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Ibovespa retoma os 56 mil pontos e dólar cai

O Ibovespa encerrou os negócios com alta de 1,89%, aos 56.450,86 pontos

Pregão da Bovespa: no azul durante praticamente todo o dia, o índice variou entre a mínima de 55.378 pontos (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 17h06.

São Paulo - A Bovespa pegou carona no apetite por risco verificado no exterior e retomou o patamar de 56 mil pontos perdido na última sexta-feira. O movimento de alta nas bolsas internacionais foi alimentado pela expectativa em torno de uma solução para o abismo fiscal dos Estados Unidos. Nesse ambiente, o dólar cedeu ante a maioria das divisas, ainda que o recuo em relação ao real tenha perdido ímpeto no fim do dia. No mercado de renda fixa, em meio a uma liquidez estreita, as taxas futuras de juros passaram por um ajuste de queda, após os ganhos consistentes vistos na semana passada.

O Ibovespa encerrou os negócios com alta de 1,89%, aos 56.450,86 pontos. No azul durante praticamente todo o dia, o índice variou entre a mínima de 55.378 pontos (-0,03%) e a máxima de 56.666 pontos (+2,28%). No mês de novembro, a Bolsa ainda acumula queda de 1,08%, e, no ano, tem perda de 0,53%. Das 69 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, apenas oito fecharam no vermelho. O volume financeiro foi consistente, somando R$ 7,832 bilhões. Desse total, cerca de R$ 2,6 bilhões correspondem ao movimento do exercício de opções sobre ações.

A expectativa de que o Congresso norte-americano chegue a um acordo para evitar o abismo fiscal - o corte de incentivos à economia dos Estados Unidos - ganhou força no final da tarde de sexta-feira, depois de encerrada a reunião entre o presidente dos EUA, Barack Obama e os líderes do Congresso do país. Tanto representantes democratas quanto republicanos sinalizaram que houve avanços na direção de um acordo. Em Nova York, as bolsas ainda tiveram tempo de reagir na própria sexta-feira e mantiveram os ganhos hoje. Além disso, indicadores positivos sobre o setor de construção norte-americano conhecidos nesta segunda-feira ajudaram no avanço dos ativos mais arriscados.


No âmbito doméstico, segundo Alexandre Marques, analista de investimentos da Elite, depois de passada a pressão do exercício de opções sobre ações durante a primeira parte dos negócios, os papéis de Petrobras e Vale encontraram espaço para ampliar a recuperação dos preços, bastante castigados na sexta-feira. As ações ON e PN da Petrobras apresentaram ganhos de 0,66% e 0,53%, respectivamente, na esteira da valorização dos contratos de petróleo negociados no mercado internacional. Já a Vale viu seus papéis ON e PNA subirem 1,32% e 1,21%, nesta ordem, também em linha com a melhora dos preços do metais lá fora.

O dólar se manteve em queda ante o real ao longo de todo o dia. No mercado à vista de balcão, a moeda dos EUA fechou em baixa de 0,05%, a R$ 2,0790. A mínima foi de R$ 2,0700 (-0,48%) e a máxima de R$ 2,0800 (estável). O fechamento das principais praças amanhã - Rio de Janeiro e São Paulo - por causa do feriado da Consciência Negra, além do feriado nos Estados Unidos na quinta-feira, minguou o volume de negócios hoje, com total de US$ 587 milhões, sendo US$ 560 milhões com liquidação em dois dias úteis. No mercado futuro, o contrato do dólar para dezembro de 2012 marcava R$ 2,0880 às 17h28, com queda de 0,05%.

"O mercado criou mais espaço para oscilar, mas se o dólar começar a chegar perto de R$ 2,10 volta a expectativa de que o Banco Central voltará a atuar", comentou um operador de câmbio. Mesmo porque, o BC não deverá rolar os dois vencimentos de swap cambial reverso, de 3 de dezembro (US$ 3,140 bilhões) e de 2 de janeiro de 2013 (US$ 1,875 bilhão). Por isso, poderá fazer um leilão para trocar esses vencimentos por contratos de swap cambial normal, segundo uma fonte do BC disse na semana passada à Agência Estado. O swap cambial reverso corresponde à compra de dólares no mercado futuro, enquanto o swap tradicional representa a venda da moeda.

Na renda fixa, ao término da negociação normal, o juro com vencimento em janeiro de 2013 (4.125 contratos) projetava taxa de 7,10%, nivelada ao ajuste. O DI para janeiro de 2014 (143.240 contratos) marcava mínima de 7,34%, de 7,38% na sexta-feira. Na parte longa da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (38.515 contratos) indicava 8,73%, de 8,77%, e o DI para janeiro de 2021 (apenas 480 contratos) projetava 9,38%, ante 9,42% no ajuste.

"Os investidores devolvem hoje o movimento forte de alta da semana passada. Trata-se de uma correção", comentou um operador. "Além disso, ganha cada vez mais força a tese de que a economia brasileira não crescerá os 4% estimados pelo governo. A Focus de hoje mostra bem isso", completou um outro profissional.

Logo cedo, o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou que o mercado espera um Produto Interno Bruto (PIB) de 3,96% em 2013, abaixo dos 4,00% estimados em levantamento anterior. Para este ano, o valor foi revisado de 1,54% para 1,52%.

