Mercados

Ibovespa recua com prévia do PIB abaixo do esperado

Às 14h42, o principal índice da B3 caía 1,08% e ficava em 114.412,46 pontos

Ibovespa: índice opera em queda após resultado do IBC-Br (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Ibovespa: índice opera em queda após resultado do IBC-Br (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 10h41.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2020 às 14h49.

São Paulo — O Ibovespa recuava novamente no pregão desta sexta-feira, refletindo dados econômicos mais fracos do que o esperado, bem como ainda sofrendo com o temor global causado pelo surto do coronavírus. A sessão também é marcada pelo fraco desempenho de papéis das últimas empresas a divulgarem seus resultados trimestrais.

Às 14h42, o Ibovespa caía 1,08% e ficava em 114.412,46 pontos. Ainda assim, o índice caminha para fechar a semana com alta de 0,8%. O volume financeiro da sessão era de 9,6 bilhões de reais.

A atividade econômica do Brasil perdeu força no fim de 2019, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Em dezembro, o IBC-Br caiu 0,27% ante novembro, em dado dessasonalizado, no segundo mês seguido de perdas e um pouco pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de contração de 0,23%.

Para analistas da XP Investimentos, a fragilidade do dado e um provável impacto dessa desaceleração econômica nas projeções de crescimento do PIB, sinalizam uma chance maior de um novo corte na taxa básica de juro.

Enquanto a economia global continua sendo atingida pelo surto do coronavírus, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o impacto no cenário doméstico ainda é difícil de ser calculado.

"Impactos econômicos ainda incertos, mas podem ser significativos caso a epidemia se mantenha por um tempo prolongado", afirmou.

Nos EUA, as vendas no varejo ficaram estáveis em janeiro, contra projeção de alta de 0,3% de economistas consultados pela Reuters. Os dados de dezembro foram revisados para baixo para mostrar que o núcleo das vendas subiram 0,2%, em vez do salto de 0,5% relatado anteriormente.

Destaques

- RUMO perdia 4,1%. A empresa reportou lucro líquido de 202 milhões de reais no quarto trimestre, pouco acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 183,5 milhões de reais.

- USIMINAS perdia 4,35%, diante do lucro líquido de 268 milhões de reais no quarto trimestre de 2019, acima da estimativa de 52 milhões de reais, porém 33% mais baixo que o mesmo período do ano anterior.

- BTG PACTUAL recuava 5,79%, mesmo após divulgar alta de 42% no lucro líquido do quarto trimestre, indo a 1,01 bilhão de reais e em linha com as expectativas de analistas. Os papéis do banco acumularam alta de mais de 10% nos últimos três pregões.

- PETROBRAS ON caía 1,0%, e PETROBRAS PN cedia 0,4%. O presidente-executivo da petrolífera afirmou nesta sexta-feira que "Nenhuma gota de petróleo deixou de ser produzida (por conta da greve)". Enquanto, no exterior, os contratos futuros do petróleo operavam em forte alta.

-ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1% ensaiando sua quarta queda consecutiva, mas ainda acima do nível de fechamento da semana passada. BRADESCO PN desvalorizava-se 1,2% e SANTANDER BR UNT caía 1,6%.

- WEG ON avançava 2,6%, como maior alta da sessão. A empresa já acumulou mais de 35% de alta em 2020 e registrava nova máxima história nesta sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:B3Ibovespa

Mais de Mercados

Funcionário esconde R$ 750 milhões em despesas e provoca crise em gigante do varejo

TotalEnergies suspende investimentos no Grupo Adani após acusações de corrupção

Barclays é multada em mais e US$ 50 milhões por captar fundos ilegalmente no Catar

Ibovespa fica no zero a zero com investidores ainda à espera de anúncio do pacote fiscal