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Bolsa opera em alta, puxada por Petrobras e de olho no Fed

Bolsa operava em alta antes do discurso de Janet Yellen, presidente do banco central norte-americano, e puxada por Petrobras


	Bovespa: Janet Yellen pode dar pistas sobre o movimento dos juros nos Estados Unidos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: Janet Yellen pode dar pistas sobre o movimento dos juros nos Estados Unidos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 10h45.

São Paulo - O principal índice da Bovespa avançava manhã desta sexta-feira, apoiado particularmente nas ações da Petrobras e de bancos, enquanto investidores aguardam discurso da chair do Federal Reserve em busca de pistas sobre a direção dos juros norte-americanos.

Às 10:23, o Ibovespa subia 0,55 por cento, a 58.039,28 pontos. O volume financeiro no pregão somava 215,1 milhões de reais.

O discurso de Janet Yellen no encontro de bancos centrais em Jackson Hole está previsto para as 11:00 (horário de Brasília), e concentra atenções em meio a dúvidas e discursos recentes de outros integrantes do Fed sobre a próxima alta dos juros nos EUA.

"O dia de hoje até o momento resume-se a três palavras: Yellen Jackson Hole", sintetizou o chefe da mesa institucional da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo.

Wall Street sinalizava uma abertura ao redor da estabilidade em meio à expectativa da fala da chair do Fed, enquanto os preços do petróleo ensaiavam melhora.

No cenário doméstico, também segue no radar o andamento do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Destaques

- PETROBRAS mostrava as PNs com alta de 1,2 por cento e as ONs subindo 0,9 por cento, tendo como pano de fundo alguma indefinição do petróleo e melhora na recomendação dos ADRs da estatal pelo Credit Suisse para "neutra". Ainda, uma fonte da companhia disse à Reuters na quinta-feira que a empresa contabilizou até o momento cerca de 6.100 adesões ao seu plano de desligamento voluntário lançado em abril.

- BANCO DO BRASIL subia 1,1 por cento, favorecido por aperfeiçoamento do cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital, conforme circular do Banco Central na véspera. Ainda no Ibovespa, ITAÚ UNIBANCO subia 0,7 por cento, BRADESCO avançava 0,7 por cento e SANTANDER BRASIL ganhava 0,5 por cento.

- VALE tinha as PNAs em alta de 0,9 por cento e as ONs com acréscimo de 1,1 por cento, apesar do declínio de mais de 3 por cento no preço do minério de ferro à vista na China. O HSBC elevou o preço-alvo do ADR da mineradora assim como de companhias siderúrgicas no Brasil, com o setor novamente na ponta positiva do Ibovespa, com USIMINAS em alta de 2 por cento.

- CEMIG avançava 1,1 por cento, após A empresa chilena de serviços de tecnologia da informação Sondas chegar a um acordo para comprar o controle da brasileira Ativas, que tem entre seus controladores a Cemig Telecom, em uma operação avaliada em cerca de 35 milhões de dólares.

- CIELO caía 0,6 por cento, tendo como pano de fundo reportagem da Agência Estado divulgada no final da quinta-feira, de que a rival Rede, empresa de adquirência do Itaú Unibanco, engatilha a partir deste mês uma estratégia agressiva para retomar a fatia que perdeu no mercado de cartões.

- BRASKEM perdia 1,6 por cento, na terceira sessão de queda, após fortes ganhos acumulados no mês, que ainda somam ao redor de 16 por cento.

*Atualizada às 10h45

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