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Ibovespa fecha perto dos 89 mil pontos e registra máxima histórica

Índice de referência do mercado acionário brasileiro encerrou o pregão com elevação de 1,14%, no recorde de 88.419,05 pontos

Ibovespa: na semana, índice subiu 3,15%, engatando a quinta alta semanal seguida (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

Ibovespa: na semana, índice subiu 3,15%, engatando a quinta alta semanal seguida (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 17h21.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 18h04.

São Paulo - O Ibovespa fechou na máxima histórica nesta quinta-feira, 1, superando os 89 mil pontos no melhor momento do dia, beneficiado pelo viés positivo em Wall Street e resultados corporativos sólidos, como o do Bradesco, enquanto agentes financeiros seguem na expectativa de uma agenda positiva do novo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou o pregão com elevação de 1,14 por cento, no recorde de 88.419,05 pontos, maior patamar de fechamento na história. Na máxima do dia, atingiu 89.107,37 pontos, recorde intradia. O volume financeiro alcançou 18,75 bilhões de reais.

Na semana, mais curta em razão do feriado nacional na sexta-feira, o Ibovespa subiu 3,15 por cento, engatando a quinta alta semanal seguida. No período, o índice se valorizou 11,4 por cento.

Wall Street endossou os ganhos no pregão paulista, com os principais índices acionários no azul, apoiados em balanços trimestrais robustos e após forte queda em outubro em Nova York.

Estrategistas aguardam continuidade da volatilidade na bolsa em novembro, mas veem espaço para a manutenção dos ganhos, em meio a expectativas de uma agenda liberal e pauta reformista para o país a ser implementada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

Destaques

- BRADESCO PN fechou em alta de 5,71 por cento, após aumento de 13,7 por cento no lucro líquido recorrente do terceiro trimestre na comparação anual, para 5,471 bilhões de reais, com um recuo nas provisões para perdas com empréstimos duvidosos. O retorno sobre o patrimônio líquido de 19 por cento superou as previsões dos analistas. "Eu tenho o poder (finalmente)", foi o título do relatório dos analistas do Brasil Plural sobre o balanço.

- BANCO DO BRASIL valorizou-se 1,47 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,44 por cento, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT caiu 0,95 por cento.

- GOL avançou 4,62 por cento, apesar do prejuízo líquido de 409 milhões de reais no terceiro trimestre, devido principalmente à depreciação do real e aos preços mais elevados do petróleo. A maior companhia aérea do país manteve boa parte das previsões para o ano, melhorando o dado sobre alavancagem apurada pela métrica dívida líquida/Ebitda para 2,6 vezes ante 2,8 vezes anteriormente. A equipe do BTG Pactual disse que, apesar do resultado sem surpresa, vê um cenário melhor à frente para a empresa.

- B2W recuou 6,84 por cento, maior queda do Ibovespa, após reportar prejuízo líquido no terceiro trimestre de 105,8 milhões de reais, com alta de despesas com vendas e administrativas mais que ofuscando um crescimento da receita. O desempenho da B2W pesou na ação da sua controladora LOJAS AMERICANAS PN, que recuou 2,13 por cento, apesar de alta no lucro do período de julho a setembro. "O principal destaque negativo foi o resultado pior do que o esperado de B2W, que também afetou o lucro líquido da Lojas Americanas", afirmou a equipe do Morgan Stanley.

- CCR valorizou-se 1,64 por cento, após um consórcio da empresa vencer o leilão de concessão da Rodovia de Integração do Sul (RIS), ofertando um deságio de 40,53 por cento sobre a tarifa teto de pedágio estabelecida no edital do leilão. "Apesar dos retornos potenciais aparentemente baixos no projeto, vemos favoravelmente que a CCR está participando de novos projetos após um longo período longe dos leilões de rodovias", destacou o Santander Brasil.

- LOJAS RENNER encerrou com acréscimo de 1,14 por cento, a 38,03 reais, tendo no radar que o conselho de administração da varejista de moda aprovou nesta quinta-feira o início da transição em sua diretoria, escolhendo o Fabio Adegas Faccio, atual diretor de Produto, como sucessor do diretor presidente, José Galló, a partir de 18 de abril de 2019. Na véspera, os papéis atingiram máxima intradia recorde, a 38,87 reais.

- PETROBRAS PN fechou em baixa de 1,09 por cento, conforme os preços do petróleo ampliaram as perdas, mas tendo de pano de fundo notícia de que a companhia assinou na quarta-feira acordo para venda de sua participação de 50 por cento na joint venture holandesa Petrobras Oil & Gas (PO&GBV), que detém ativos na Nigéria, por um valor total de até 1,53 bilhão de dólares.

- VALE avançou 1,39 por cento, em sessão de alta de ações de mineradoras também no exterior.

- TIM subiu 4,75 por cento e TELEFÔNICA BRASIL PN avançou 3,73 por cento. A Anatel aprovou novas regras para determinar o limite de espectro móvel sob o poder de apenas uma operadora, de acordo com a equipe do Itaú BBA, destacando que se trata de uma relevante atualização regulatória, com as regras mais flexíveis removendo uma barreira para potencial consolidação no setor.

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