Ibovespa tem maior queda entre bolsas com Japão
Aumento do risco de acidente nuclear e novos tremores no país asiático derrubaram as bolsas pelo mundo; Ibovespa fechou em queda de 1,86%
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2011 às 18h18.
Sâo Paulo - As principais bolsas do mundo caíram após novos tremores atingirem o Japão e o país ter elevado a gravidade da crise nuclear para o mesmo nível de Chernobyl. O Ibovespa liderou as quedas entre os índices mais importantes das Américas e caiu mais que as bolsas europeias.
Os juros futuros recuaram após a retração inesperada das vendas no varejo em fevereiro, sugerindo que as medidas adotadas pelo governo para desacelerar o crescimento já começaram a fazer efeito. O dólar subiu com a aversão externa ao risco.
Internacional: Agravamento da crise no Japão derruba Bolsas
As bolsas internacionais e as commodities despencaram após novos terremotos atingirem o Japão e o governo do país elevar para o grau máximo, de nível 7, a gravidade da crise nuclear. Isso iguala a crise japonesa ao acidente de Chernobyl, de 1986, o pior desastre nuclear da história.
As perdas foram lideradas pelos mercados emergentes, exportadores de commodities. O índice Micex da Rússia chegou a perder 2,9 por cento.
A Alcoa anunciou ontem lucro inferior ao estimado, enquanto o JPMorgan Chase & Co. e o Bank of America Corp. podem divulgar queda nas receitas, segundo previsões de analistas. Os dois bancos apresentam os resultados nesta semana.
Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu hoje Chiba, no leste de Tóquio, enquanto outro tremor ocorreu em Fukushima. O ministro japonês de economia e política fiscal, Kaoru Yosano, disse que o efeito dos terremotos na economia poderá ser maior do que o previsto inicialmente.
O petróleo despencou após a Agência Internacional de Energia dizer que o preço do barril acima de US$ 100 começa a afetar o crescimento mundial. O cobre e outros metais caíram após o tremor recorde de 11 de março levar à redução das previsões de crescimento dos Estados Unidos e Japão pelo Fundo Monetário Internacional.
Bolsa: Ibovespa tem maior queda em 2 meses com Japão e petróleo
O Ibovespa teve a maior baixa em dois meses, após o Japão dizer que sua crise nuclear pode ser tão severa quanto a de Chernobyl. A queda do petróleo também influenciou o mercado.
O principal indicador da bolsa brasileira caiu 1,9 por cento, para 66.896 pontos, a maior queda desde 9 de fevereiro.
“O aumento nos níveis de radiação no Japão pegou o mercado desprevenido”, disse João Pedro Brugger, que ajuda a administrar R$ 70 milhões na Leme Investimentos em Florianópolis, em entrevista por telefone. “O mercado estava trabalhando com a hipótese de que esse assunto estava caminhando para uma solução. Mas a crise continua, e ainda não se sabe ao certo quais serão suas consequências para a economia.”
A ação preferencial da Petróleo Brasileiro SA foi a ação que mais pressionou para baixo o Ibovespa, com queda de 3,1 por cento, o pior desempenho desde 12 de novembro.
Juros: DI cai com queda das vendas sugerindo acomodação
Os juros nos mercados futuros recuaram na maioria dos contratos após a queda das vendas no varejo sinalizar que as medidas tomadas pelo governo já estariam tendo efeito na contenção do crescimento econômico. Declarações da presidente Dilma Rousseff também ajudaram a reduzir as taxas.
As vendas no varejo caíram 0,4 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O dado ficou abaixo da mediana das estimativas apuradas pela Bloomberg, que indicava estabilidade. Na comparação anual, as vendas aumentaram 8,2 por cento, abaixo da mediana das estimativas, de 8,4 por cento.
“Há uma suspeita de que o consumo já esteja refletindo o efeito das medidas macroprudenciais”, disse Roberto Padovani, economista-chefe do Banco WestLB do Brasil SA, em entrevista por telefone de São Paulo.
Padovani disse que os números do varejo trouxeram “à memória” o Relatório Trimestral da Inflação, divulgado pelo Banco Central em 30 de março, em que a autoridade monetária diz considerar “perspectivas de desaceleração da atividade doméstica”.
A presidente Dilma disse hoje em Pequim que é possível reduzir os juros locais ao longo do seu mandato para níveis compatíveis com o mercado internacional.
“Necessariamente vamos buscar um taxa de juros ao longo do meu governo compatível com a taxa de juros internacional”, disse a presidente. “Não é situação que resolvemos por decreto.”
Essa declaração mostra que “ninguém está falando em explodir os juros”, disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, em entrevista por telefone de São Paulo.
Câmbio: Dólar reverte baixa com crise japonesa
O dólar reverteu a baixa registrada pela manhã registrou a segunda alta seguida contra o real com o agravamento da crise nuclear no Japão afastando o investidor de ativos considerados de maior risco.
