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Ibovespa recua de olho no TSE; Copel é destaque negativo

Às 11:41, o índice da bolsa brasileira caía 0,65 por cento, a 62.760 pontos. O giro financeiro era de 1,68 bilhão de reais

B3: enquanto o futuro de Temer segue incerto, o mercado monitora também o andamento das reformas no Congresso Nacional (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 8 de junho de 2017 às 11h59.

São Paulo - O principal índice da Bovespa operava em baixa nesta quinta-feira, com investidores adotando cautela no terceiro dia de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vai decidir sobre o futuro de Michel Temer na presidência e com as ações da Copel liderando as perdas em meio à notícia sobre uma possível oferta de ações.

Às 11:41, o Ibovespa caía 0,65 por cento, a 62.760 pontos. O giro financeiro era de 1,68 bilhão de reais.

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O cenário político local segue conturbado, com a pressão sobre Temer vindo também com o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa, depois de gravação de conversa entre o presidente e um dos sócios da JBS.

Enquanto o futuro de Temer segue incerto, o mercado monitora também o andamento das reformas no Congresso Nacional.

Embora a expectativa seja de avanço, ainda que mais lento diante da crise política, a falta de clareza sobre a condução das reformas no Legislativo leva à manutenção do modo de cautela no mercado.

Destaques

- Copel PNB tinha queda de 10,6 por cento, após a estatal paranaense de energia dizer que avalia uma eventual oferta subseqüente de ações. Mais cedo, o jornal Valor Econômico informou que a Copel pretendia realizar uma oferta de ações para captar cerca de 4 bilhões de reais e reforçar o caixa. Segundo operadores, a preocupação é relativa ao formato da oferta, ainda não detalhado pela empresa, mas que poderia levar a uma diluição da participação dos acionistas atuais.

- JBS ON cedia 4,94 por cento, também entre os destaques negativos do Ibovespa. Os papéis da empresa têm mostrado forte volatilidade desde a delação de seus executivos. Nesta sessão, pesava ainda o receio de novas multas serem aplicadas à empresa após a medida provisória que endurece a fiscalização e as sanções que poderão ser adotadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em caso de fraudes e irregularidades.

- Itaú Unibanco PN tinha baixa de 1,09 por cento e Bradesco PN perdia 1,37 por cento, revertendo os ganhos da véspera e ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição. Santander UNIT tinha desvalorização de 1,14 por cento e Banco do Brasil ON cedia 1,46 por cento.

- Petrobras PN tinha variação positiva de 0,16 por cento, e Petrobras ON ganhava 0,51 por cento. No radar estava a decisão da Justiça de manter aval à venda de 90 por cento da participação da petroleira na Nova Transportadora do Sudeste (NTS) ao consórcio liderado pelo grupo canadense Brookfield, por 5,19 bilhões de dólares.

- Vale PNA avançava 1,76 por cento e Vale ON ganhava 1,85 por cento, ganhando impulso de dados da balança comercial chinesa, principal mercado da mineradora. Os números mostraram exportações e importações mais fortes do que a expectativa em maio, a despeito da queda de preço das commodities, sugerindo que a economia está resistindo melhor que o esperado.

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