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Ibovespa hoje: bolsa fecha em queda com retomada de sell-off no exterior

Investidores voltam a fugir para ativos defensivos, após breve rali do dia anterior; Índices de NY caem pelo sétimo pregão dos últimos oito

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 10h32.

Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 17h57.

O Ibovespa fechou esta quinta-feira, 29, em queda, chegando a atingir o menor patamar do mês de setembro na mínima do dia. O principal índice da B3 foi pressionado pela maior aversão ao risco no mercado internacional. Em meio a temores de uma recessão global, investidores voltam a vender ações no mundo inteiro, enquanto buscam proteção do dólar e apostam por juros mais altos em grandes economias.

Os principais índices de Wall Street, que tiveram forte recuperação no dia anterior, voltaram a registrar perdas significativas nesta quinta. Se confirmada, a queda será a sétima dos últimos oito pregões para o S&P 500 e Dow Jones. O tom negativo ocorrem após novos dados da economia americana revelarem uma atividade econômica mais aquecida que o esperado.

O PIB do segundo trimestre se manteve estável em sua última revisão, com contração de 0,6%. Mas o núcleo do Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, an sigla em inglês) foi revisado pára cima, ficando em 4,7% ante 4,4% da divulgação anterior. Já o PCE bruto foi de 7,1% para 7,4%.

A Alemanha também apresentou números piores que o esperado, com seu Índice de Preço ao Consumidor (IPC) subindo 1,9% em setembro ante consenso de 1,4% de alta. No acumulado de 12 meses, o IPC saltou 7,9% para 10%. A bolsa de Frankfurt foi um dos destaques negativos da Europa, caindo mais de 1,5%. No radar de investidores ainda estão dados de inflação da Zona do Euro e Estados Unidos que serão divulgados amanhã, 30.

Outro destaque de queda foi a bolsa de Londres, que recuou quase 2%, tendo como pano de fundo a crise de confiança envolvendo as políticas fiscais do novo governo britânico. A libra esterlina, por outro lado, sobe sob intervenção do Bank of England. Este é o terceiro dia de alta da moeda britânica,que tocou mínima histórica frente ao dólar no início da semana.

Apesar dos ventos contrários do cenário internacional, dados econômicos divulgados no Brasil seguem animadores -- ainda que insuficientes para segurarem, sozinhos, a bolsa. A surpresa postiva desta manhã veio do IGP-M, que apresentou queda de 0,95% para a inflação de setembro. O consenso era de deflação de 0,86%. Este foi o quarto mês consecutivo em que o IGP-M surpreendeu para baixo.

"Estamos com uma visão positiva para o cenário local. Se não houver uma recessão mais brusca no exterior, a bolsa parece atrativa pensando num horizonte de 12 a 24 meses", disse Luccas Fiorelli, HCI Invest.

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