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Ibovespa continuará indefinido enquanto não quebrar recorde, diz Leandro Ruschel

Segundo o analista, somente o rompimento da zona de resistência dos 73 mil pontos pode levar a alta mais consistente

Pregão da BM&FBovespa: mercado preocupado com o IPCA em 12 meses acima de 5% (Raul Júnior/VOCÊ S/A)
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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 15h00.

São Paulo - Enquanto o mercado digere as apostas para o desempenho do Ibovespa em 2011, o principal índice da bolsa nacional segue instável neste começo de ano, desvalorizado em 0,83% e na casa dos 68.853 pontos. Para a análise técnica, o estudo do comportamento incerto do benchmark provou que a bolsa nacional tem um grande desafio pela frente antes de engatar o crescimento sólido: ultrapassar a zona de resistência de seu recorde histórico de 73 mil pontos, obtido antes da crise financeira.

A avaliação é de Leandro Ruschel, da Leandro&Stormer, que opera e desenvolve estratégias de investimento para o mercado de ações e derivativos, com base na análise técnica e quantitativa. “Um movimento altista mais consistente deve ocorrer apenas se o mercado conseguir romper a zona de resistência do topo histórico entre 73 mil pontos e 73.900 pontos”, escreve Ruschel no Blog da Análise Técnica, que faz parte da Rede Exame de Blogs. “Enquanto isso não ocorre, devemos manter o cenário de indefinição para o índice”, explica.

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Segundo Ruschel, as fortes oscilações impedem de ver com clareza até onde o índice pode chegar este ano. “Como a principal ferramenta utilizada para identificar as oportunidades é exatamente a tendência, os trades ficam prejudicados com esses movimentos curtos de preço”, afirma. O analista ressalta a quinta mudança de tendência no índice desde novembro, que consolidou uma resistência imediata em 71.900 pontos e a habilitou como decisiva a zona de resistência do recorde histórico. O recorde de 73.516 pontos foi alcançado pelo Ibovespa em 20 de setembro de 2008, cinco meses antes da crise mundial.

No cenário atual, os trades de rompimento apresentam menor taxa de acerto, já que eles precisam de força numa direção. Os modelos baseados em movimentos laterais, como aqueles focados em osciladores, tem demonstrado melhores resultados”, escreve.  Entre os destaques positivos dos negócios, o analista aponta a  entrada de força vendedora nos papéis de maior liquidez, especialmente no setor de bancos, que está bem sobre-vendido e pode apresentar algum repique no curtíssimo prazo. “A Vale foi destaque entre os touros, pois apresentou apenas pequena correção”, afirma.

O principal índice da bolsa nacional aproximou-se do recorde em novembro do ano passado, chegando a 72 mil pontos nos pregões da primeira semana do mês. À época, o crescimento foi atribuído à decisão do Federal Reserve (Banco Central americano) de aprovar a compra de 600 bilhões de dólares em títulos para aumentar a disponibilidade de crédito no país, gerando uma rodada de fortes ganhos nas bolsas mundiais. No entanto, a posição conquistada foi perido até o fim do ano, que acabou com o índice valorizado em apenas 1%, ante 80% em 2009.

Reprodução

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