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Ibovespa sobe 0,40% impulsionado por construtoras e varejistas

Índice tem quinta alta dos últimos seis pregões e atinge maior pontuação em um mês

Ibovespa sobe e atinge maior pontuação em um mês. Alta foi impulsionada pelo varejo e construção civil, que foram impactos positivamente pelo noticiário do dia (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa sobe e atinge maior pontuação em um mês. Alta foi impulsionada pelo varejo e construção civil, que foram impactos positivamente pelo noticiário do dia (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 18h08.

Última atualização em 11 de setembro de 2019 às 18h39.

O Ibovespa avançou 0,40%, nesta quarta-feira (11) e foi a 103.445,60 pontos. Impulsionado por informações que valorizaram ativos do setor de construção civil e varejo, o índice teve sua quinta alta dos últimos seis pregões e atingiu a maior pontuação em um mês. Com esse avanço, o Ibovespa fica ainda mais próximo de voltar aos níveis recordes atingidos em julho deste ano, quando chegou a fechar com mais de 105 mil pontos.

Logo na abertura do pregão, as ações de empresas da construção civil dispararam após o jornal O Estado de S. Paulo noticiar que o governo federal vai fazer uso do FGTS para custear todo o subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida. Em agosto, empresários do setor chegaram a se reunir para discutir os atrasos nos repasses por parte da União, que chegavam a 500 milhões de reais na época. Com a medida, devem ser destravados 26,2 bilhões de reais, segundo a publicação.

Na visão dos analistas da Guide Investimentos, a empresa mais beneficiada com a medida é a MRV, que viu seu valor de mercado subir 9,02% neste pregão.

“O ruído recente em torno do atraso dos repasses de verba pelo governo as construtoras, aliado a redução do orçamento para o programa para 2020 pressionaram os ativos do setor”, escreveram os analistas da Guide em comunicado aos clientes.

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As ações das construtoras Tenda e Direcional, que também participam do programa federal, subiram 7,38% e 6,63%, respectivamente. Mesmo focada em empreendimentos de padrão mais elevado, os papéis da Cyrela nadaram na onda de otimismo que atingiu as construtoras e subiram 2,28%. As ações da Eztec também se apreciaram e fecharam em alta de 2,56%.

Já o que motivou a valorização das varejistas foi o aumento de 1% das vendas do varejo no mês de julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta.

Para o sócio diretor do Modalmais, Ronaldo Guimarães, a divulgação foi “inegavelmente positiva” e levanta dúvida sobre projeções mais pessimistas de retração no 3º trimestre.

No setor, o grupo que teve o melhor desempenho foi o de hipermercados e supermercados, que ampliou em 1,9% o volume de vendas no mês. Como consequência, as ações do Pão de Açúcar dispararam 6,06%. Apesar do avanço neste último pregão, os papéis da rede de supermercados têm tido desempenho bem abaixo do Ibovespa neste ano, acumulando alta de 10%, enquanto o Ibovespa já subiu 17,7%.

Se caiu, levanta

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O dado divulgado pelo IBGE também contribuiu para o movimento de recuperação do setor de vendas digitais e lojas de departamento, que vinha sofrendo forte recuo com a chegada do serviço Amazon Prime ao Brasil.

Nesta quarta, as ações da B2W, Via Varejo, Magazine Luiza e Lojas Americanas avançaram 3,16%, 2,95%, 6,46% e 5,21%, respectivamente. Mesmo com a alta, nenhuma delas conseguiu inverter as perdas da semana.

As ações ordinárias da Petrobras, por outro lado, caíram 1,77% com a queda do preço do petróleo negociado nos Estados Unidos. A depreciação da commodity se deu em meio à fala do presidente Donald Trump, que disse pretender aliviar as sanções impostas sobre o Irã, que é um dos maiores produtos de petróleo do mundo. Os papéis preferenciais da petrolífera recuaram 0,85%

Com cenário externo positivo, o dólar caiu 0,764% e fechou a 4,064 reais. Durante a madrugada, a China sinalizou uma trégua na guerra comercial ao isentar alguns produtos americanos de taxas extras. Em outubro, representantes da China e dos Estados Unidos devem se reunir novamente para tratar sobre questões econômicas. O mercado espera que algum acordo saia desse encontro.

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