, todo mundo quer botar no bolso para não levar uma 'invertida', algo que aconteça e faça o lucro sair voando", afirmou o analista-chefe da Corretora Magliano, Henrique Kleine. Para ele, o mercado acionário brasileiro não tem força para engatar um movimento mais prolongado de alta --como o visto nos EUA, onde o S&P 500 está perto das máximas e vem subindo-- devido às incertezas sobre a economia e intervenções do governo em alguns setores.
Preocupações relativas à China também contribuíram para alimentar o movimento de realização de lucros desta quinta na bolsa paulista. Apesar de uma pesquisa preliminar ter mostrado que o setor manufatureiro chinês teve sua expansão mais rápida em sete meses em outubro, as taxas de juros de curto prazo voltaram a subir, após o banco central da China enxugar mais dinheiro do mercado, em movimento que operadores veem como outro sinal de aperto monetário. "E houve outras notícias pouco benignas, como o fato de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter reduzido o crescimento potencial do Brasil e dado um alerta para a condição da política fiscal na quarta-feira", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.
O FMI estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tem potencial de crescer 3,5 por cento ao ano. "Isso pode ter afastado um pouco pontualmente o interesse do investidor estrangeiro", afirmou o sócio da Rio Verde Investimentos Eduardo Cavalheiro.
No front corporativo, OGX exerceu forte pressão de queda sobre o Ibovespa, aliada a papéis de construtoras, como a Gafisa , e siderúrgicas, como CSN.
Natura e Santander Brasil, que divulgaram resultados trimestrais entre a noite de quarta e a manhã desta quinta, também ajudaram a puxar o mercado para baixo.
A Natura teve queda no lucro líquido no terceiro trimestre de 22,6 por cento. O Santander Brasil apresentou lucro gerancial 6,8 por cento menor no terceiro trimestre, quase em linha com o esperado por analistas. Fora do Ibovespa, as ações do Fleury subiram quase 7 por cento, após o Portal Exame noticiar que companhia de diagnósticos contratou um banco para buscar um comprador.