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Índices europeus sobem, mas temor continua sobre Japão

O pais pode voltar à recessão, trilhões de ienes foram tirados dos mercados de ações e a alta da moeda japonesa prejudica o setor de exportação do país

Na quarta-feira, o mercado da Europa atingiu o menor nível em três anos e meio (Getty Images)

Na quarta-feira, o mercado da Europa atingiu o menor nível em três anos e meio (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 09h12.

Paris - As bolsas de valores da Europa operavam em alta nesta quinta-feira, recuperando-se após a queda de 7 por cento acumulada nos últimos seis pregões, mas a retomada era considerada técnica, pois a crise nuclear no Japão mantinha os investidores nervosos.

Às 8h38 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 subia 0,77 por cento, aos 1.075 pontos. Na quarta-feira, o mercado atingiu o menor nível em três anos e meio, com temores crescentes sobre o impacto do desastre japonês na recuperação econômica global.

"A queda foi violenta, mas as notícias continuam muito alarmantes. Há cobertura de posições vendidas neste momento, e nós continuamos a ver saídas", disse David Thebault, diretor de operações da Global Equities, em Paris.

Helicópteros militares do Japão despejavam água sobre uma usina nuclear em superaquecimento, enquanto os Estados Unidos expressavam preocupação sobre o vazamento de radiação, dizendo que mandará aviões para que os norte-americanos deixem o território japonês.

O Japão pode voltar à recessão, trilhões de ienes foram tirados dos mercados de ações e a alta da moeda japonesa prejudica o setor de exportação do país, alimentando preocupações sobre uma interrupção na cadeia de fornecimento.

As companhias mineradoras lideravam os ganhos. BHP Billiton subia 2,4 por cento e Xstrata avançava 1,8 por cento. Porém, o índice Stoxx 600 Europe de recursos naturais ainda acumula queda de 12 por cento em 2011, setor com pior desempenho na Europa.

Após avaliar as ações europeias depreciadas, analistas do UBS disseram que ações com exposição limitada ao Japão foram vendidas de forma "injustificada", representando "oportunidades atraentes de compra."

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