Indústria fraca ofusca alívio com acordo nos EUA
A atividade industrial dos EUA caiu para 50,9 em julho, o menor nível em dois anos
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 18h05.
São Paulo - O alívio com o acordo para salvar os Estados Unidos do default teve vida curta nos mercados nesta segunda-feira, após um dado desolador da indústria do país lembrar o mercado que não há o que celebrar.
Os investidores até começaram o dia otimistas, na esteira do pacto celebrado por democratas e republicanos para permitir a elevação do teto de endividamento norte-americano antes do prazo final de terça-feira. O acordo ainda precisa receber aprovação do Congresso nesta noite ou até o dia seguinte.
Isso durou até o mercado saber que a atividade industrial dos EUA, medida pelo Instituto para Gestão do Fornecimento (ISM), caiu de 55,3 em junho para 50,9 em julho, o menor nível em dois anos.
Foi o bastante para levar os principais índices das bolsas de novo para o vermelho, o mesmo acontecendo com as cotações das commodities. As perdas do mercados acionários ainda foram suavizadas perto do fechamento.
No segmento doméstico de renda fixa, os investidores se debruçaram sobre a pesquisa econômica do Banco Central com instituições financeiras. Os desta segunda-feira trouxeram que a expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano ficou estável pela terceira semana seguida, em 6,31 por cento, enquanto a de 2012 subiu pela segunda vez, de 5,28 para 5,30 por cento. De todo modo, as projeções contidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) recuaram levemente, refletindo de forma indireta a sensação global de menor expansão econômica.
No câmbio, o dólar acompanhou a tendência global de recuperação frente às principais moedas e avançou também frente ao real, afastando-se das mínimas desde 1999 alcançada na semana passada.
O movimento sucedeu-se ao anúncio de que a balança comercial brasileira fechou julho com superávit de 3,14 bilhões de dólares, avanço 29,2 por cento menor do que o de junho. Os mercados devem abrir a terça-feira reagindo ao saldo da votação legislativa do acordo para elevação do teto da dívida norte-americana. A agenda de indicadores do país traz números de renda do consumidor.
Por aqui, o foco são os dados de produção industrial de junho, duas horas antes de o governo lançar a política para a indústria do país.
Confira os principais indicadores do mercado desta segunda-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,5607 real, em alta de 0,63 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,49 por cento, para 58.535 pontos. O volume financeiro no pregão foi de 5,2 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 0,03 por cento, a 34.329 pontos.
JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, os contratos de DI exibiram baixa, com o DI janeiro de 2012 em 12,44 por cento ao ano ante 12,46 por cento no ajuste anterior.
EURO Às 17h26, a moeda comum europeia era cotada a 1,4248 dólar, ante 1,4356 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 137,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,488 por cento ao ano.
BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> cedeu 0,09 por cento, a 12.132 pontos, o S&P 500 <.SPX> teve declínio de 0,41 por cento, a 1.286 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> teve queda de 0,43 por cento, aos 2.744 pontos.
PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto retrocedeu 0,81 dólar, ou 0,85 por cento, a 94,89 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,7527 por cento ante 2,793 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por Aluísio Alves; edição de Silvio Cascione)
São Paulo - O alívio com o acordo para salvar os Estados Unidos do default teve vida curta nos mercados nesta segunda-feira, após um dado desolador da indústria do país lembrar o mercado que não há o que celebrar.
Os investidores até começaram o dia otimistas, na esteira do pacto celebrado por democratas e republicanos para permitir a elevação do teto de endividamento norte-americano antes do prazo final de terça-feira. O acordo ainda precisa receber aprovação do Congresso nesta noite ou até o dia seguinte.
Isso durou até o mercado saber que a atividade industrial dos EUA, medida pelo Instituto para Gestão do Fornecimento (ISM), caiu de 55,3 em junho para 50,9 em julho, o menor nível em dois anos.
Foi o bastante para levar os principais índices das bolsas de novo para o vermelho, o mesmo acontecendo com as cotações das commodities. As perdas do mercados acionários ainda foram suavizadas perto do fechamento.
No segmento doméstico de renda fixa, os investidores se debruçaram sobre a pesquisa econômica do Banco Central com instituições financeiras. Os desta segunda-feira trouxeram que a expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano ficou estável pela terceira semana seguida, em 6,31 por cento, enquanto a de 2012 subiu pela segunda vez, de 5,28 para 5,30 por cento. De todo modo, as projeções contidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) recuaram levemente, refletindo de forma indireta a sensação global de menor expansão econômica.
No câmbio, o dólar acompanhou a tendência global de recuperação frente às principais moedas e avançou também frente ao real, afastando-se das mínimas desde 1999 alcançada na semana passada.
O movimento sucedeu-se ao anúncio de que a balança comercial brasileira fechou julho com superávit de 3,14 bilhões de dólares, avanço 29,2 por cento menor do que o de junho. Os mercados devem abrir a terça-feira reagindo ao saldo da votação legislativa do acordo para elevação do teto da dívida norte-americana. A agenda de indicadores do país traz números de renda do consumidor.
Por aqui, o foco são os dados de produção industrial de junho, duas horas antes de o governo lançar a política para a indústria do país.
Confira os principais indicadores do mercado desta segunda-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,5607 real, em alta de 0,63 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,49 por cento, para 58.535 pontos. O volume financeiro no pregão foi de 5,2 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 0,03 por cento, a 34.329 pontos.
JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, os contratos de DI exibiram baixa, com o DI janeiro de 2012 em 12,44 por cento ao ano ante 12,46 por cento no ajuste anterior.
EURO Às 17h26, a moeda comum europeia era cotada a 1,4248 dólar, ante 1,4356 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 137,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,488 por cento ao ano.
BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> cedeu 0,09 por cento, a 12.132 pontos, o S&P 500 <.SPX> teve declínio de 0,41 por cento, a 1.286 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> teve queda de 0,43 por cento, aos 2.744 pontos.
PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto retrocedeu 0,81 dólar, ou 0,85 por cento, a 94,89 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,7527 por cento ante 2,793 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ) (Por Aluísio Alves; edição de Silvio Cascione)