Mercados

Ibovespa tem maior alta em um mês após pesquisa eleitoral

Pesquisa do Datafolha sobre as eleições de outubro mostrou queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff e piora na avaliação do governo


	Prédio da Bovespa: às 10h52, o Ibovespa subia 2,41 por cento, a 52.801 pontos, maior avanço desde 2 de maio
 (Nacho Doce/Reuters)

Prédio da Bovespa: às 10h52, o Ibovespa subia 2,41 por cento, a 52.801 pontos, maior avanço desde 2 de maio (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 11h10.

São Paulo - O principal índice da Bovespa tinha nesta sexta-feira sua maior alta em um mês, após pesquisa do Datafolha sobre as eleições de outubro mostrar queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff e piora na avaliação do governo.

Às 10h52, o Ibovespa subia 2,41 por cento, a 52.801 pontos, maior avanço desde 2 de maio, quando também havia sido levantado por expectativas eleitorais. Mais cedo, o índice chegou a subir 3 por cento. O giro financeiro do pregão era de 1,513 bilhão de reais.

As ações de companhias estatais disparavam para as posições de maiores altas do índice: os papéis da Petrobras subiam cerca de 5 por cento, Banco do Brasil ganhava mais de 4 por cento, enquanto Eletrobras registrava valorização superior a 3 por cento.

A alta do índice era generalizada. Às 10h45, apenas uma das 71 ações do Ibovespa caía, Cesp .

O levantamento do Datafolha mostrou queda de 3 pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff, para 34 por cento das intenções de voto, enquanto seu principal adversário, Aécio Neves, perdeu somente 1 ponto percentual, para 19 por cento.

O Datafolha mostrou ainda que a avaliação do governo piorou. A avaliação ótima/boa passou para 33 por cento (ante 35 por cento), enquanto a ruim foi a 28 por cento, de 26 por cento.

Analistas da XP Investimentos apontaram que a notícia era positiva, uma vez que o mercado recuou na véspera em meio a rumores de que as intenções de voto de Dilma ficariam ao redor de 40 por cento. "Ainda tivemos que a diferença no segundo turno entre Dilma e Aécio foi para apenas 8 por cento e a rejeição de Aécio e Eduardo Campos caiu", apontou a Elite Corretora.

O mercado tem comemorado a queda da presidente Dilma nas pesquisas, em meio à expectativa de mudanças na condução da política econômica e menor intervenção em companhias estatais após as eleições.

As ações da Ecorodovias tinham outra alta expressiva após a empresa de concessões de infraestrutura divulgar aumento de 11,4 por cento no tráfego de veículos em rodovias por ela administradas nos cinco primeiros meses do ano. Na véspera, a empresa anunciou programa de recompra de ações com foco em apenas cerca de 1 por cento de seus papéis em circulação e para lastrear planos de opção de compra de ações.

No exterior, o principal indicador no radar do mercado era o relatório de emprego de maio dos Estados Unidos. O documento mostrou que empregadores mantiveram um ritmo sólido de contratações, criando 217 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame