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Inflação no Brasil e EUA, queda de ministro, JBS e o que move o mercado

Sinais de manutenção do ritmo de alta de juros nos EUA e possível queda de tarifas sobre a China reforçam apetite ao risco no mercado internacional

Bento Albuquerque: exonerado do Ministério de Minas e Energia (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Bento Albuquerque: exonerado do Ministério de Minas e Energia (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de maio de 2022 às 07h10.

Última atualização em 11 de maio de 2022 às 09h06.

Bolsas internacionais sobem nesta quarta-feira, 11, dando continuidade à recuperação iniciada na véspera. Índices futuros dos Estados Unidos saltam mais de 1% nesta manhã, após terem chegado a cair mais de 4% no começo da semana. Já na Europa as altas beiram 2%.

Discursos de membros do Federal Reserve contrários a uma alta de juros mais dura na próxima reunião têm levado investidores a reavaliarem apostas de um aperto monetário mais intenso na economia americana. Ações de tecnologia, que vinham sofrendo com os temores de juros mais elevados, voltam a ser destaque em bolsas mundo afora.

A potencial revisão de tarifas impostas à China durante a era Donald Trump também contribui com o sentimento de mercado. A possibilidade foi sondada pelo presidente Joe Biden como forma de resfriar a inflação. "Estamos analisando o que teria o impacto mais positivo", disse. 

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  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): + 0,97%
    • SSE Composite (Xangai): + 0,75%
    • FTSE 100 (Londres): + 0,99%
    • DAX (Frankfurt): + 0,76%
    • CAC 40 (Paris): + 1,55%
    • S&P futuro (Nova York): + 0,91%
    • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,09%
    • Petróleo Brent (Londres): + 3,05% (para US$ 105,59)

China

Do lado da China, cresce o otimismo sobre a queda das restrições impostas para controlar o coronavírus no país. Segundo a Reuters, autoridades de Xangai disseram nesta manhã que metade da cidade já está livre da doença.

O minério de ferro, que vinha em forte queda, subiu 5%, com as esperanças renovadas sobre a demanda chinesa. A variação do metal, que pesou negativamente sobre o Ibovespa no último pregão, pode abrir o caminho para que a bolsa brasileira acompanhe o tom positivo no exterior nesta quarta.

Dados de inflação 

Mas o humor do mercado pode mudar, dependendo dos dados de inflação. Às 9h o IBGE irá divulgar o IPCA de abril sob expectativa de que a inflação brasileira acelere de 11,30% para 12,07%.

Às 9h30, será a vez dos Estados Unidos apresentarem seus números de inflação ao consumidor. O consenso é de que o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) arrefeça de 8,5% para 8,1%, indicando que a inflação americana já passou do pico.

A confirmação do cenário pode dar mais confiança de que o aumento do ritmo de alta de juros para 75 pontos base não será necessário. O oposto pode ocorrer, caso os números superem as estimativas. Para o núcleo do CPI, as projeções apontam queda de 6,5% para 6%.

Cai o ministro de Minas e Energia

Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia, pediu exoneração do cargo, que será assumido por Adolfo Sachsida. A saída de Albuquerque ocorre após o presidente Jair Bolsonaro criticá-lo nominalmente pelo aumento do preço do diesel, realizado nesta semana pela Petrobras. 

Balanços

As atenções do mercado também estão na frente micro, com a temporada de balanços do primeiro trimestre a todo vapor.

Os resultados da JBS, Banco do Brasil, Minerva, Braskem, SLC e Soma estão entre os mais aguardados desta quarta. Todos eles, porém, serão divulgados após o encerramento do pregão.

Durante a sessão de hoje, investidores irão repercutir os balanços que saíram na última noite. Entre eles estão os da da Taurus, CVC, Qualicorp, Mobly, e Telefônica (Vivo).

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