Ibovespa sobe 1,68% com anúncio de medidas fiscais
A Bovespa fechou o pregão com ganho superior a 1,5%, com o humor do mercado amparado pelo anúncio de medidas de austeridade fiscal pelo governo
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2015 às 18h09.
São Paulo - A Bovespa fechou o pregão desta segunda-feira com ganho de quase 2 por cento, com o anúncio de medidas de austeridade fiscal pelo governo federal trazendo algum ânimo a investidores e suplantando a influência de cautela nos mercados internacionais antes da decisão de juros do banco central norte-americano nesta semana.
O Ibovespa fechou em alta de 1,9 por cento, a 47.281 pontos, pouco abaixo da máxima do dia, quando chegou a subir 2,1 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 5,2 bilhões de reais.
O governo federal anunciou medidas fiscais de 64,9 bilhões de reais para garantir a meta de superávit primário de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), englobando iniciativas do lado dos gastos e das receitas.
As medidas, que mostram um esforço para o país tentar evitar um novo rebaixamento de rating, favoreceram ativos de risco como a bolsa brasileira, após a Standard & Poor's ter retirado o grau de investimento do Brasil na semana passada, disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.
Isso se sobrepõe à cautela registrada no início da sessão, quando a Bovespa mostrou pouca oscilação, em linha com os mercados externos. Agentes financeiros estão alertas à reunião do Federal Reserve na quarta e na quinta-feiras, diante da possibilidade de um primeiro aumento de juros do país em uma década.
Destaques
Vale teve desvalorização de quase 2 por cento nas preferenciais e de 1,5 por cento nas ordinárias, em pregão de baixa do preço do minério de ferro e após dados fracos sobre a economia chinesa no fim de semana. No noticiário do dia, a Petrobras informou que Murilo Ferreira, presidente de seu Conselho de Administração e também presidente-executivo da Vale, pediu licença do cargo na estatal até o fim de novembro. Segundo uma fonte da estatal, a decisão de Ferreira foi tomada para se concentrar na gestão da Vale, em meio às dificuldades com a desaceleração da China.
Bradespar, que tem participação na mineradora, perdeu 3,64 por cento.
Gerdau, Usiminas e CSN perderam, respectivamente, 5,69 por cento, 7,96 por cento e 4 por cento, em movimento de ajuste após os ganhos fortes da semana passada, quando a alta do dólar favoreceu ações de siderúrgicas na bolsa. O dólar teve a maior queda diária sobre o real em um mês neste pregão.
Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil avançaram, respectivamente, 4, 4,46 e 5,63 por cento, contribuindo para a alta do Ibovespa devido aos seus grandes pesos na composição do índice após o anúncio das medidas do governo. = OI teve o maior ganho do Ibovespa do dia, de 9 por cento.
O economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, disse que o papel foi, possivelmente, alvo de "short squeeze", movimentos de cobertura de posições por agentes que haviam alugado o papéis para vendê-los.
Smiles avançou 2,48 por cento, depois de a operadora de turismo CVC informar que não tem intenção de promover qualquer "tipo de operação societária" com a empresa de redes de fidelidade de clientes.
Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo havia noticiado que a CVC, controlada pelo fundo Carlyle, estava em conversas com investidores para a venda de seu controle, tendo entrado em negociações com a Smiles. A notícia fez a ação da Smiles desabar 9,57 por cento na última quinta-feira.
Texto atualizado às 18h09
São Paulo - A Bovespa fechou o pregão desta segunda-feira com ganho de quase 2 por cento, com o anúncio de medidas de austeridade fiscal pelo governo federal trazendo algum ânimo a investidores e suplantando a influência de cautela nos mercados internacionais antes da decisão de juros do banco central norte-americano nesta semana.
O Ibovespa fechou em alta de 1,9 por cento, a 47.281 pontos, pouco abaixo da máxima do dia, quando chegou a subir 2,1 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 5,2 bilhões de reais.
O governo federal anunciou medidas fiscais de 64,9 bilhões de reais para garantir a meta de superávit primário de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), englobando iniciativas do lado dos gastos e das receitas.
As medidas, que mostram um esforço para o país tentar evitar um novo rebaixamento de rating, favoreceram ativos de risco como a bolsa brasileira, após a Standard & Poor's ter retirado o grau de investimento do Brasil na semana passada, disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.
Isso se sobrepõe à cautela registrada no início da sessão, quando a Bovespa mostrou pouca oscilação, em linha com os mercados externos. Agentes financeiros estão alertas à reunião do Federal Reserve na quarta e na quinta-feiras, diante da possibilidade de um primeiro aumento de juros do país em uma década.
Destaques
Vale teve desvalorização de quase 2 por cento nas preferenciais e de 1,5 por cento nas ordinárias, em pregão de baixa do preço do minério de ferro e após dados fracos sobre a economia chinesa no fim de semana. No noticiário do dia, a Petrobras informou que Murilo Ferreira, presidente de seu Conselho de Administração e também presidente-executivo da Vale, pediu licença do cargo na estatal até o fim de novembro. Segundo uma fonte da estatal, a decisão de Ferreira foi tomada para se concentrar na gestão da Vale, em meio às dificuldades com a desaceleração da China.
Bradespar, que tem participação na mineradora, perdeu 3,64 por cento.
Gerdau, Usiminas e CSN perderam, respectivamente, 5,69 por cento, 7,96 por cento e 4 por cento, em movimento de ajuste após os ganhos fortes da semana passada, quando a alta do dólar favoreceu ações de siderúrgicas na bolsa. O dólar teve a maior queda diária sobre o real em um mês neste pregão.
Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil avançaram, respectivamente, 4, 4,46 e 5,63 por cento, contribuindo para a alta do Ibovespa devido aos seus grandes pesos na composição do índice após o anúncio das medidas do governo. = OI teve o maior ganho do Ibovespa do dia, de 9 por cento.
O economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, disse que o papel foi, possivelmente, alvo de "short squeeze", movimentos de cobertura de posições por agentes que haviam alugado o papéis para vendê-los.
Smiles avançou 2,48 por cento, depois de a operadora de turismo CVC informar que não tem intenção de promover qualquer "tipo de operação societária" com a empresa de redes de fidelidade de clientes.
Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo havia noticiado que a CVC, controlada pelo fundo Carlyle, estava em conversas com investidores para a venda de seu controle, tendo entrado em negociações com a Smiles. A notícia fez a ação da Smiles desabar 9,57 por cento na última quinta-feira.
Texto atualizado às 18h09