“A questão é quanto o Japão vai precisar de investimentos para se recuperar”, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, em entrevista por telefone de São Paulo. “Isso leva a uma aversão ao risco.”
Sâo Paulo - As principais bolsas do mundo caíram após novos tremores atingirem o Japão e o país ter elevado a gravidade da crise nuclear para o mesmo nível de Chernobyl. O Ibovespa liderou as quedas entre os índices mais importantes das Américas e caiu mais que as bolsas europeias.
Os juros futuros recuaram após a retração inesperada das vendas no varejo em fevereiro, sugerindo que as medidas adotadas pelo governo para desacelerar o crescimento já começaram a fazer efeito. O dólar subiu com a aversão externa ao risco.
Internacional: Agravamento da crise no Japão derruba Bolsas
As bolsas internacionais e as commodities despencaram após novos terremotos atingirem o Japão e o governo do país elevar para o grau máximo, de nível 7, a gravidade da crise nuclear. Isso iguala a crise japonesa ao acidente de Chernobyl, de 1986, o pior desastre nuclear da história.
As perdas foram lideradas pelos mercados emergentes, exportadores de commodities. O índice Micex da Rússia chegou a perder 2,9 por cento.
A Alcoa anunciou ontem lucro inferior ao estimado, enquanto o JPMorgan Chase & Co. e o Bank of America Corp. podem divulgar queda nas receitas, segundo previsões de analistas. Os dois bancos apresentam os resultados nesta semana.
Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu hoje Chiba, no leste de Tóquio, enquanto outro tremor ocorreu em Fukushima. O ministro japonês de economia e política fiscal, Kaoru Yosano, disse que o efeito dos terremotos na economia poderá ser maior do que o previsto inicialmente.
O petróleo despencou após a Agência Internacional de Energia dizer que o preço do barril acima de US$ 100 começa a afetar o crescimento mundial. O cobre e outros metais caíram após o tremor recorde de 11 de março levar à redução das previsões de crescimento dos Estados Unidos e Japão pelo Fundo Monetário Internacional.
Bolsa: Ibovespa tem maior queda em 2 meses com Japão e petróleo
O Ibovespa teve a maior baixa em dois meses, após o Japão dizer que sua crise nuclear pode ser tão severa quanto a de Chernobyl. A queda do petróleo também influenciou o mercado.
O principal indicador da bolsa brasileira caiu 1,9 por cento, para 66.896 pontos, a maior queda desde 9 de fevereiro.
“O aumento nos níveis de radiação no Japão pegou o mercado desprevenido”, disse João Pedro Brugger, que ajuda a administrar R$ 70 milhões na Leme Investimentos em Florianópolis, em entrevista por telefone. “O mercado estava trabalhando com a hipótese de que esse assunto estava caminhando para uma solução. Mas a crise continua, e ainda não se sabe ao certo quais serão suas consequências para a economia.”
A ação preferencial da Petróleo Brasileiro SA foi a ação que mais pressionou para baixo o Ibovespa, com queda de 3,1 por cento, o pior desempenho desde 12 de novembro.
Juros: DI cai com queda das vendas sugerindo acomodação
Os juros nos mercados futuros recuaram na maioria dos contratos após a queda das vendas no varejo sinalizar que as medidas tomadas pelo governo já estariam tendo efeito na contenção do crescimento econômico. Declarações da presidente Dilma Rousseff também ajudaram a reduzir as taxas.
As vendas no varejo caíram 0,4 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O dado ficou abaixo da mediana das estimativas apuradas pela Bloomberg, que indicava estabilidade. Na comparação anual, as vendas aumentaram 8,2 por cento, abaixo da mediana das estimativas, de 8,4 por cento.
“Há uma suspeita de que o consumo já esteja refletindo o efeito das medidas macroprudenciais”, disse Roberto Padovani, economista-chefe do Banco WestLB do Brasil SA, em entrevista por telefone de São Paulo.
Padovani disse que os números do varejo trouxeram “à memória” o Relatório Trimestral da Inflação, divulgado pelo Banco Central em 30 de março, em que a autoridade monetária diz considerar “perspectivas de desaceleração da atividade doméstica”.
A presidente Dilma disse hoje em Pequim que é possível reduzir os juros locais ao longo do seu mandato para níveis compatíveis com o mercado internacional.
“Necessariamente vamos buscar um taxa de juros ao longo do meu governo compatível com a taxa de juros internacional”, disse a presidente. “Não é situação que resolvemos por decreto.”
Essa declaração mostra que “ninguém está falando em explodir os juros”, disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, em entrevista por telefone de São Paulo.
Câmbio: Dólar reverte baixa com crise japonesa
O dólar reverteu a baixa registrada pela manhã registrou a segunda alta seguida contra o real com o agravamento da crise nuclear no Japão afastando o investidor de ativos considerados de maior risco.
“A questão é quanto o Japão vai precisar de investimentos para se recuperar”, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, em entrevista por telefone de São Paulo. “Isso leva a uma aversão ao risco.”