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Ibovespa perde os 57 mil pontos e fica negativo no ano

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira em baixa de 1,83%, aos 56.233,90 pontos, o menor nível desde 31 de julho


	Pregão da Bovespa: o patamar dos 57 mil pontos foi perdido logo na primeira hora dos negócios
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: o patamar dos 57 mil pontos foi perdido logo na primeira hora dos negócios (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 18h03.

São Paulo - Não faltaram motivos para levar a Bovespa a cair abaixo do patamar dos 57 mil pontos nesta terça-feira. Se o cenário externo não aliviou, as ações de peso do Ibovespa, como Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos, muito menos. A Vale foi a vilã da vez, ao recuar 3%. Enquanto as reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, e do Federal Reserve, no dia 13, não acontecem, aumenta a aversão ao risco dos investidores no mercado local, o que contribui para que qualquer notícia de viés negativo seja vista como motivo para saída massiva dos papéis envolvidos.

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira em baixa de 1,83%, aos 56.233,90 pontos, o menor nível desde 31 de julho. Durante o dia, o principal índice da Bolsa oscilou na faixa entre 56.203 pontos (-1,88%), na mínima, e 57.272 pontos (-0,02%), na máxima do dia. O patamar dos 57 mil pontos foi perdido logo na primeira hora dos negócios.

Com o resultado, a Bolsa zerou os ganhos no ano e passa a registrar queda de 0,92% em 2012. No mês de setembro, acumula perda de 1,45%. O giro financeiro somou R$ 5,974 bilhões.


"Enquanto os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa não sinalizam com nenhuma ajuda, qualquer coisa pesa muito, as notícias ruins ganham uma proporção um pouco maior", explicou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. Após a perda do importante patamar dos 56.400 pontos nesta terça-feira sua equipe vê nos 55.500 o próximo suporte do índice.

Ainda pressionada pela contínua queda do preço do minério de ferro no mercado internacional, a Vale viu seus papéis ON e PNA recuarem 3,28% e 2,93%, respectivamente. Somado a isso, a mineradora anunciou que constituiu provisão de R$ 1,1 bilhão para cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), conhecida como royalty da mineração, alterando para "provável" o prognóstico de perda da tese de dedução de transporte da base de cálculo da CFEM.

O setor siderúrgico, que também tem suas receitas atreladas ao preço do minério de ferro, também penou, com Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) caindo 4,97% - quinta maior perda do Ibovespa - e Usiminas, declinando 1,59%. No caso da CSN, pesou ainda a decisão da Justiça, que deliberou que a companhia continuará pagando a Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais (TRFM), criada pelo governo de Minas Gerais em 2011 e em vigor desde março deste ano.

Petrobras ON apresentou desvalorização de 1,40%, enquanto as ações PN recuaram 1,21%.

Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam em queda. Dow Jones perdeu 0,42% e S&P 500, -0,12%. O índice Nasdaq foi a exceção, com leve alta de 0,26%.

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