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Ibovespa reverte ganhos da manhã e fecha em queda pressionada por Wall Street

Mesmo com essa queda, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu manter o patamar dos 100 mil pontos

Pregão; iBovespa; Mega Bolsa; B3; Investidores, Economia

Foto: Germano Lüders
16/09/2016 (Germano Lüders/Exame)

Pregão; iBovespa; Mega Bolsa; B3; Investidores, Economia Foto: Germano Lüders 16/09/2016 (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa hoje: o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) terminou o pregão desta terça-feira, 28, em queda, revertendo o resultado positivo do começo do dia.

O Ibovespa fechou aos 100.423 pontos, com queda de 0,34%.

Mesmo com essa queda, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu manter o patamar dos 100 mil pontos, reconquistado na última segunda-feira, 27.

O volume financeiro do dia foi de R$ 19,15 bilhões, levemente abaixo da média.

O dia tinha iniciado positivo, com o Ibovespa subindo mais que 2,1%, impulsionado pelos sinais de flexibilização das restrições contra o novo Coronavírus (Covid-19) na China.

As cotações internacionais de petróleo e minério de ferro avançaram, em previsão da retomada da demanda chinesa.

Entretanto, o mercado americano acabou amargando o segundo pregão consecutivo de queda, com os investidores preocupados pelos indicadores econômicos e de olho no ritmo do aperto da política monetária do Federal Reserve (Fed).

  • Dow Jones (Nova York): - 1,6%
  • S&P 500 (Nova York): - 2%
  • Nasdaq (Nova York): - 3%

Entre as maiores altas do Ibovespa está o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que foi a melhor ação do dia, subindo 2,50%.

Contribuiu com esse resultado o fato que o Itaú BBA (ITUB4) voltou a cobrir as ações do Grupo Pão de Açúcar com recomendação de compra por outperform (desempenho esperado acima da média do mercado).

Segundo o Itaú BBA, o preço justo do Grupo Pão de Açúcar deveria ser R$ 32 por ação, quase o dobro da atual cotação de R$ 16,83.

A Vale (VALE3) também foi um dos destaques positivos do dia, fechando em alta de 1,77%.

Um resultado impulsionado pela alta dos contratos futuros do minério de ferro nas Bolsas de Dalian e Cingapura, respectivamente de 4% e 5,7%, registrando novas máximas.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) também desempenharam bem, graças a alta das cotações internacionais do petróleo, com o contratos para agosto do Brent, qualidade referência para a Petrobras, subiram 2,51%.

Melhora no emprego animou os investidores

Outro número que animou os investidores foi a geração de emprego no Brasil, que registrou um saldo positivo de 277.018 vagas com carteira assinada em maio.

Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O mercado financeiro esperava uma desaceleração no ritmo de abertura de vagas formais em maio, mas o resultado veio acima da média das previsões, que indicava 181.250 postos de trabalho abertos.

Pec dos combustíveis também no radar do mercado

Investidores também ficaram atentos à votação da PEC dos Combustíveis, levada a plenário pelo relator Fernando Bezerra.

A proposta pode custar R$ 35 bilhões aos cofres públicos, segundo estimativa da Bloomberg, aumentando o risco fiscal do País.

Entre as propostas da PEC 16/2022 estão o aumento de R$ 200 no valor do Auxílio Brasil, passando de R$ 400 para R$ 600, somada à criação de um “voucher caminhoneiro” de R$ 1.000, e de um reajuste do auxílio-gás em torno de R$ 70.

Criadas a menos de 100 dias das eleições com objetivo de impulsionar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, as iniciativas durariam apenas até o final de 2022.

Destaques de ações

Entre as ações que se destacaram no pregão desta terça-feira está a BB Seguridade (BBSE3), que subiu 2,85%, sendo a terceira maior alta do dia.

A alta ocorreu um dia após a controlada do Banco do Brasil (BBSA3) informar que vai distribuir em dividendos 80% do lucro do primeiro semestre de 2022.

As ações da seguradora também foram avaliadas como "outperform" pelo Itaú BBA.

Por outro lado, entre as piores do dia, estão a Hapvida (HAPV3), que perdeu 5,78% após a previsão do Credit Suisse de um prejuízo de R$ 0,07 por ação.

A previsão anterior era de um lucro de R$ 0,23 por ação.

Segundo os analistas do banco suíço, a recomendação "outperform" continua, mas o preço-alvo foi cortado para R$ 9,50, dos R$ 16,70 anteriores.

Isso pois após a fusão com o NotreDame Intermédica, a amortização de intangíveis e a contabilização de programas de opções de ações poderiam afetar significativamente os resultados.

As outras duas piores ações do pregão desta terça foram Positivo (POSI3) e Via (VIIa3), que fecharam respectivamente em queda de 5,54% e 5%.

Outros dois destaques negativos do Ibovespa de hoje foram a CVC (CVCB3) que caiu 4,81% e o IRB Brasil (IRBR3) que perdeu 3,91% por causa do temor do mercado de uma possível necessidade de aumento de capital após o prejuízo de abril.

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