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Ibovespa sobe com exterior; Vale fecha na máxima em quase 10 anos

As ações da mineradora Vale subiram 3,24% e fecharam na máxima em quase 10 anos antes de dados de vendas e produção

Ibovespa: no exterior, os pregões em Wall Street caminhavam para a quinta sessão de ganhos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: no exterior, os pregões em Wall Street caminhavam para a quinta sessão de ganhos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 19h34.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em alta nesta quinta-feira pelo segundo dia seguido, em mais uma sessão guiada pelo cenário externo favorável a ativos de risco, com as ações da mineradora Vale fechando na máxima em quase 10 anos antes de dados de vendas e produção.

O Ibovespa subiu 0,9 por cento, a 84.290 pontos, ajudando a reduzir as perdas no mês para 0,73 por cento. O volume financeiro na sessão somou 11 bilhões de reais.

No exterior, os pregões em Wall Street caminhavam para a quinta sessão de ganhos, puxados pelas ações de tecnologia e do setor industrial, com investidores deixando um pouco de lado preocupações com a aceleração dos preços nos Estados Unidos. No final da tarde, o S&P 500 subia 1 por cento.

De acordo com o analista da corretora Lerosa Vitor Suzaki, os ganhos locais foram respaldados pelo apetite ao risco global, em sessão com alguma volatilidade no exterior, que marcou nova alta de commodities. O dólar enfraquecido ajudou, criando cenário propício para alocação de capitais em emergentes.

Do ponto de vista gráfico, o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila disse que o Ibovespaprecisa se consolidar acima de 84.300 pontos para retomar o cenário de tendência de alta no médio prazo, com alvo em 90 mil pontos. "O forte movimento de recuperação nesses dois últimos dias precisa ser confirmado na sexta-feira", afirmou.

Destaques

- VALE subiu 3,24 por cento, a 45,95 reais, nova máxima de fechamento desde maio de 2008, com agentes financeiros esperando números fortes de produção e vendas da mineradora na sexta-feira, antes da abertura do mercado. BRADESPAR PN , acionista da companhia, valorizou-se 4,35 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 0,78 e 1,72 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo melhora do petróleo . Ainda no radar, teve notícia de que a estatal definiu prazo até o fim de março para receber propostas vinculantes para participação controladora na rede de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG).

- CEMIG encerrou com acréscimo de 5,32 por cento, após dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a base de ativos do braço de distribuição da companhia (Cemig-D), estimada em 9 bilhões de reais.

- B3 fechou em alta de 2,74 por cento, em meio a expectativas positivas para a companhia diante do aumento do volume transacionado ao longo deste ano, bem como potencial fluxo de investidores em busca de ativos com mais retornos dado o cenário de juros baixos no Brasil e novas ofertas de ações.

- MAGAZINE LUIZA avançou 6,04 por cento, no segundo pregão de recuperação, após acumular até a última sexta-feira perda de 12,6 por cento em fevereiro.

- JBS recuou 1,93 por cento, tendo no radar resultado da controlada Pilgrim's Pride nos EUA, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 241 milhões de dólares e margem Ebitda de 8,8 por cento.

- BRF caiu 1,99 por cento, conforme o papel segue pressionado pela cautela de investidores antes do resultado do último trimestre de 2017 e diante de um horizonte ainda complexo para a gigante de alimentos, afetada desde 2016 por desafios de execução interna e fatores setoriais e conjunturais.

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