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Ibovespa intensifica desvalorização com tensões vindas da Europa

Bolsas de valores do velho continente encerraram a sessão no menor patamar em seis semanas

Ibovespa tem desvalorização de 18% em 2011 (Germano Lüders/EXAME.com)

Ibovespa tem desvalorização de 18% em 2011 (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 15h57.

São Paulo – O Ibovespa intensifica seu movimento negativo nesta quinta-feira. Na mínima do dia, o principal índice da bolsa amargava uma desvalorização de 3,2%, aos 56.690 pontos. No ano, a queda é de 18%.

Boa parte do pessimismo vem das tensões econômicas do velho continente. As bolsas de valores da Europa encerraram a sessão no menor patamar em seis semanas, em meio a preocupações de que a crise de dívida da região saia de controle, depois de Espanha e França pagarem altos rendimentos nos leilões de seus bônus. O índice de ações da região fechou em queda de 1,34%, a 957 pontos.

Gafisa

Por aqui, mais uma vez as ações ordinárias da Gafisa (GFSA3) lideram a ponta negativa do Ibovespa. A queda chegava a 7,7% na mínima desta sessão, com papéis negociados a 5,20 reais. Somente nesta semana, a Gafisa já perdeu 17% de seu valor de mercado na bolsa brasileira. Em 2011, a queda é de 55,5%.

A incorporadora registrou uma queda superior a 50% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado, para 46,2 milhões de reais. O valor ficou abaixo dos 101,2 milhões de reais esperados pelo mercado, segundo uma pesquisa da agência Reuters. A receita líquida subiu 5%, para 1 bilhão de reais. A queima de caixa reduziu para 56 milhões de reais, contra 148 milhões de reais no segundo trimestre. 

Usiminas

As ações da Usiminas também são destaque na bolsa. Os investidores reagem à notícia de que a Ternium, que pertence ao grupo ítalo-argentino Techint, teria ofertado 40 reais por cada ação em mãos da Camargo Corrêa e Votorantim. Ambas possuem 26% dos papéis ordinários da Usiminas. A notícia é do blog Faria Lima, de EXAME.com.

A Ternium confirmou em um comunicado enviado nesta tarde que está em negociações com membros do bloco de controle da Usiminas. Segundo a nota, as negociações envolvem uma "potencial aquisição pela Ternium ou de suas subsidiárias de uma participação minoritária no grupo". A empresa disse que ainda não chegou a uma decisão final.

Na máxima do dia, os papéis ordinários (USIM3) da Usiminas subiam 7,3%, negociados a 24,95 reais, e os preferenciais de classe A (USIM5) 3,5%, a 12,41 reais. Ao longo do dia, no entanto, os papéis inverteram o sinal e começaram a avançar no campo negativo. As ações ordinárias chegavam a cair 3,5% e as preferenciais classe A 2,5%.

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