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Ibovespa cai forte, pressionado por Petrobras e exterior

A ação preferencial da Petrobras desaba 6,85%, cotada a R$ 18,21

Um posto de gasolina da Petrobras é visto na praia de Copacabana no Rio de Janeiro: o reajuste de preços de combustíveis decepcionou investidores (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 14h00.

São Paulo - O principal índice das ações brasileiras tinha forte queda nesta segunda-feira, pressionado pelo forte tombo da Petrobras na sessão, após o reajuste de preços de combustíveis ter decepcionado investidores e lançado dúvidas sobre perspectivas de resultados futuros para a companhia.

Às 13h30, o Ibovespa recuava 2,94 por cento, a 53.811 pontos. A ação preferencial da Petrobras desabava 6,85 por cento, a 18,21 reais, e caminhava para registrar a maior queda diária em mais de 4 meses. A ação ordinária da estatal caía 6,94 por cento, a 18,76 reais. O giro financeiro do pregão na Bovespa era de 2,7 bilhões de reais.

"Está ruim trabalhar desse jeito, uma bolsa assim desanima", afirmou Eduardo Dias, analista de investimentos da Omar Camargo Corretora. "Temos Petrobras e OGX despencando, pesando a questão do plano de investimentos da estatal e do reajuste de combustíveis. O cenário externo também é muito ruim, com as preocupações com a Europa no foco dos mercados", acrescentou.

Na sexta-feira, a Petrobras anunciou reajuste de 7,83 por cento nos preços da gasolina e de 3,94 por cento no diesel a partir de 25 de junho nas refinarias. Para neutralizar o impacto nos preços aos consumidores, o governo federal decidiu zerar as alíquotas da Cide nos combustíveis.

O reajuste "ficou abaixo tanto das nossas expectativas quanto do diferencial de preço que atualmente existe entre os preços praticados no Brasil e no exterior", afirmaram analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes. O reajuste abaixo do esperado lançou dúvidas sobre as perspectivas de resultado para a companhia nos próximos trimestres.

Em relatório, o Credit Suisse informou que reduziu a estimativa de lucro em até 10 por cento para a empresa depois que o aumento do preço de gasolina e diesel veio abaixo do esperado. Nesta manhã, executivos da Petrobras disseram em entrevista a jornalistas que se o reajuste dos combustíveis não resolve todos os problemas de caixa da empresa, ao menos traz alívio para a companhia.

A estatal detalhou seu novo plano de negócios para o período de 2012 a 2016 mais cedo. Na esteira de Petrobras, OGX caía 7,03 por cento, a 8,60 reais. Ainda entre as ações mais negociadas, a preferencial da Vale caía 2,29 por cento, a 37,92 reais.

O cenário de forte aversão ao risco no exterior também pesava sobre o mercado acionário brasileiro. Em Wall Street, o índice Dow Jones caía 1,28 por cento, enquanto o principal índice de ações europeias fechou em queda de 1,55 por cento.


"O pessimismo e mal-estar continuam muito forte nos mercados, com investidores especulando que mais uma vez não se decidirá nada na cúpula da União Europeia nesta semana", afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

Os líderes da cúpula da União Europeia (UE) estarão reunidos nos dias 28 e 29 para discutir a crise da dívida da região.

Investidores mostravam ceticismo de que a reunião resultará em medidas concretas e unificadas de combate aos problemas do bloco de moeda única.

Mais cedo, a Espanha pediu formalmente ajuda europeia para os bancos do país, mas a falta de detalhes reacendeu dúvidas dos investidores sobre o setor financeiro, diante da expectativa de que a Moody's rebaixe os ratings de todos os bancos espanhóis.

Apenas nove ações subiam na bolsa paulista, com destaque para Cielo subia 1,21 por cento, a 56,89 reais, seguida por Klabin, que avançava 1,03 por cento, a 8,82 reais. "Investidores de longo prazo não estão vindo para o mercado agora. O investimento que estamos vendo é especulativo", disse a analista Débora Morsch, da Solidus Corretora.

