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Ibovespa tem leve alta enquanto mercado segue com foco na Previdência

Bolsa paulista subiu 0,4% com investidores monitorando Wall Street

Bolsa: Ibovespa fechou a 96.932,27 pontos (Bloomberg/Bloomberg)

Bolsa: Ibovespa fechou a 96.932,27 pontos (Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 18h09.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 22h00.

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa azul nesta quinta-feira, após sessão volátil marcada por bateria de resultados corporativos, enquanto investidores continuaram repercutindo a proposta de reforma da Previdência e monitorando Wall Street.

Índice de referência do mercado acionário, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,4 por cento, a 96.932,27 pontos, de acordo com dados preliminares, após oscilar da mínima de 95.793,10 pontos à máxima de 97.231,40 pontos.

O volume financeiro somava 16,25 bilhões de reais.

Investidores continuaram repercutindo a proposta de reforma da Previdência encaminha ao Congresso Nacional na quarta-feira, que, entre outras mudanças, prevê endurecer a concessão de benefícios assistenciais e equalizar a idade mínima de aposentadoria nos serviços público e privado.

Para o gestor Rodrigo Galindo, sócio da Novus Capital, momentos de volatilidade são esperados nos próximos dois a três meses, durante a tramitação da proposta, mas ele ressaltou que vê qualquer realização de lucros na bolsa como oportunidade para aumentar sua exposição a ações brasileiras.

"Acreditamos que a reforma vai acontecer", afirmou, ressalvando que o projeto deve sofrer uma desidratação, com a economia final alcançando cerca de 800 bilhões de reais no prazo de 10 anos, ante estimativa da equipe econômica de pouco mais de 1 trilhão de reais.

Galindo não descarta uma valorização de cerca de 20 por cento do Ibovespa ainda neste primeiro semestre conforme a possibilidade de avanço da reforma fique mais clara, principalmente se atrair os investidores estrangeiros, que ainda estão com fluxo modesto ou represado por receios sobre o tema.

Dados da B3 mostram que o capital externo negociado no segmento Bovespa está negativo em 851 milhões de reais em fevereiro até dia 19, embora no acumulado do ano as entradas superem as saídas em 668,1 milhões de reais.

No exterior, números fracos sobre a economia norte-americana pressionaram os pregões em Wall Street, onde investidores também continuaram na expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e a China. O S&P 500 fechou em baixa de 0,35 por cento.

Destaques

- CSN saltou 9,4 por cento, para 11,53 reais, após resultado trimestral considerado forte e sinalizações otimistas sobre preços e redução de endividamento em 2019, incluindo contrato com a Glencore para um contrato de cinco anos de fornecimento de 22 milhões de toneladas de minério de ferro.

- GERDAU PN recuou 4,4 por cento, com analistas considerando resultados do quarto trimestre fracos, apesar da alta de 18,9 por cento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, bem como plano de investimentos para 2019 acima das previsões.

- VIA VAREJO desabou 10,4 por cento, tendo de pano de fundo comentários do controlador GPA de que continua buscando um comprador estratégico para sua participação na rede de móveis e eletrodomésticos, ao mesmo tempo em que o conselho de administração autorizou nova alienação de 40 milhões de ações da controlada no dia 25 de fevereiro.

- ULTRAPAR caiu 4,9 por cento, após divulgar Ebitda ajustado de 993 milhões de reais de outubro a dezembro, queda de 5,15 por cento ano a ano. "Apesar de a Ipiranga ter atendido às nossas expectativas, o quadro econômico desafiador prejudicou a performance dos outros negócios da empresa e do grupo como um todo", disse a XP Investimentos.

- ELETROBRAS ON valorizou-se 4,5 por cento, após comentários do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que ainda que há esperança de a capitalização da elétrica de controle estatal ocorrer neste ano, embora a prioridade do governo seja a aprovação da reforma da Previdência.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,82 por cento, enquanto BRADESCO PN teve acréscimo de 0,87 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 1,33 por cento, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no exterior . O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o montante a ser pago pela União à petrolífera numa renegociação do contrato da cessão onerosa deverá sair em março.

- VALE recuou 0,92 por cento, após a suspensão das atividades dos complexos de Fábrica e de Vargem Grande (MG), bem como acordo para acelerar pagamentos emergenciais a pessoas afetadas pelo rompimento de uma de suas barragens de rejeitos em Brumadinho no mês passado e para pagar 99 milhões de reais em um processo ambiental.

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