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Ibovespa sobe puxado por bancos em dia de recuperação no exterior

Petróleo renova maior patamar desde 2018 e impulsiona ações de petrolíferas brasileiras

Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 10h28.

Última atualização em 5 de outubro de 2021 às 16h18.

 

O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira, 5, em linha com as bolsas internacionais, que se recuperam das perdas do primeiro pregão da semana, quando preocupações sobre a inflação e o nível da atividade econômica pressionaram o preço dos ativos. Às 16h05, o principal índice da B3 subia 0,52% para 110.965 pontos. O dólar sobe 0,34%, a 5,465 reais, acompanhando a valorização da moeda americana contra divisas emergentes.

Parte do alívio se deu com números da economia europeia, que saíram melhores do que o esperado. Em praticamente toda Europa, os índices de gerente de compras (PMIs, na sigla em inglês) superaram as estimativas e ficaram acima da linha dos 50 pontos, que divide a contração da expansão econômica. Já o índice de preço ao consumidor (IPP) de agosto ficou em 1,1% na Zona do Euro contra o consenso de alta de 1,3%. Ainda assim, o acumulado anual segue preocupante, a 13,4%. Na Europa, o Stoxx 600 fechou em alta de 1,19%.

Por outro lado, um dos motivos da inflação, a valorização das commodities persiste. Após ter superado os 81 dólares por barril pela primeira vez desde 2018, o petróleo Brent segue em alta, subindo mais de 1,7%, após o aumento de produção acordado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) não ter alterado a perspectiva de traders sobre esse mercado.  

A valorização do petróleo ajuda a impulsionar as ações da Petrobras (PETR/PETR4), que puxam o Ibovespa, subindo mais de 2%. A petrolífera privada PetroRio (PRIO3) avança 1,07. Já a 3R (RRRP3), de fora do Ibovespa, sobe 0,63%. No radar dos acionistas da 3R ainda estão a aprovação do Cade de compras de participação no campo Sanhaçu e na Duna Energia.

Outro setor com grande participação no Ibovespa, o financeiro também contribui com a alta do índice. Entre os grandes bancos, o Banco do Brasil (BBAS3) se destaca, com alta de 4,83%. Com o maior peso do setor, Itaú (ITUB4) avança 2,92%, enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) sobem 2,07% e 2,61%, respectivamente.

No exterior, o dia também é de recuperação de ações de tecnologia, que estiveram entre as maiores perdas da última sessão. Com certo alívio dos temores sobre inflação, o setor, que costuma depender mais de políticas de estímulos, é destaque do mercado americano, com o índice Nasdaq superando subindo 1,68%.

O movimento, porém, não se repete no Brasil, com as principais empresas de tecnologia do Ibovespa operando em queda. Méliuz (CASH3) cai 2,43%, enquanto Totvs (TOTS3) e Locaweb (LWSA3), recuam 1,78% e 1,88%.

A maior perda é do Banco Pan (BPAN4), que recua 5,50%, estendendo as perdas de ontem após o anúncio da compra da Mosaico (MOSI3), dona dos sites Zoom, Bondfaro e Buscapé.

Na ponta positiva ainda estão os papéis do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) subindo 7,68%. No ano, ambos os papéis acumulam perdas de cerca de 60%. Já a Embraer (EMBR3), com alta 177% de alta no ano, tem um dos piores desempenho do Ibovespa, em queda de 4,12%. CVC (CVCB3) e Soma (SOMA3) caem cerca de 4%.

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