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Ibovespa hoje: índice segue melhora no exterior e vira para alta; varejistas disparam

Dólar perde força no exterior, mas segue em alta frente ao real, acima de R$ 5,40

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de julho de 2022 às 10h38.

Última atualização em 12 de julho de 2022 às 17h41.

O Ibovespa virou para alta no início da tarde desta terça-feira, 12, após passar a primeira parte do pregão em queda, seguindo o ambiente de maior cautela no exterior, com temores de desaceleração econômica por juros mais altos e novas restrições na China. O movimento positivo também ocorreu em linha com a melhora do humor internacional.

Apesar da recuperação nas bolsas de valores, o mercado de câmbio local segue refletindo as preocupações de economistas, com o dólar superando os R$ 5,40. No exterior, a moeda americana chegou a ser negociada em patamar de igualdade contra o euro pela primeira vez desde 2002, mas passou a perder força.

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"Há maior probabilidade de haver recessão na Europa do que nos Estados Unidos. Isso também explica o enfraquecimento do euro. A aversão ao risco global e a elevação significativa da taxa de juros americana fortalecem o dólar, o que torna o cenário para o câmbio brasileiro ainda mais desafiador", disse Alvaro Frasson, economista do BTG Pactual em morning call desta terça.

Segundo o economista, o real deve se manter depreciado nos próximos meses, "sobretudo devido ao maior holofote no ambiente político" com a aproximação das eleições. "Não deveremos ver a moeda voltar para R$ 4,90 no curtíssimo prazo."

Ações em destaque na bolsa

A piora das percepções econômicas afeta diretamente o mercado de commodities, com expectativa de menor demanda por materiais básicos. A queda do petróleo, que é negociado abaixo de US$ 100, por outro lado, ajuda a aliviar parte das preocupações sobre a inflação global. Ações do setor, no entanto, sofrem com a desvalorização. As ações da Petrobras, com a segunda maior participação do Ibovespa, limita os ganhos do índice nesta tarde.

Mas são as ações da 3R que lideram as perdas do índice, caindo mais de 5%. A queda ocorre quase em linha com a desvalorização de cerca de 6% do contrato de petróleo brent com vencimento em setembro. O barril é negociado próximo de US$ 100 nesta manhã. Além da maior percepção de recessão das principais economias, pesam sobre as negociações a revisão da expectativa de demanda da Opep para 2023.

No radar dos investidores ainda estão dados nacionais do setor de serviços, que apontaram para um crescimento maior que o esperado para o mês de maio, com expansão de 9,2% ante o mesmo mês do ano passado. Os dados vão em linha com a melhora das estimativas para a economia local presente no boletim Focus, que voltou a ser divulgado na segunda-feira, 11.

Com revisões para cima das projeções da atividade brasileira e de inflação para baixo, ações de empresas mais ligadas à economia local se destacam na ponta positiva do Ibovespa.

As varejistas Magazine Luiza, Via e Americanas, que estiveram entre as maiores perdas dos últimos meses, lideram as altas do pregão. Já o índice Small Caps, composto por empresas menores e mais sensíveis à atividade local, supera a performance do Ibovespa nesta sessão.

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