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Ibovespa sobe e fecha acima dos 81 mil pontos pela 1ª vez

A perspectiva de recuperação econômica no Brasil, em meio a juros baixos, mantém o viés favorável para o mercado acionário

B3: na véspera, o índice rompeu pela primeira vez o marco dos 80 mil pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: na véspera, o índice rompeu pela primeira vez o marco dos 80 mil pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 18h54.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, acima dos 81 mil pontos pela primeira vez, na esteira do contínuo fluxo de investimento estrangeiro, em sessão que teve ainda um noticiário corporativo mais movimentado, além de vencimento de opções sobre o Ibovespa.

O Ibovespa fechou na máxima da sessão, em alta de 1,7 por cento, a 81.189 pontos. O giro financeiro somou 9,48 bilhões de reais.

Na véspera, o índice rompeu pela primeira vez o marco dos 80 mil pontos, mas não o sustentou o patamar até o fechamento, com investidores encontrando oportunidades para ajustes. Nesta sessão, no entanto, a força compradora se sobrepôs e levou a novas máximas.

"As expectativas otimistas para o Brasil e com taxa de juros baixa e inflação controlada, no curto prazo não vemos nenhum investimento interessante para tirar recursos da bolsa", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz.

A perspectiva de recuperação econômica no Brasil, em meio a juros baixos, mantém o viés favorável para o mercado acionário, que segue alvo ainda de forte fluxo de investimento estrangeiro. Este movimento também vem ajudando a segurar as tentativas de ajuste no índice.

Apenas até o dia 15 de janeiro, o saldo externo na B3 estava positivo no ano em 4,1 bilhões de reais e a perspectiva do mercado é que siga forte ao longo do primeiro trimestre.

O persistente fluxo tem ajudado ainda a limitar as tentativas de ajuste, com o Ibovespa acumulando alta de 6,3 por cento no ano e tendo fechando em território negativo apenas em três pregões em 2018 até agora.

"O mercado está forte e até agora não tem nada dizendo que vem correção por aí. Os ajustes ficam mais no intraday, mas sem muita força", disse o sócio-analista da Eleven Financial, Raphael Figueredo.

Destaques

- SABESP ON avançou 5,34 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, diante da perspectiva em torno da revisão tarifária. A Arsesp divulgou na noite anterior nota técnica preliminar referente à etapa final da segunda revisão tarifária, abrindo o período de consulta pública até 5 de fevereiro. Segundo analistas do BTG Pactual, embora ainda não traga números, a nota tem destaques como o reconhecimento do regulador de que parte dos royalties que a Sabesp paga atualmente para alguns municípios será eventualmente repassada para tarifas.

- PETROBRAS PN subiu 4,02 por cento, a 18,36 reais, e PETROBRAS ON ganhou 3,62 por cento, a 19,47 reais, ambas no maior patamar de fechamento desde outubro de 2014, em meio às expectativas de definição sobre a revisão do contrato de cessão onerosa, após o governo ter criado uma comissão interministerial que tem prazo de 60 dias para negociar os termos com a estatal.

- VALE ON avançou 2,01, com uma visão favorável em torno da desalavancagem da empresa. Em evento com investidores nesta sessão, o diretor de relações com investidores da mineradora disse que as prioridades da empresa são reduzir a dívida líquida de 10 bilhões de dólares e pagar dividendos maiores a partir de 2018.

- MRV ON ganhou 1,61 por cento, após divulgar sua prévia operacional com alta de 41 por cento nos lançamentos em 2017. Para os analistas do Credit Suisse, a MRV continua apresentando crescimento em lançamento e vendas e segue no caminho para apresentar lucros melhores.

- CARREFOUR BRASIL ON, que não faz parte do Ibovespa, subiu 3,03 por cento, após reportar seus dados de vendas do quarto trimestre, com crescimento de 5,3 por cento nas vendas brutas ante igual período de 2016, para 13,6 bilhões de reais. No conceito mesmas lojas, a venda total do grupo no período subiu 1,4 por cento, segurada pela bandeira de atacarejo Atacadão, que teve expansão de 2,2 por cento.

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