Ibovespa fecha quase estável com exterior; vencimento de opções eleva giro
O principal índice de ações da B3 registrou variação positiva de 0,08 por cento, a 76.652,58 pontos. O volume financeiro somou 12,197 bilhões de reais
Reuters
Publicado em 16 de julho de 2018 às 17h08.
Última atualização em 16 de julho de 2018 às 17h38.
São Paulo - O Ibovespa fechou praticamente estável nesta segunda-feira, em meio à queda dos preços do petróleo e relativa fraqueza em Wall Street, tendo o noticiário corporativo também no radar, com destaque para dados de produção da Vale e pedidos da Embraer.
O principal índice de ações da B3 registrou variação positiva de 0,08 por cento, a 76.652,58 pontos. O volume financeiro somou 12,197 bilhões de reais, reforçado pelas operações relacionadas ao vencimento de contratos de opções sobre ações, que somou 4 bilhões de reais.
Profissionais da área de renda variável têm citado que a bolsa está com menor liquidez e que a ausência de novidades relevantes no cenário político-eleitoral tem deixado o pregão mais dependente de movimentos no mercado internacional.
Em Nova York, o S&P 500 cedeu 0,10 por cento, com a queda do petróleo pressionando ações de energia e prevalecendo sobre a reação ao resultado do Bank of America, que reavivou o otimismo com a temporada de resultados nos EUA .
No Brasil, a safra de balanços do segundo trimestre de empresas listadas no Ibovespa tem início nesta semana, com os números da WEG na quarta-feira, antes da abertura do pregão.
"A bolsa segue sem movimentos relevantes dado o cenário eleitoral ainda completamente em aberto. O noticiário do fim de semana trouxe pouca evolução concreta nas articulações dos candidatos", disse o sócio da gestora Galt Capital, Igor Lima.
Ele destacou que, neste momento, o investidor encontra poucos motivos para continuar apostando na recuperação recente, principalmente considerando "a safra de resultados das empresas do segundo trimestre, que deve ser pouco animadora".
Destaques
- VALE cedeu 0,62 por cento, mesmo após a mineradora divulgar que a produção e as vendas de minério de ferro e pelotas bateram recorde no segundo trimestre para o período, em meio a um aumento das atividades na importante mina S11D, no Pará, e redução da produção em minas de menor qualidade nos sistemas Sul e Sudeste. Os preços do minério de ferro à vista também subiram na China.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cederam 1,27 e 0,97 por cento, na esteira do forte recuo dos preços do petróleo no exterior.
- COSAN caiu 2,88 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa. A Cosan Limited, acionista controlador da Cosan, dando continuidade ao processo de cancelamento do programa de BDRs da companhia, encerrou na última sexta-feira prazo para os investidores manifestarem sua opção em manter as ações ordinárias subjacentes dos BDRs.
- GOL PN disparou 11,6 por cento, tendo no radar anúncio de encomenda de novos aviões, queda do petróleo e relatório do Goldman Sachs com recomendação "neutra" para os papéis, mas enxergando possibilidade da empresa elevar preços de passagens aéreas em 2019. As ações da administradora de programas de fidelidade de clientes Smiles, controlada pela Gol, subiram 3,97 por cento, também entre as maiores altas do Ibovespa.
- EMBRAER subiu 1,65 por cento, em meio a vários anúncios da fabricante brasileira de aviões desde o fim de semana, incluindo o de que a companhia aérea norte-americana United Airlines fez um pedido firme para 25 jatos E175 da Embraer, no valor de 1,1 bilhão de dólares com base no preço atual de lista das aeronaves.
- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB avançaram 1,5 e 2,46 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo expectativas relacionadas ao leilão das distribuidoras. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse à Reuters que o governo manterá o leilão da Cepisa, distribuidora de energia elétrica da Eletrobras no Piauí, para 26 de julho, e prorrogará para 30 de agosto o leilão das outras cinco distribuidoras subsidiárias da estatal que seriam originalmente ofertadas no fim deste mês.
- JBS avançou 2,66 por cento. Analistas do Barclays iniciaram cobertura do papel com recomendação 'overweight'. MARFRIG, que recebeu classificação 'underweight' dos analistas do Barclays, caiu 1,74 por cento.