No que tange à inflação corrente, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) da segunda prévia de novembro teve deflação de 0,16%, após a alta de 0,15% da mesma prévia de outubro. A FGV informou também que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,35% na segunda quadrissemana de novembro, de 0,43% no período anterior.

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São Paulo - A Bovespa pegou carona no apetite por risco verificado no exterior e retomou o patamar de 56 mil pontos perdido na última sexta-feira. O movimento de alta nas bolsas internacionais foi alimentado pela expectativa em torno de uma solução para o abismo fiscal dos Estados Unidos. Nesse ambiente, o dólar cedeu ante a maioria das divisas, ainda que o recuo em relação ao real tenha perdido ímpeto no fim do dia. No mercado de renda fixa, em meio a uma liquidez estreita, as taxas futuras de juros passaram por um ajuste de queda, após os ganhos consistentes vistos na semana passada.

O Ibovespa encerrou os negócios com alta de 1,89%, aos 56.450,86 pontos. No azul durante praticamente todo o dia, o índice variou entre a mínima de 55.378 pontos (-0,03%) e a máxima de 56.666 pontos (+2,28%). No mês de novembro, a Bolsa ainda acumula queda de 1,08%, e, no ano, tem perda de 0,53%. Das 69 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, apenas oito fecharam no vermelho. O volume financeiro foi consistente, somando R$ 7,832 bilhões. Desse total, cerca de R$ 2,6 bilhões correspondem ao movimento do exercício de opções sobre ações.

A expectativa de que o Congresso norte-americano chegue a um acordo para evitar o abismo fiscal - o corte de incentivos à economia dos Estados Unidos - ganhou força no final da tarde de sexta-feira, depois de encerrada a reunião entre o presidente dos EUA, Barack Obama e os líderes do Congresso do país. Tanto representantes democratas quanto republicanos sinalizaram que houve avanços na direção de um acordo. Em Nova York, as bolsas ainda tiveram tempo de reagir na própria sexta-feira e mantiveram os ganhos hoje. Além disso, indicadores positivos sobre o setor de construção norte-americano conhecidos nesta segunda-feira ajudaram no avanço dos ativos mais arriscados.


No âmbito doméstico, segundo Alexandre Marques, analista de investimentos da Elite, depois de passada a pressão do exercício de opções sobre ações durante a primeira parte dos negócios, os papéis de Petrobras e Vale encontraram espaço para ampliar a recuperação dos preços, bastante castigados na sexta-feira. As ações ON e PN da Petrobras apresentaram ganhos de 0,66% e 0,53%, respectivamente, na esteira da valorização dos contratos de petróleo negociados no mercado internacional. Já a Vale viu seus papéis ON e PNA subirem 1,32% e 1,21%, nesta ordem, também em linha com a melhora dos preços do metais lá fora.

O dólar se manteve em queda ante o real ao longo de todo o dia. No mercado à vista de balcão, a moeda dos EUA fechou em baixa de 0,05%, a R$ 2,0790. A mínima foi de R$ 2,0700 (-0,48%) e a máxima de R$ 2,0800 (estável). O fechamento das principais praças amanhã - Rio de Janeiro e São Paulo - por causa do feriado da Consciência Negra, além do feriado nos Estados Unidos na quinta-feira, minguou o volume de negócios hoje, com total de US$ 587 milhões, sendo US$ 560 milhões com liquidação em dois dias úteis. No mercado futuro, o contrato do dólar para dezembro de 2012 marcava R$ 2,0880 às 17h28, com queda de 0,05%.

"O mercado criou mais espaço para oscilar, mas se o dólar começar a chegar perto de R$ 2,10 volta a expectativa de que o Banco Central voltará a atuar", comentou um operador de câmbio. Mesmo porque, o BC não deverá rolar os dois vencimentos de swap cambial reverso, de 3 de dezembro (US$ 3,140 bilhões) e de 2 de janeiro de 2013 (US$ 1,875 bilhão). Por isso, poderá fazer um leilão para trocar esses vencimentos por contratos de swap cambial normal, segundo uma fonte do BC disse na semana passada à Agência Estado. O swap cambial reverso corresponde à compra de dólares no mercado futuro, enquanto o swap tradicional representa a venda da moeda.

Na renda fixa, ao término da negociação normal, o juro com vencimento em janeiro de 2013 (4.125 contratos) projetava taxa de 7,10%, nivelada ao ajuste. O DI para janeiro de 2014 (143.240 contratos) marcava mínima de 7,34%, de 7,38% na sexta-feira. Na parte longa da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (38.515 contratos) indicava 8,73%, de 8,77%, e o DI para janeiro de 2021 (apenas 480 contratos) projetava 9,38%, ante 9,42% no ajuste.

"Os investidores devolvem hoje o movimento forte de alta da semana passada. Trata-se de uma correção", comentou um operador. "Além disso, ganha cada vez mais força a tese de que a economia brasileira não crescerá os 4% estimados pelo governo. A Focus de hoje mostra bem isso", completou um outro profissional.

Logo cedo, o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou que o mercado espera um Produto Interno Bruto (PIB) de 3,96% em 2013, abaixo dos 4,00% estimados em levantamento anterior. Para este ano, o valor foi revisado de 1,54% para 1,52%.

No que tange à inflação corrente, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) da segunda prévia de novembro teve deflação de 0,16%, após a alta de 0,15% da mesma prévia de outubro. A FGV informou também que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,35% na segunda quadrissemana de novembro, de 0,43% no período anterior.

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