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Índice tem leve alta por esperança de acordo nos EUA

Além do abismo fiscal, questionamentos sobre perspectiva de crescimento do país limitam avanço sustentável da bolsa

Ibovespa registrou alta de 0,2 por cento em sessão volátil (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 17h27.

A Bovespa encerrou a quarta-feira em alta, com investidores mais otimistas sobre os rumos da economia norte-americana após o presidente Barack Obama ter afirmado que um acordo para evitar o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos pode ser alcançado em uma semana.

O Ibovespa fechou em alta de 0,2 por cento, a 57.678 pontos. A sessão foi volátil --o índice oscilou entre valorização de 0,98 por cento e queda de 0,6 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,76 bilhões de reais.

Investidores continuaram monitorando de perto as negociações sobre o chamado abismo fiscal --cerca de 600 bilhões de dólares em cortes de gastos e aumentos de impostos que podem jogar a maior economia do mundo em recessão no ano que vem.

Obama disse nesta tarde que é possível chegar a um acordo para evitar o abismo fiscal em cerca de uma semana, desde que os republicanos reconheçam a necessidade de aumentar impostos para os mais ricos dos EUA.

"Se eles realmente conseguirem chegar a um acordo, isso abrirá espaço para uma recuperação nos mercados globais e a bolsa brasileira deve seguir o movimento", disse o economista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.


"Mas, por enquanto, a Bovespa deve continuar em compasso de espera." Vieira acrescentou que a crescente intervenção do governo brasileiro no setor privado e dúvidas sobre as perspectivas de crescimento do Brasil no ano que vem também limitavam um movimento sustentado de alta da bolsa paulista neste fim de ano.

"Enquanto não tivermos dinheiro novo vindo para a bolsa, o índice não vai subir. E isso só deve acontecer quando o investidor voltar a sentir confiança no Brasil", disse ele.

Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,89 por cento às 17h50, enquanto o S&P 500 tinha alta de 0,4 por cento.

Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,25 por cento.

Por aqui, a preferencial da Vale fechou a sessão com alta de 1,75 por cento, a 36,69 reais, beneficiada por um clima de otimismo maior nos mercados com relação às perspectivas para a economia chinesa.

No setor de petróleo e gás, OGX avançou 3,03 por cento, a 4,42 reais, enquanto a preferencial da Petrobras teve alta de 0,64 por cento, a 18,94 reais.


Liderando os ganhos do índice, aparecem a produtora de celulose de eucalipto Fibria e a construtora e incorporadora Gafisa, com alta de 4,89 e 3,98 por cento, respectivamente.

Em sentido oposto, as principais quedas do pregão ficaram com a processadora de carne bovina JBS e a preferencial da Usiminas, que caíram 6,74 por cento e 5,54 por cento, nesta ordem.

Investidores venderam ações da siderúrgica após o presidente-executivo ter afirmado nesta manhã que a companhia não espera melhora significativa nas margens de lucro no início do próximo ano. (Por Danielle Assalve; Edição de Walter Brandimarte)

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A Bovespa encerrou a quarta-feira em alta, com investidores mais otimistas sobre os rumos da economia norte-americana após o presidente Barack Obama ter afirmado que um acordo para evitar o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos pode ser alcançado em uma semana.

O Ibovespa fechou em alta de 0,2 por cento, a 57.678 pontos. A sessão foi volátil --o índice oscilou entre valorização de 0,98 por cento e queda de 0,6 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,76 bilhões de reais.

Investidores continuaram monitorando de perto as negociações sobre o chamado abismo fiscal --cerca de 600 bilhões de dólares em cortes de gastos e aumentos de impostos que podem jogar a maior economia do mundo em recessão no ano que vem.

Obama disse nesta tarde que é possível chegar a um acordo para evitar o abismo fiscal em cerca de uma semana, desde que os republicanos reconheçam a necessidade de aumentar impostos para os mais ricos dos EUA.

"Se eles realmente conseguirem chegar a um acordo, isso abrirá espaço para uma recuperação nos mercados globais e a bolsa brasileira deve seguir o movimento", disse o economista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.


"Mas, por enquanto, a Bovespa deve continuar em compasso de espera." Vieira acrescentou que a crescente intervenção do governo brasileiro no setor privado e dúvidas sobre as perspectivas de crescimento do Brasil no ano que vem também limitavam um movimento sustentado de alta da bolsa paulista neste fim de ano.

"Enquanto não tivermos dinheiro novo vindo para a bolsa, o índice não vai subir. E isso só deve acontecer quando o investidor voltar a sentir confiança no Brasil", disse ele.

Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,89 por cento às 17h50, enquanto o S&P 500 tinha alta de 0,4 por cento.

Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,25 por cento.

Por aqui, a preferencial da Vale fechou a sessão com alta de 1,75 por cento, a 36,69 reais, beneficiada por um clima de otimismo maior nos mercados com relação às perspectivas para a economia chinesa.

No setor de petróleo e gás, OGX avançou 3,03 por cento, a 4,42 reais, enquanto a preferencial da Petrobras teve alta de 0,64 por cento, a 18,94 reais.


Liderando os ganhos do índice, aparecem a produtora de celulose de eucalipto Fibria e a construtora e incorporadora Gafisa, com alta de 4,89 e 3,98 por cento, respectivamente.

Em sentido oposto, as principais quedas do pregão ficaram com a processadora de carne bovina JBS e a preferencial da Usiminas, que caíram 6,74 por cento e 5,54 por cento, nesta ordem.

Investidores venderam ações da siderúrgica após o presidente-executivo ter afirmado nesta manhã que a companhia não espera melhora significativa nas margens de lucro no início do próximo ano. (Por Danielle Assalve; Edição de Walter Brandimarte)

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