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Ibovespa perde fôlego após romper 78 mil pontos e fecha estável

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,03%, a 76.617 pontos, após subir 1,87 por cento na máxima do dia

B3: a emissão de títulos do Tesouro no exterior, além do lançamento bem-sucedido na véspera de bônus da Braskem, também ajudou a manter o tom positivo (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 18h22.

São Paulo- O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta quinta-feira, perdendo força rumo ao fechamento, após ter alcançado pela primeira vez na história os 78 mil pontos, amparado no otimismo em relação à recuperação da economia, enquanto o patamar elevado abriu oportunidades para vendas.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,03 por cento, a 76.617 pontos, após subir 1,87 por cento na máxima do dia e marcar novo recorde intradia, aos 78.024 pontos.

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O volume financeiro somou 11,38 bilhões de reais, acima da média diária verificada em setembro, de 9,97 bilhões de reais, o maior do ano.

O cenário de desaceleração de inflação e a perspectiva de manutenção nos cortes de juros, aliado à busca por retornos mais altos, tem ajudado a sustentar o mercado de renda variável, que vem renovando máximas históricas.

Nesta semana, a emissão de títulos do Tesouro no exterior, além do lançamento bem-sucedido na véspera de bônus da Braskem, também ajudou a manter o tom positivo, com operadores vendo a possibilidade de outras empresas aproveitarem o momento para captar com taxas mais favoráveis.

"Essa troca de dívida cara por uma mais barata e alongamento do prazo é positivo. Quanto mais empresas aproveitarem essajanela, isso acaba sendo positivo e reforça o bom momento do país", disse o analista de investimento da corretora Magliano Pedro Galdi.

O movimento de realização na etapa final dos negócios teve algum respaldo em ruídos políticos, após a bancada do PSDB na Câmara pedir de volta a vaga ocupada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer. Segundo operadores, a ação desperta alguma cautela sobre o apoio do partido ao governo.

Destaques

- PETROBRAS PN teve alta de 1,53 por cento e PETROBRAS ON avançou 1,59 por cento, em sessão de alta para os preços do petróleo no mercado internacional.

- ENGIE ON ganhou 1,53 por cento, tendo subido 4,72 por cento na máxima, após o presidente da elétrica afirmar em entrevista à Reuters que a empresa segue em busca de oportunidades de expansão no Brasil, tendo no radar participações em usinas eólicas e linhas de transmissão que a Eletrobras pretende vender.

- BRASKEM PNA recuou 0,25 por cento, anulando os ganhos vistos mais cedo quando subiu mais de 3 por cento e atingiu a maior cotação histórica intradia, após a realizar uma emissão de 1,75 bilhão de dólares em bônus de cinco e dez anos, com a demanda superando 8 bilhões de dólares -- mais de 8 vezes acima do esperado.

- VALE ON caiu 1,04 por cento, invertendo o rumo após alta registrada mais cedo em linha com o otimismo no mercado e dados recentes sobre a atividade industrial na China, em semana sem referência para os preços dos contratos futuros do minério de ferro na China, devido a feriado no país.

- USIMINAS PNA caiu 0,67 por cento, também revertendo as alta vista mais cedo, após avançar quase 19 por cento nos quatro pregões anteriores.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,6 por cento, ajudando a manter o tom positivo do índice devido ao peso dos papéis em sua composição. BRADESCO PN, também de grande relevância no índice, perdeu força e fechou com variação positiva de 0,08 por cento.

- ELETROPAULO PN, que não faz parte do Ibovespa, subiu 5,06 por cento, após assinar memorando de entendimentos com a ELETROBRAS com o objetivo negociar as bases de um eventual acordo para encerrar uma disputa judicial bilionária referente a um empréstimo feito pela Eletrobras à Eletropaulo em 1986. As ações PNB da Eletrobras recuaram 0,87 por cento e as ordinárias perderam 1,74 por cento.

- GOL PN, que também não compõe o Ibovespa, avançou 6,08 por cento, a 15,17 reais, o maior patamar de fechamento desde janeiro de 2015, após a empresa informar dados operacionais referentes ao terceiro trimestre, com crescimento de cerca de 3 pontos percentuais na margem operacional, além de redução da dívida.

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