"Agora não é hora de comprar. Podemos ver a Bovespa recuar até os 52 mil pontos até encontrar algum suporte técnico", disse. Os investidores devem voltar a mostrar mais interesse de compra no mercado brasileiro perto do fim do ano.

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São Paulo - O principal índice das ações brasileiras tinha forte queda nesta segunda-feira, pressionado pelo forte tombo da Petrobras na sessão, após o reajuste de preços de combustíveis ter decepcionado investidores e lançado dúvidas sobre perspectivas de resultados futuros para a companhia.

Às 13h30, o Ibovespa recuava 2,94 por cento, a 53.811 pontos. A ação preferencial da Petrobras desabava 6,85 por cento, a 18,21 reais, e caminhava para registrar a maior queda diária em mais de 4 meses. A ação ordinária da estatal caía 6,94 por cento, a 18,76 reais. O giro financeiro do pregão na Bovespa era de 2,7 bilhões de reais.

"Está ruim trabalhar desse jeito, uma bolsa assim desanima", afirmou Eduardo Dias, analista de investimentos da Omar Camargo Corretora. "Temos Petrobras e OGX despencando, pesando a questão do plano de investimentos da estatal e do reajuste de combustíveis. O cenário externo também é muito ruim, com as preocupações com a Europa no foco dos mercados", acrescentou.

Na sexta-feira, a Petrobras anunciou reajuste de 7,83 por cento nos preços da gasolina e de 3,94 por cento no diesel a partir de 25 de junho nas refinarias. Para neutralizar o impacto nos preços aos consumidores, o governo federal decidiu zerar as alíquotas da Cide nos combustíveis.

O reajuste "ficou abaixo tanto das nossas expectativas quanto do diferencial de preço que atualmente existe entre os preços praticados no Brasil e no exterior", afirmaram analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes. O reajuste abaixo do esperado lançou dúvidas sobre as perspectivas de resultado para a companhia nos próximos trimestres.

Em relatório, o Credit Suisse informou que reduziu a estimativa de lucro em até 10 por cento para a empresa depois que o aumento do preço de gasolina e diesel veio abaixo do esperado. Nesta manhã, executivos da Petrobras disseram em entrevista a jornalistas que se o reajuste dos combustíveis não resolve todos os problemas de caixa da empresa, ao menos traz alívio para a companhia.

A estatal detalhou seu novo plano de negócios para o período de 2012 a 2016 mais cedo. Na esteira de Petrobras, OGX caía 7,03 por cento, a 8,60 reais. Ainda entre as ações mais negociadas, a preferencial da Vale caía 2,29 por cento, a 37,92 reais.

O cenário de forte aversão ao risco no exterior também pesava sobre o mercado acionário brasileiro. Em Wall Street, o índice Dow Jones caía 1,28 por cento, enquanto o principal índice de ações europeias fechou em queda de 1,55 por cento.


"O pessimismo e mal-estar continuam muito forte nos mercados, com investidores especulando que mais uma vez não se decidirá nada na cúpula da União Europeia nesta semana", afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

Os líderes da cúpula da União Europeia (UE) estarão reunidos nos dias 28 e 29 para discutir a crise da dívida da região.

Investidores mostravam ceticismo de que a reunião resultará em medidas concretas e unificadas de combate aos problemas do bloco de moeda única.

Mais cedo, a Espanha pediu formalmente ajuda europeia para os bancos do país, mas a falta de detalhes reacendeu dúvidas dos investidores sobre o setor financeiro, diante da expectativa de que a Moody's rebaixe os ratings de todos os bancos espanhóis.

Apenas nove ações subiam na bolsa paulista, com destaque para Cielo subia 1,21 por cento, a 56,89 reais, seguida por Klabin, que avançava 1,03 por cento, a 8,82 reais. "Investidores de longo prazo não estão vindo para o mercado agora. O investimento que estamos vendo é especulativo", disse a analista Débora Morsch, da Solidus Corretora.

"Agora não é hora de comprar. Podemos ver a Bovespa recuar até os 52 mil pontos até encontrar algum suporte técnico", disse. Os investidores devem voltar a mostrar mais interesse de compra no mercado brasileiro perto do fim do ano.

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