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Ibovespa fecha no menor nível desde 2009

Índice fechou em baixa de 1,05 por cento, a 44.965 pontos, menor nível de fechamento desde 22 de abril de 2009


	Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa: com a baixa deste pregão, Ibovespa teve perda de 2,76% na semana, a quarta seguida no vermelho
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa: com a baixa deste pregão, Ibovespa teve perda de 2,76% na semana, a quarta seguida no vermelho (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 18h10.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou esta sexta-feira em seu menor nível de fechamento desde abril de 2009, com investidores na defensiva antes de referendo na Crimeia no fim de semana e preocupados sobre a condução da política econômica brasileira, após medidas do governo para ajudar o setor elétrico.

Com a baixa deste pregão, o Ibovespa teve perda de 2,76 no acumulado da semana, a quarta seguida no vermelho.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,05 por cento, a 44.965 pontos, menor nível de fechamento desde 22 de abril de 2009. O giro financeiro do pregão somou 5,9 bilhões de reais.

Os mercados europeus e norte-americanos também caíram, antes do referendo na Crimeia sobre separação da Ucrânia. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que haverá uma resposta ainda maior se a Rússia elevar ainda mais as tensões na Ucrânia e ameaçar o povo do país.

No cenário interno, o mercado digeriu anúncio do governo federal do plano para cobrir um rombo estimado em 12 bilhões de reais no caixa de distribuidoras causado pela elevação do custo da energia elétrica, com aporte do Tesouro Nacional na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e captação no mercado pela Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE).

Em relatório, analistas do JP Morgan afirmaram que a pressão inflacionária no curto prazo com o aumento de tarifas foi evitada, mas que não houve alívio para expectativas no longo prazo, além de apontar que incertezas fiscais continuam altas.

Apesar da medida aliviar a situação do caixa das distribuidoras, o índice do setor de energia da bolsa caiu 2,14 por cento. Os papéis passaram por uma correção da alta na véspera e foram afetados pela avaliação de que a resolução só ajuda as empresas no curto prazo, caso o cenário hidrográfico não apresente melhoras consistentes.

Individualmente, a maior queda do índice foi da construtura MRV Engenharia, cujos resultados do quarto trimestre tiveram reação negativa do mercado, com queda de 37,2 por cento do lucro. O Credit Suisse avaliou que o balanço aponta tendências negativas, principalmente para maiores cancelamentos de vendas.

No outra ponta, subiram 11,74 por cento as ações da CSN, após o Conselho de Administração aprovar programa de recompra de até 70,2 milhões de ações, 10 por cento dos papéis em circulação da empresa.

As também siderúrgicas Usiminas e Gerdau avançaram, após o JP Morgan elevar a recomendação das empresas para "overweight", citando forte correção dos papéis.

Por sua vez, ALL avançou 5,15 por cento após a empresa obter licença ambiental para concluir a duplicação da ferrovia entre Campinas e o Porto de Santos, que deve elevar a capacidade de transporte de 15 para cerca de 40 pares de trens por dia.

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