São Paulo - O aumento do juro na China e a redução da nota da dívida de Portugal pela Moody's pesavam sobre a bolsa brasileira nesta quarta-feira, com queda do principal índice pelo segundo dia seguido.

Às 10h48, o Ibovespa recuava 0,49 por cento, a 62.731 pontos. O giro financeiro do pregão era de 623 milhões de reais.

A China aumentou o juro pela terceira vez no ano, em 0,25 ponto percentual. O maior consumidor de matérias-primas do mundo tenta reduzir a inflação apesar da desaceleração já em curso da economia. Além disso, na terça-feira, a agência de classificação de risco Moody's colocou a nota de Portugal em grau especulativo.

O mercado teme que os problemas fiscais na Grécia, por ora amenizados pela aprovação de medidas de austeridade, possam arrastar outros países europeus a uma crise de solvência.

"Está tendo um efeito dominó sem ter tido nenhum tipo de reestruturação (de dívida)", disse Otavio Vieira, diretor de investimentos da gestora Safdie.

A ação de maior volume no Ibovespa era a preferencial da Vale , com queda de 0,45 por cento, a 46,12 reais. O papel preferencial da Petrobras vinha logo atrás, em baixa de 0,47 por cento, a 23,45 reais.

A maior alta do índice cabia à Brasil Telecom , com variação de 1,85 por cento, a 14,35 reais. Na parte de baixo, Natura caía 1,74 por cento, a 38,91 reais.

O mercado agora monitora o índice do setor de serviços dos Estados Unidos, com divulgação prevista para as 11h (horário de Brasília).